Capítulo 19 - Convite

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Hongjoong viu duas vezes o sorriso presunçoso de Wooyoung quando entrou na sala de jantar na manhã seguinte. De toda a gente reunida, foi ele quem melhor recuperou da ressaca; parabéns à sua magia. Desfilou com a graça habitual de um gato selvagem e os seus olhos estavam brilhantes e frescos. Enquanto se juntava aos outros na mesa, com um olhar cauteloso para Wooyoung à sua frente, os outros penduravam-se nas cadeiras com pena. Yunho arrefeceu os seus olhos latejantes com um pano molhado.

— Tem algo engraçado? — Perguntou enquanto pegava na taça da fruta. A sua voz aguda fez Jongho resmungar. Mesmo agora, um brilho verde ténue persistia nos cristais que cresciam nos seus ombros.

— Claro que sim. Mas se eu te contar, vais ter outro ataque. Pobre gatinho — cantou Wooyoung. Quando Hongjoong lhe mostrou os dentes, voltou a comer com toda a indiferença.

O olhar de Seonghwa desviou-se do brilhante grifo para San, ao seu lado. O anjo se acalmou do estupor da noite passada e sentou-se à mesa, elegante e polido como sempre. Quando Seonghwa viu que os seus olhos se demoravam no peito musculado do anjo, desviou-os rapidamente.

— Oh? O que é que pode ser assim tão bom? Um sonho agradável? — Yeosang perguntou assim se sentou com eles para o café da manhã, mais por educação do que por qualquer outra coisa. Ajudou Mingi a cuidar de Yunho, retribuindo os favores anteriores. Até Buddy parecia sonolento, tal como o seu mestre.

— Parece mais um sonho a tornar-se realidade. Embora tenhas razão, tenho um sono estranho sempre que bebo muito.

— Ah, porque ele te beijou? — Hongjoong sorriu ironicamente. — Não precisas de se gabar tanto disso. Quanto vale um beijo dado como recompensa?

Triunfante, Wooyoung ergueu o queixo. Ele não se apercebeu das marcas, mas os olhos de Seonghwa caíram diretamente para elas, tentando discerni-las na sua pele. Algumas eram apenas visíveis o suficiente para serem consideradas como algo.

— Eu recebi muito mais do que um beijo. Quando acordei na cama dele hoje, não pude deixar de sentir pena de todas as tuas tentativas caprichosas. Como é que é saber que tentaste tanto e que outro chegou primeiro?

Yunho engasgou-se com o pano molhado e sentou-se para beber qualquer coisa. O sorriso de Hongjoong alargou-se.

— Oh, tenho tanta inveja de ti. Como estás, Damiana? Aquele bárbaro magoou-te? Não consigo imaginar que ele tenha a graça ou o talento para te satisfazer.

Wooyoung agitou as suas penas, mas Seonghwa abanou a cabeça.

— Não há razão para te preocupares comigo. — Do outro lado da mesa, encontrou os olhos de Yeosang. O dríade tinha franzido a testa e cogumelos pensativos brotavam na sua cabeça enquanto tentava arranjar uma forma de aliviar o fato de Seonghwa estar constantemente a ser rodeado por sete pessoas.

Escondendo o foto de ter sido ele a ser levado e a queixar-se de se sentir estranho de manhã, Wooyoung sorriu.

— Eu disse.

— Estou surpreso que ele não tenha vindo até um de nós para terminar. Aposto que a coisa minúscula que tens nas calças não é suficiente para ele — ironizou Hongjoong.

Seonghwa cometeu o erro de olhar para Yunho e ambos se afastaram com os olhos presos. Não que o tamanho importasse em relação ao que podiam fazer com ele. Ainda assim, Wooyoung sentiu-se ofendido com a sua virilidade.

— Dito por você, pequeno feiticeiro de todas as pessoas. O que é que fazes? Usas uma varinha mágica para agradar aos teus parceiros? Fazes um maior?

— Provavelmente consigo fazer com que o Seonghwa se venha só por falar com ele — respondeu o feiticeiro. Wooyoung riu.

—Ai sim? Prova!

Silbermond und Honigwein - Ateez (Tradução)Where stories live. Discover now