Un Regard | Arthur Leclerc

Capítulo 6 - B.Day da Helena

Estar completando mais um ano de
vida, significa que você teve 365
chances de ser você mesmo

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Narrado em 3ª Pessoa
Sexta-feira, 25 de Dezembro de 2020
Monte Carlo, Mônaco

— Fala baixo, Arthur! – Charles reclamou com o irmão mais novo.

— Quem tava berrando foi o Lorenzo! – Arthur rebateu.

— Eu? Quem tava dando piti porque não achava um fósforo para acender a vela foi você, Charles! – Lorenzo resmungou.

— Vocês três patetas que não conseguem fazer nada sozinhos estão me irritando! – Jules se irritou. – A gente só vai abrir a porta do quarto e cantar parabéns, qual é o problema?

— Gente? Bom dia! – Helena falou abrindo a porta do quarto já vestida com um vestido azul bebê que ia até a ponta do seus dedos do pé.

Os quatro se olharam, chocados por ela já estar acordada e arrumada, mandando por água abaixo a ideia deles de acordar a mais nova com um bolo e um parabéns na cama.

— Gen... – A fala dela foi cortada pelas vozes deles.

— FELIZ ANIVERSÁRIOOOOOOOO! – Os quatro gritaram.

Helena gargalhou alto da tentativa deles de disfarçar a própria frustração.

Os cinco cantaram parabéns juntos, batendo palmas e gritando alto o suficiente para as vizinhas fofoqueiras e irritantes terem assunto para reclamar na fofoca do café da manhã.

— Bolo! – Helena melou o dedo na cobertura de chocolate e levou a boca, fechando os olhos para apreciar melhor o gosto extremamente açucarado que lhe tomou o paladar. – Eu amo bolo!

— E principalmente de chocolate. – Arthur pontuou e Helena assentiu.

— Os de chocolate são os melhores! – Sorriu e bateu palminhas.

— Vamos partir o bolo e abrir os presentes! – Charles foi arrastando a sobrinha pelos ombros e a colocou sentada na bancada da cozinha.

O Leclerc do meio entregou um kit de miçangas que saiu comprando de vários lugares do mundo, com cores, formatos e até letras. Tudo isso porque Helena disse que tinha amado as pulseiras que ele estava usando e disse que queria fazer algumas para si e para ele próprio também.

— Eu comprei de todo tipo que eu encontrei. – Charles disse. Ansioso para saber se sua garotinha tinha gostado.

— EU AMEI! – A menina abraçou todos os pacotes contra o peito. – Eu vou fazer várias e te encher de pulseiras novas, padrinho!  – Disse convicta de que passaria horas fazendo as pulseiras mais perfeitas.

Charles se sentiu feliz e de coração quentinho pelo carinho que a sobrinha teria de lhe fazer pulseiras novas, coisa que ele amava, e por ela o chamar de padrinho.

— Aqui o meu. – Arthur entregou um embrulho menor.

A menina sorriu para o mais velho e abriu o embrulho, tirando de lá dois ingressos, duas pulseiras de identificação e duas passagens.

— Isso é da Disney? – Helena olhou para Arthur com os olhos arregalados. – Vai me levar para a Disney?

— Sim, é a de Paris porque o Jules me mataria por querer te levar para o outro lado do oceano. – Arthur sorriu.

A surpresa do Leclerc mais novo veio quando num supetão, Helena o abraçou.

— Eu quero te matar por querer levar ela para Paris. – Jules apontou na direção de Arthur.