Ondas de amor - Hot

Quarto capítulo

Falso príncipe

O coração de Alucard acelerava cada segundo mais à medida que seus olhos dançavam juntos em uma dança de amor e delicadeza.

— Embora esteja sendo um prazer ficar nessa posição olhando você, preciso fugir dessa multidão. Licença. — Ele ergueu Alucard o colocando em  seus ombros assim voltando a correr.

— Edward! — Ele segurou com força as costas do capitão a fim de não cair no chão.

A multidão estava praticamente na cola do trio e por conta disso Edward e Andolina aceleram os passos conseguindo entrar em um galpão após despistar aquele grupo de pessoas raivosas

— Cassete, eu nunca fiquei tão aflita quanto agora. Quase fomos condenados à forca, esse daí um pobre coitado, nada haver com a situação quase foi para o mesmo buraco. — Ela respirou ofegante com suas mãos em seus joelhos.

— Eu não iria deixar ele ser condenado, e como sempre conseguimos fugir. — Edward colocou o tritão de forma delicada no chão.

— Eu não entendi o motivo do príncipe estar sendo perseguido pelos seus súditos. — Disse Alucard arrumando o casaco que usava.

— Príncipe? O Edward? — Ela deu uma gargalhada sincera.

— Eu daria um príncipe incrível, irmãzinha. — Ele mostrou seus músculos. — Mas eu posso ser o seu, quando desejar. — Puxou a cintura de Alucard trazendo para si.

— Se o senhor não é um príncipe, qual a motivação do ódio daquelas pessoas? — Removeu cuidadosamente as mãos do homem de sua cintura e se escorou na parede.

— Eu sou um pirata e estávamos fugindo de um roubo mas também não entendo o ódio daquelas pessoas. - Sorrio de lado.

— Como é que é? Pirata? O senhor é um ladrão? Uau. —
Alucard arregalou seus lindos olhos azuis em sinal de surpresa.

— Que cena adorável, meus queridos, precisamos pensar em como iremos sair desse galpão velho. — Ela amarrou o cabelo olhando em volta.

— Ela tem razão, apesar de não recusar a oportunidade de ficar em um lugar com você. — Edward apertava mais a cintura do garoto.

— Eu não tenho nada haver com o roubo de vocês, eu não cometi crime algum. —  Ele suspirou em negação.

— Não cometemos crime, apenas pegamos algo emprestado sem previsão alguma de ser devolvido. — A ruiva subiu em alguns caixotes a fim de olhar pela janela.

— Tome cuidado, Andolina. Bem, ainda não me falou seu nome. — Disse Edward.

— Eu sou o Alucard, é um grande prazer conhecer você e a sua irmã, eu sinto muito pelo naufrágio que vocês sofreram o mar ficou raivoso como em um passe de mágica. — Ele se afastou um pouco do homem.

— Mas o naufrágio serviu para nos encontrar, aliás, muito obrigado pelo salvamento. Se não fosse você, eu estaria a sete palmos debaixo da terra, ou melhor, do mar. — Edward colocou as mãos no bolso sempre com um doce sorriso no rosto ao olhar para o Alucard.

— Você deveria ter me salvado também, Alucard, o Edward quase perdeu a irmã queridíssima dele. — Olhou para trás.

— Senhorita, se eu pudesse salvar toda a tripulação daquele navio, eu iria salvar sem pensar duas vezes. O senhor Edward foi o primeiro que vi, por isso o resgatei. — Alucard falou de forma doce.