Kirishima Runi é uma aluna da U.A. Filha adotiva e irmã adotiva de Kirishima Eijirou. Por entre todas as aventuras, problemas e amizades, quem sabe se ela pode encontrar ou não o amor?
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Quando a segunda prova terminou, os alunos foram liberados para ir almoçar. Runi ficou com Kirishima e Mina. Os três estavam na mesma mesa, gargalhando entre algumas conversas e piadas que faziam. Os três já se conheciam à muito tempo, então estavam à vontade uns com os outros. Enquanto falava, Todoroki apareceu na frente da mesa deles, ficando a olhar para Runi em silêncio.
Percebendo, Kirishima soltou uma risada abafada.
— Vai falar algo ou vai ficar apenas encarando a beleza dela? — Provocou, vendo o bicolor desviar o olhar.
— Deixa ele. — Runi falou, levantando-se da sua cadeira e pegando no tabuleiro.
Começando a andar, ela levou o tabuleiro vazio para o local onde ele deveria estar e, depois, quando se virou para voltar para a mesa, deu com o seu rosto no peito de Todoroki.
Coçando a sua testa, ela olhou para cima e encarou o bicolor.
Sem ter uma resposta do mesmo, ela não estava para o ouvir depois da maneira que ele agiu com ela. Então, desviou o seu olhar do dele e começou a andar novamente para a beira de seu irmão. Enquanto o fazia, a sua mão foi segurada por Todoroki e, junto com ele, foram para outra sala.
Sem entender nada, ela tirou a sua mão da dele e encarou as costas do mesmo.
— Vai continuar em silêncio ou vai falar algo? — Falou, sem paciência nenhuma. Ele estava a agir totalmente com estranheza nas últimas horas e ela não sabia porquê. — Porque está agindo como um idiota?
Virando-se para a mesma, ele ficou com as mãos ao lado do seu corpo e fechou os seus punhos.
— Já faz um tempo que estou sendo um idiota com você. — Ele admitiu, pelo menos isso.
— Se for para falar só isso, então não estou fazendo nada aqui. Sinceramente não vejo porque estamos a conversar. — Ela falou, começando a ir na direção da porta, segurando a maçaneta.
Mas quando foi para abrir a porta, a mão de Todoroki fechando a porta a fez parar, virando-se para o encarar. Encarar de tão perto que ele estava.
— Fica. — Ele sussurrou, sua voz saindo mais rouca do que pensava. — Por favor, fica aqui.
Sentindo a respiração dele bater em seu rosto, já que o mesmo estava um pouco curvado para ficarem na mesma altura, Runi engoliu em seco, não entendendo a situação.
— Qual o propósito disso? — Questionou, ela, ficando com as costas na porta.
— Eu agi como um idiota. — Ele voltou a repetir. — Não queria te tratar mal. Nunca quis fazer isso a uma amiga.
Amigos? Ele realmente estava falando que eles eram amigos?
— Não quero que fique irritada... nem triste comigo. — Ele continuou. — Só... estou frustado comigo mesmo por nunca usar o meu lado do fogo. E sei que mais tarde ou mais cedo vou ter de o usar.
