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Depois de muito procurar, finalmente achamos o esconderijo onde Viktor estava escondido

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Depois de muito procurar, finalmente achamos o esconderijo onde Viktor estava escondido. Pulamos o muro e andamos pelo local e, conforme andávamos pelo lugar, encontramos três corpos caídos ao chão, mas o que assustou a todos foi achar o corpo de Dafhine, antiga secretária de Adam, caída com um tiro na cabeça.

Eu e meus irmãos descemos em algum tipo de porão subterrâneo, onde andamos pelo corredor escuro e úmido, com as paredes de concreto ressoando com o som de nossos passos. O clima estava tenso, uma sensação de urgência pairava no ar; eu precisava achar minha pirralha. Hector, que liderava o grupo, parou abruptamente diante de uma porta enferrujada.

“É aqui”, sussurrou, apontando para a entrada.

Com um empurrão firme, a porta rangeu ao se abrir, revelando um espaço sombrio. No centro, uma luz fraca iluminava uma cena aterradora. Lilly estava caída no chão, seu corpo pálido e ensanguentado, enquanto um pequeno garoto de expressão ambígua tentava puxá-la pelo corredor. A visão fez meu coração disparar. Mas ouvir o grito de Adam ao meu lado me tirou do transe. “Lilly!” ele gritou, correndo em direção aos dois.

Aiden, Austin e eu o seguimos, mas algo na atitude do pequeno garoto nos deixou em alerta. “Espere!” Adam exclamou, segurando Aiden pelo braço. “Ele pode ser uma armadilha.” A tensão aumentou quando Hector, com seu olhar experiente, avaliou a situação. “Precisamos agir rápido, mas com cautela”, ele advertiu.

O menino finalmente notou a presença deles e virou-se, sua expressão, misturando alívio e nervosismo. “Eles atiraram nela! Precisamos levá-la para fora!” Ele parecia genuinamente preocupado, mas as palavras não convenceram a todos. Aiden franziu a testa, lembrando-se das histórias sobre traições e enganos. “Por que você estava aqui? O que realmente aconteceu?” Sua voz estava carregada de desconfiança.

O menino hesitou, a expressão no rosto dele se tornando de pavor. “Eu só queria ajudar! Eles a sequestraram, eu… eu tentei salvá-la!”, insistiu, enquanto puxava Lilly para mais perto. O sangue escorria pela roupa dela, e o medo dominava o ambiente. Austin, mais cauteloso, deu um passo à frente. “E se você estiver envolvido nisso? Como podemos confiar em você agora?”

A tensão era palpável. Os cinco homens se entreolhavam, cada um ponderando se o menino era um aliado ou um traidor. Aiden não se sentia confortável em deixar a vida de Lilly nas mãos de alguém cuja lealdade estava em dúvida. “Precisamos agir, mas não podemos deixar nossas emoções nos cegarem”, Hector finalmente disse, com sua voz firme.

“Precisamos de um plano. Adam, Austin, fiquem de olho nele. Aiden e eu vamos verificar a condição de Lilly”, ordenei, enquanto nos aproximamos cautelosamente. Aiden e eu nos agachamos ao lado dela, meu coração partido ao vê-la assim, junto com o pânico. “Lilly, você está me ouvindo? Vamos te tirar daqui.”

Enquanto tentava estabilizá-la, a desconfiança em relação ao menino não diminuía. O silêncio pesado foi quebrado por um leve gemido de Lilly, que me dizia que ela ainda estava ali.

“Aaron...” Ela disse em tom baixo, com os olhos lacrimejando.

“Xiiiiiiu... Não fale nada, amor, vamos levar você para um hospital. Tente ficar acordada o máximo que puder.”

Eu a peguei em meu colo e, enquanto seu pequeno corpo contorcia-se de dor com pequenos gemidos, andamos apressadamente pelo corredor; todo tempo era precioso para salvar minha mulher. Mas eu parei abruptamente quando ela tentou segurar de forma firme o braço de Aiden, que estava ao nosso lado.

“Aiden... Por favor... Prometa que irá cuidar do menino”, ela disse, sussurrando para nós. “Pequena, você vai ficar bem. Não se esforça!”, Aiden disse, dando um leve beijo em sua testa. “Por favor, cuide de Octávio!” Ela disse mais uma vez antes de desmaiar completamente.

A sensação de desespero se instalou em mim, como se o mundo ao nosso redor tivesse parado. O nome de Octávio ecoava em minha mente enquanto tentava processar as palavras de Lilly. Quem era esse garoto? E por que ela parecia tão preocupada com ele? Aiden e eu trocamos olhares cúmplices, compreendendo que nossa missão agora se estendia além de salvar Lilly. Precisávamos descobrir a verdade sobre esse menino e sua conexão com tudo isso.

“Vamos, temos que sair daqui”, disse Hector, quebrando o silêncio tenso. “A situação pode piorar a qualquer momento.” Ele estava certo. O tempo estava se esgotando, e cada segundo que passávamos ali era um risco.

Aiden e eu continuamos a carregar Lilly, enquanto Adam e Austin mantinham uma vigilância atenta sobre o menino. Ele parecia nervoso, seus olhos se movendo constantemente entre nós e a saída. “Nós não temos tempo para isso, ela precisa de ajuda”, ele murmurou, sua voz entrecortada pela pressão da situação.

“E você é a última pessoa em quem podemos confiar”, respondeu Aiden, sua desconfiança evidente. O garoto deu um passo à frente, sua expressão se tornando mais intensa. “Eu só quero ajudar! Não quero que ela morra!”

Ouvindo isso, uma onda de raiva e frustração tomou conta de mim. “Se você quer ajudar, nos leve para fora!” O garoto hesitou, mas a urgência na minha voz parecia ter um efeito nele. “Eu... eu sei um caminho. Venham, rápido!”

Com um misto de esperança e desconfiança, seguimos o garoto por um estreito corredor que se ramificava em direção a uma escada que parecia levar à saída. Cada passo era uma luta constante contra o medo e a incerteza. O peso de Lilly em meus braços me lembrava do que estava em jogo.

Finalmente, chegamos a uma porta que se abria para a luz da noite. O garoto hesitou, olhando para trás, como se estivesse prestes a se despedir. “Eu não posso ficar. Eles vão me encontrar”, ele disse, antes de se afastar.

Mas Adam correu atrás dele, prendendo-o pelos braços. “Nem fudendo, garoto, você vem com a gente!” Ele disse, olhando em seus pequenos olhos pretos.

“Vamos, precisamos levar Lilly para o hospital agora!” disse Adam, puxando o menino consigo para fora da entrada. O ar fresco acariciou meu rosto, mas não havia alívio. O que eu mais queria era ter a certeza de que ela ficaria bem.

Enquanto corríamos em direção ao carro, uma nova determinação tomou conta de mim. Eu não perderia minha mulher novamente. Aiden assumiu o volante, com Adam no banco do passageiro e eu, Austin e o moleque no banco de trás, com Lilly em meu colo.

Enquanto seguimos mil por hora para o hospital mais próximo, Adam já ligava para o hospital para que eles estivessem esperando quando chegássemos. Depois de vinte e dois minutos incontáveis, finalmente chegamos e a equipe já nos aguardava. Saí com minha pequena do banco de trás, colocando-a sobre a maca, e logo os enfermeiros, junto com os médicos, a levaram para dentro, não deixando nenhum dos meus irmãos acompanhar.

Dança das sombras (Harém reverso)Onde histórias criam vida. Descubra agora