Sexto capítulo

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Orbes em ódio

—  Ruindade! Eu descobri uma coisa de grande importância. — A enguia nadava com pressa até seu companheiro que estava deitado no trono de Alucard em seu covil.

— Espero que seja algo importante mesmo, estava dormindo, sabia? — Olhou para Maldade.

— Você lembra do colar que o Edmund usava? E que supostamente havia sumido? — Ela perguntou.

— Claro que lembro, muito lindo por sinal, mas nunca mais o vi. Por que a pergunta? — Perguntou curioso.

— A rainha estava com ele nas mãos, Ela deve ter voltado ao covil quando sairmos e pegou o colar agora anos depois  entregou para Náiades, a burra nem faz ideia do quão poderosa aquela jóia é. — Contou.

— Como assim? Se a rainha não sabe, com certeza o rei não confiava nela. Que coisa estranha. Mas como foi isso? — Ouvia com atenção.

— Foi exatamente o que eu pensei. O Alucard pediu para a gente observar as coisas e foi isto que eu fiz. Eu consegui olhar a rainha entregando ele para Náiades usar no dia da coroação, o que me intrigou foi o fato dela não saber o poder da jóia, o que de certa forma pode ajudar Alucard. — Ela sorriu ao contar.

— O Alucard precisa pegar essa jóia e roubar as vozes das irmãs e da mãe antes de matá-las. — Ruindade olhava para Maldade.

— Exatamente isso, agora me entristece o fato delas estarem com aquele colar. O rei daria para Alucard, ele sempre cuidou tão bem do menino. — Suspirou.

— Desde de que o rei morreu a vida de Alucard se tornou miserável, o Edmund era o único que realmente amava o menino além da gente, óbvio.— Ruindade falou.

— Ele não apenas morreu né Ruindade, ele foi vítima de assassinato. Essa história se torna mais podre ainda quando lembro que quem realmente deveria ter morrido era o Alucard. — Se aproximou do amigo.

— Essa mulher é um monstro, Alucard tinha apenas onze anos na época e ela mesmo assim queria esfaqueá-lo. — O peixe falava.

— Gosto de lembrar como era tão doce a vida do Alucard quando o seu pai era vivo. O carinho que o rei tinha pelo filho era algo imenso! — Ela sorria ao falar.

— Quando o Edmund morreu, a paz de Alucard foi junto, a verdade é que a rainha nunca amou o menino, se não fosse pela gente, ele teria sido assassinado mais vezes. — Disse Ruindade.

— Por isso o rei pediu para a gente cuidar do menino. O Alucard não pode saber que seu pai foi assassinado pela própria esposa. Ele ficaria destruído. — Maldade rondou o Ruindade.

— E por quanto tempo vamos esconder esse segredo? Mais vinte anos? Precisamos falar o que a mãe dele fez! — Ruindade discordou da Maldade.

— Quantos anos for necessário, demorou muito pro Alucard se recuperar da morte do pai e isso pode prejudicá-lo, eu não quero ver ele triste novamente. — Maldade expõe o que pensa.

— Talvez ele precise saber, você não viu quantos anos o Alucard passou a ser maltratado pela mãe e as irmãs? Ele era espancado Maldade! Acorda! Se ele soubesse do assassinato do pai o ódio que ele sente pela mãe seria triplicado! E finalmente ficaremos livre daquela vadia. — Ruindade gritou.

— Mas e se ele voltar ao estado depressivo que ficou e que demorou anos para melhorar. O Alucard adorava o pai! — Maldade começava a gritar.

— Eu não sei se consigo esconder por mais tempo, a verdade vai aparecer, Maldade. É apenas uma questão de quando e como.

Ondas de amor - HotWhere stories live. Discover now