Capítulo 21 - O Pináculo da Magia

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No jantar, o grupo se deparou com a possibilidade de Seonghwa se ausentar por alguns dias. Embora ele fosse aparecer sempre depois de uma de suas viagens para se refrescar e levar um de seus outros maridos, o tempo que ele passaria em casa seria curto e Yunho ficaria privado de sua presença por semanas.

— Vai ser chato aqui sem você — Wooyoung comentou e Jongho grunhiu em concordância.

Como Seonghwa era o mediano, eles se uniram pela dedicação mútua a ele. Se um deles sofreu a sua ausência, os outros também o fizeram.

— Espero que vocês possam aproveitar o tempo e se tornarem melhores amigos. Que meu castelo ainda esteja intacto quando eu voltar — Seonghwa sorriu. Ele sentiria falta deles. Embora ele estivesse ocupado com a diplomacia e com relacionamentos favoráveis com cada um de seus reinos, ele notaria que tinha apenas um ao seu lado, em vez de sete. O caos geral cresceu sobre ele.

— Sem promessas— Yunho sorriu. Sua travessura lhe rendeu uma risada de Seonghwa.

Wooyoung brincou com o anel que Seonghwa lhe deu. Combinava com o elfo, mas não era tão filigranado a ponto de parecer estranho no nascido em grifo. Quando Seonghwa o avistou entre os outros, embalando uma pedra da lua cinza-clara, ele não resistiu.

— Eles ajudam as pessoas a encontrar seu caminho quando estão perdidas, como a lua faz, e protegem você — disse ele a Wooyoung. Ele assentiu com admiração, achando o presente precioso.

— Quanto tempo leva a viagem até o Pináculo da Magia? A cavalo, a viagem para o Reino Humano demora três dias — Yunho perguntou a Hongjoong. O feiticeiro passou a manhã toda ocupado preparando a visita à distância. Ele tinha reuniões para organizar e uma sala para preparar, e seus colegas magos pouco fizeram para ajudá-lo. Como ele tinha uma classificação tão alta, esperava-se que Hongjoong cuidasse dessas coisas sozinho.

Vestido hoje com um terno de veludo verde venenoso, Hongjoong cruzou as pernas. Anéis dourados brilhavam nos dedos que ele usava para prender o cabelo para trás.

— Não há necessidade de trivialidades no Pináculo da Magia. Temos portais para isso.

Intrigado, Jongho olhou o feiticeiro menor de cima a baixo. Quando percebeu os olhares para ele, Hongjoong teve pena dos pobres idiotas e explicou. Sua voz de palestrante era arrogante e fria, repreendendo-os por sua falta de noção com cada palavra.

Como os professores de Seonghwa sempre foram pacientes com ele, ele se perguntou se Hongjoong cresceu ensinando da mesma maneira. Nesse caso, não era de admirar que ele fosse quem era. Os magos e sua superioridade inerente geralmente desprezavam as outras raças, mas eles se envolviam uns aos outros da mesma forma.

A sobrevivência do mais apto.

— Portais são portas de magia, ativadas ao lançar feitiços correspondentes em dois locais diferentes. O Pináculo da Magia tem várias dessas entradas. Nossos novatos aprendem como transformar qualquer superfície plana em um portal correspondente para que possamos viajar de volta para casa, onde quer que estejamos. Com minhas habilidades perfeitas, posso invocar portais até mesmo na própria estrutura do ar ao nosso redor. Basta um passo e então estaremos lá.

Sons de admiração ecoaram ao redor da mesa. San assentiu, sabendo dessa forma peculiar de viajar. Ele terminou de comer há pouco, mas educadamente permaneceu à mesa e banhou todos com seu brilho celestial.

— Parece excessivo. Um cavalo faz o mesmo trabalho — observou Yunho, sempre desanimado com a magia e seus usos misteriosos.

Hongjoong olhou para ele de cima.

— Eu não esperava que você entendesse a versatilidade deles, camponês. De qualquer forma, isso nos poupa a viagem. Devemos partir assim que você estiver pronto, Damiana.

Silbermond und Honigwein - Ateez (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora