14 . Ao alcance do coração.

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Então eles sentiram
amor.

Ī

Após o episódio revelador, JungKook carregou Hoseok para o pavilhão real, recebia do Rei uma enxurrada de sorrisos cúmplices, abobalhado por assim dizer, com a ternura que trocaram sem receios; Hoseok estava se sentindo feliz e livre.

Mas a doçura se transformou em surpresa, quando no corredor, passaram a protagonizar uma cena de tirar o fôlego.

Nem ao menos chegaram no quarto antes de Jungkook pressionar o Jung contra uma parede, os fios sedosos do Rei se misturavam a tinta seca de um quadro caríssimo, e seu título e grandeza não valiam nada ali.

Aquele general era como uma
Armadilha do diabo.

A canhota alcançou a cintura fina do monarca, que tampouco se intimidou com a investida; agarrando então o colarinho que emoldurava o colo do comandante, puxando-o mais para perto. Não se beijaram, mesmo que seus narizes estivessem se tocando, a tensão criada pela distância torturante foi deliciosamente aceita como um desafio, mudo, mas estava ali. Presente nas trocas de olhares que mesclavam entre a paixão e a lascívia.

Por mais que nunca tivesse utilizado de alguns 'poderes especiais' que tinha, ao cruzar os corredores, Lúcifer achou que seria tentador impor ao governante um pouco da seu lado endiabrado; deixando a postura outrora benevolente mas turrona, sumir e dar espaço - a parte de ser um bastardo que ele mais gostava -, a sua aura diabólica, transformando-se na personificação da luxúria.

O quê deu em você? ㅡ indagou o Jung, mesmo que não se importasse realmente com a resposta.

ㅡ Não 'tá na minha cara? ㅡ pendeu a face e questionou, mordendo o seu próprio lábio inferior a medida que posicionava sua destra na linha do maxilar dele. ㅡ Quero comer você.

E Hoseok perdeu o ar por mais tempo que gostaria, não respondeu e sequer poderia, por mais que quisesse muito. As mãos fecharam e abriram numa tentativa falha de recuperar o controle, sua barriga estremeceu e ele suspirou profundamente. Extasiado. Superado o susto, e recuperando seu próprio ego, o Rei respondeu:

ㅡ Deveria respeitar mais o seu rei, Jeon. ㅡ fechou os olhos em um sorriso mínimo, ao abrir, Lúcifer podia jurar que as íris escuras lhe devorariam, por este motivo, engoliu em seco. ㅡ Não vou deixar que faça isso, a menos que implore.

E quando o falatório no corredor passou a ficar mais alto, Hoseok como o bom conhecedor do seu próprio castelo, abriu uma porta. Esta que tratava-se de um pequeno esconderijo, como um quarto do pânico para o sangue real em situações de guerra, mas ele nunca foi usado. Pelo menos não dá forma que deveria.

O pequeno cômodo contava com itens emergenciais, apenas para sobrevivência e um único e separado trono. Não que ele fizesse parte da mobília, mas tratava-se de um em particular que Hoseok havia se desfeito, e para não ser posto as traças, o movel fora parar ali. O que era bom porque atiçava a mente do rei.

ㅡ Nunca precisei implorar, Majestade. ㅡ comentou o diabo, não estavam tão próximos como antes, mas a voz ainda era arrastada.

ㅡ Então essa será a sua primeira vez.

E dentro daquele pequeno quarto levemente empoeirado, que Hoseok domou o Diabo; não foi necessário um toque muito profundo, visto que ainda estavam conhecendo seus gostos e vontades, mas os gemidos que escapavam de ambos os lábios, soavam como música; a trilha sonora de um prazer mutúo, onde a boca de Lúcifer trabalhou muito bem ao receber o falo grosso e mediano.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 03 ⏰

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