Capítulo 7 - DisneyLand Paris

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Um mundo mágico se revela
quando estamos com boas
pessoas ao nosso lado





Arthur Leclerc
Sábado, 26 de Dezembro de 2020
Nice, França | Paris, França

Jules tinha dado trezentas recomendações diferentes, além de obviamente, tinha feito também mais ameaças do que eu me lembro, foi até engraçado, porém trágico porque eu sabia que ele cumpriria cada uma daquelas ameaças.

Estávamos no aeroporto de Nice e Helena tinha ido buscar comida no buffet da área vip junto com Paul e Ollie tinha ficado comigo.

— Cara, se tu abrir a boca mais um pouquinho, tu baba! – Por reação automática, fechei minha boca e limpei os cantos dela.

— Eu tô babando? – Oliver riu e negou.

— Não, mas tá quase. – Bufei e me afundei na cadeira. – Cara, você gosta da Heleninha? – Bufei de novo e revirei os olhos pelo apelido que ele usou.

— Acho que sim? Eu não sei. Eu acho ela muito bonita, muito legal, ela gosta de automobilismo, tem um sorriso lindo e já viu o tanto que ela é cheirosa? Ela é muito cheirosa! – Ollie olhava para mim com uma de suas sobrancelhas arqueadas. – Mas ela só tem quinze anos e eu tenho vinte, é completamente inviável agora, principalmente se contar com tudo que ela já passou. – Respirei fundo. – Helena tá descobrindo agora o que é a vida, o que é o mundo fora da casa que viveu em Copenhague.

— Mas se gosta dela e não acha certo namorar agora, independente do motivo, seja um bom amigo. Mostre o mundo a ela, ajude-a conhecer esse mesmo mundo, assista corridas com ela, se a acha tão cheirosa compre flores e perfumes que faça ela entender que repara isso nela, elogie o sorriso, faça o possível para criarem memórias, para que quando ela souber oque é gostar de alguém, se apaixonar, o coração dela se recorde de cada um desses momentos e você seja o escolhido para ser o amor da vida dela e para a vida dela, mas para isso precisa inspirar confiança o suficiente nela, tem que deixar que Helena veja em você alguém que vai ser o porto seguro.

Helena e Paul estavam se aproximando de novo então eu e Ollie encerramos o assunto ali, apenas assenti, garantindo para o meu amigo que tinha entendido seu recado e compreendia o'que precisava fazer.

— Pegamos comida para vocês também. – Helena mostrou os pratos que carregava.

Ela se sentou ao meu lado e Paul se sentou depois de Oliver, antes ele entregou os copos de suco para cada um.

— Peguei bolo, salada de frutas e esse pãozinho que tinha dizendo que era de queijo. – Helena pegou um dos potinhos que tinha a dita salada de frutas e começou a comer.

Eu peguei o pãozinho e Paul e Ollie pegaram bolo.

O voo não demorou para ser chamado, depois de entrarmos Paul e Ollie se sentaram depois de entrar em um acordo que um ficaria na janela na ida e outro na volta.

— Quer ir na janela? – Olhei para Helena que estava tirando o boné da Ferrari que estava na cabeça.

— Mas na minha passagem tá dizendo que meu assento é o do corredor. – Eu sorri.

— Não me importo de ir no corredor, pode ir olhando as nuvens se quiser. – Ela sorriu e o meu sorriso permaneceu no meu rosto, talvez se alargando um pouco.

— Obrigada Art! – Helena disse e se sentou.

Eu me sentei também, afivelando o cinto e depois pegando o celular para mandar uma mensagem no grupo da família avisando que já iríamos decolar.

Un Regard | Arthur LeclercWhere stories live. Discover now