Quinto capítulo

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Comida de tubarão

— Maldade, ruindade. — Alucard despiu-se podendo sentir a sua pele arrepiar devido ao frio daquela noite. Entrou cuidadosamente no mar suspirando com o gelar da água.

— Alucard, pensei que ficaria mais tempo no mundo dos humanos. Aconteceu algo? — Ruindade perguntou.

— Aconteceu, o Edward não é um príncipe e sim um pirata, o que complica muito nossa situação. Uma parte do meu plano evaporou. Preciso recalcular a rota.

— Mas Alucard, pense comigo, piratas costumam roubar coisas, talvez você possa usar as habilidades do Edward para roubar o pó das fadas. — Sugeriu ruindade.

— Você tem um ótimo ponto mas depois de conseguir isso, ele não terá mais utilidade. — Acariciou sua enguia.

— Não sei como ele reagiria sabendo que seres místicos existem. Depois de conseguir, você pretende assassiná-lo? — Perguntou.

—Eu acho que ele reagiria bem, esse capitão está completamente louco por mim e com certeza irei usar isso para me beneficiar. — Sorriu maliciosamente.

— E o senhor não sente absolutamente nada por ele, pensei que estivesse minimamente interessado. — olhou para os olhos azuis do tritão.

— Não posso negar que é uma delícia ser desejado e nem que aquele pirata é um verdadeiro pedaço de homem. — Mordiscou os lábios. — Mas não sinto nada.

— Alucard! — A voz grossa de Edward vinha de longe chamando de imediato a atenção do rapaz e fazendo ruindade voltar para as profundezas oceânicas.

O homem se aproximava lentamente da beira mar olhando Alucard sair do mar, o garoto revelava seu corpo malhado com leves musculosos com  nádegas fartas chamando a atenção do pirata que prontamente caiu para trás ao ver a cena.

— Caralho. — Ele tombou ficando boquiaberto com tudo que via.

— Deseja algo, capitão? — Alucard parou na frente do homem sorrindo graciosamente.

— Estou apenas observando o mar, saia da minha frente, por favor. Está atrapalhando a minha visão. — Engoliu seco.

— Como o senhor desejar. — Abaixou na frente do homem pegando seu casaco e vestindo caminhando de volta para o galpão.

— Puta merda! — Ele deu um soco na areia. - Esse filho da puta tinha que ser tão gostoso? Assim fica difícil. — Ele bufou deitando na areia.

— Onde está o meu irmão? Ele estava aqui com você. Por acaso você fez alguma coisa? — Ela cruzou os braços.

— Sua imaginação é completamente fértil, minha querida. — Alucard olhou com desdém para a moça.

— Estava apenas olhando o oceano, Andolina. Apenas isso. — Entrou no local fechando a porta.

— Acho melhor aproveitarmos essa calmaria e sairmos. O problema é achar um barco, mas onde? — Andou pelo local pensativa.

— Na margem, tem barco. Os pescadores deixam lá. — Edward arrumou a roupa.

— Não me diga, pirata. Quanta inteligência. — Falou de forma irônica abrindo o galpão e saindo.

— Vamos Edward. Não podemos esperar tanto. — Andolina acompanhou o tritão.

A lua estava cheia, o que chamava a atenção de qualquer um que passasse. O ar fresco trazia uma ótima brisa noturna. E o imenso silêncio causava um certo desconforto. O trio se aproximava cuidadosamente da margem, descendo as escadas de pedra e pisando firme na areia.

Ondas de amor - HotOnde as histórias ganham vida. Descobre agora