Reflexões do Passado

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Narração de April:

Após a conversa com Nick e a estranha sensação de mal-estar, decidi me recolher ao meu quarto para refletir sobre tudo o que estava acontecendo. Enquanto me acomodava na cama, senti uma mistura de emoções me envolver, deixando-me confusa e inquieta.

Minha mente vagava, revivendo lembranças do passado e ponderando sobre o futuro incerto que me aguardava. Foi nesse momento de reflexão que meu pai, Frank, entrou no quarto, interrompendo meus pensamentos.

"Posso entrar?", ele perguntou, sua voz carregada de preocupação.

"Claro, pai", respondi, dando-lhe permissão para se aproximar.

Frank sentou-se ao meu lado na cama, seu olhar expressando uma mistura de tristeza e compaixão. Eu sabia que ele estava pensando na minha mãe, na mulher que nos deixara há tantos anos.

"April, preciso falar com você sobre sua mãe", começou Frank, sua voz séria e firme. "Eu sei que você sempre teve muitas perguntas sobre por que ela nos deixou, e eu acho que é hora de você saber a verdade."

Senti um nó se formar em minha garganta enquanto ouvia as palavras de meu pai. Por anos, me perguntei sobre os motivos que levaram minha mãe a nos abandonar, e agora, finalmente, parecia que eu teria algumas respostas.

"April, sua mãe... ela não foi embora porque quis. Ela tinha seus próprios demônios para enfrentar, como eu disse antes, mas... a verdade é que ela estava lutando contra problemas que eram maiores do que ela", explicou Frank, sua voz embargada pela emoção.

O impacto das palavras de meu pai foi avassalador. Por anos, eu acreditei que minha mãe nos abandonara por vontade própria, mas agora, diante da verdade nua e crua, percebia que havia muito mais por trás da história do que eu jamais imaginara.

Enquanto absorvia as palavras de meu pai, uma sensação de compaixão e perdão começou a surgir dentro de mim. Apesar da dor que sua partida havia causado, eu sabia que minha mãe não era uma vilã, mas sim uma vítima de suas próprias circunstâncias.

Com o coração pesado, eu olhei para meu pai, reconhecendo o sofrimento que ele também carregava em relação à minha mãe. E enquanto compartilhávamos esse momento de honestidade e compreensão mútua, percebi que, apesar de todas as nossas imperfeições e falhas, éramos uma família unida pelo amor e pela esperança de um futuro melhor.

Após o revelador diálogo com meu pai sobre minha mãe, uma mistura de sentimentos tumultuava meu interior. A compreensão das batalhas internas que minha mãe enfrentava trouxe uma nova luz à sua partida, mas também deixou um vazio doloroso em meu coração.

Enquanto eu processava essas novas informações, uma sensação de determinação começou a se formar dentro de mim. Eu sabia que, apesar das dificuldades do passado, eu precisava seguir em frente e construir meu próprio caminho.

Com essa determinação renovada, decidi que era hora de enfrentar os desafios que estavam diante de mim. Eu não sabia ao certo o que o futuro reservava, mas estava determinada a enfrentá-lo de frente, com coragem e determinação.

Levantei-me da cama, sentindo uma nova energia pulsar dentro de mim. Eu sabia que não seria fácil, mas também sabia que não estava sozinha. Com o apoio amoroso do meu pai e a memória da minha mãe guiando meus passos, eu estava pronta para enfrentar o que quer que viesse pela frente.

Narração de April:

Enquanto observava as estrelas brilharem no céu noturno, uma sensação de mal-estar começou a se insinuar novamente em meu corpo. Uma pontada de preocupação se misturou à determinação que eu sentia momentos antes.

Percebendo que esse mal-estar persistente não era apenas físico, mas também emocional, uma ideia começou a se formar em minha mente. Talvez fosse hora de buscar ajuda profissional, de enfrentar os fantasmas do passado com a orientação de um psicólogo.

Com essa decisão tomada, um peso pareceu se levantar dos meus ombros. Eu sabia que o caminho à frente não seria fácil, mas também sabia que não precisava enfrentá-lo sozinha.

Decidida a mudar de ares e distrair minha mente, marquei um encontro com minhas amigas da aula de ballet. Juntas, caminhamos pelas ruas movimentadas da cidade, compartilhando risos e conversas animadas enquanto nos dirigíamos à loja de conveniência para comprar os itens que meu pai havia pedido.

Enquanto nos aproximávamos da esquina da rua, onde a loja ficava localizada, meu coração deu um salto desagradável ao avistar Nick, parado ali com uma garota desconhecida. Uma onda de desconforto se apoderou de mim quando percebi que eles estavam se beijando apaixonadamente, completamente alheios à minha presença.

O choque e a dor se misturaram dentro de mim enquanto eu observava aquela cena desconcertante diante dos meus olhos. Um nó se formou em minha garganta, e uma sensação de traição me invadiu, mesmo que eu soubesse que não tinha mais nenhum direito sobre Nick.

Meus amigos perceberam minha reação e me olharam com preocupação, mas eu apenas balancei a cabeça, indicando que estava bem. Eu não queria estragar nosso momento de diversão com meus próprios problemas.

Respirando fundo, afastei os pensamentos indesejados de minha mente e continuei a caminhar em direção à loja, tentando focar minha atenção nas tarefas que ainda precisavam ser feitas.

Mas, por mais que eu tentasse, a imagem de Nick e aquela garota se beijando continuava a assombrar meus pensamentos, deixando-me com uma sensação de tristeza e confusão que eu não conseguia dissipar.

Eu sabia que eu não tinha nenhum relacionamento com ele mas de alguma forma pelo aconteceu na festa passada
..... Acredito que eu tenha desenvolvido algum sentimento por ele

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