Terceiro Capítulo

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Plumas e Paetês

O raio de sol entrava pela janela da pobre casa despertando Edward que acordava incomodado com tamanho brilho solar. A casa era abafada e o surgimento do sol esquentou o local de forma extrema.

— Bom dia, Andolina! Bom dia para vocês também, adoráveis pessoas que nos receberam. — Ele sorriu de forma sarcástica deixando suas covinhas amostra.

— Bom dia, querido Edward, pensei que vocês fossem mais educados. —  Ela levou seus olhos castanhos para a família que estava amarrada no canto da casa.

— Não se faz anfitriões como antigamente, pelo menos vocês têm frutas. — O homem se levantou pegando uma belíssima maçã vermelha.

— O que iremos fazer, Edward? Perdemos tudo que tínhamos. — Perguntou de forma preocupada.

— Querida, iremos fazer o que fazemos de melhor, roubar. — Ele respondeu rapidamente.

— Ainda estou sem entender o que aconteceu ontem, absolutamente do nada o mar ficou furioso e uma pedra gigantesca surgiu, definitivamente bizarro. — Andolina arrumou seus volumosos fios avermelhados.

— Eu tenho certeza de que alguém me salvou, e eu vou encontrar esse garoto, nem que eu morra tentando. — Abriu a porta da cabana pisando no chão enlameado que o terreno possuía.

— Ótimo, vamos embarcar numa aventura atrás de um rosto turvo. Maravilha. — Ela debochou.

O oceano estava numa calmaria absurda digna de um dia para mergulhos e piquenique próximo a margem, as ondas fluíam como uma leve música num domingo de manhã. Até mesmo as profundezas oceânicas eram invadidas pelo sossego.

— Preciso encontrar aquele homem, mas para isso tenho que saber onde enfiei minha poção de metamorfose. — Alucard vasculhava sua prateleira recheada com inúmeras poções com diferentes efeitos.

— Você vai se transformar para ir pra superfície e o que? - Maldade Perguntou.

— Boa pergunta, Maldade. Posso usar minha voz para saber onde ele está. — Coçou a nuca.

— Se ao menos tivéssemos algo dele para usar no feitiço poderíamos achar ele de forma facílima. — Ruindade falou

— Também precisamos acelerar os assassinatos da minha irmã e da minha mãe. Meu Poseidon, são tantas preocupações. — Bufou.

— Você precisa de sangue de homem, mulher e algum ser inocente e puro. Animal ou criança. — Maldade falou após ler os ingredientes da poção.

— Eu não vou matar uma criança, tenho escrúpulos. —  Sorriu.

— Não se esqueça do pó de fada, ele também é necessário para a poção da morte. — Completou Ruindade.

— Visitar aqueles serezinhos imbecis, com certeza é a parte mais detestável desta poção — Falou.

— E nem por decreto elas vão dar o pó de fada, não por vontade própria. — Maldade entregou ao Alucard a poção que achará.

— Por isso iremos roubá-las. Obrigado Maldade, onde estava? — Perguntou.

— Atrás de alguns crânios, você sabe muito bem o quão armadas elas são. — Maldade falou.

Ondas de amor - HotWhere stories live. Discover now