As semanas se passaram, e Melanie aprendia aos poucos, porém havia um avanço notável. Já aprendera a usar e controlar a voz, apesar de que não saber usar as palavras direito ainda. Harry ia lá todos os dias, e levava flores. Ela gostava dele. Ele não falava, pra não forçá-la, apenas ficava com ela, em silencio. Não parecia esperar nada, isso a agradava.
Melanie: Oi. - Disse, falando com ele pela primeira vez quando ele entrou no quarto. Harry piscou, sorrindo em seguida.
Harry: Oi. - Retribuiu, e ergueu a mão. Havia um buquê de rosas vermelhas - São pra você. - Melanie apanhou o buquê, cheirando as flores, tocando as pétalas.
Melanie: São muito bo... Bo... - Qual era a palavra? Ele esperou, quieto - Bonitas! São muito bonitas. - Agradeceu, e ele sorriu. - Porque você sempre vem? - Perguntou, curiosa. Ele ainda sorria.
Harry: Porque eu gosto de ver você. - Disse, simples, e ela sorriu, satisfeita. - Você se sente bem?
Melanie: Bem. - Assentiu. Ficava feliz quando ele ia lá. - Já posso andar. - Contou, animada. - Com anda... Anda...
Harry: Andadores. - Lembrou, e ela assentiu.
Melanie: É difícil, umas palavras me fogem. - Ela franziu o cenho, frustrada.
Harry: Vai passar com o tempo. - Garantiu. - E você poderá ir pra casa.
Melanie: Eu tenho uma casa? - O medico mandara ela desenhar uma casa essa semana, mas ela achou que sua casa era ali.
Harry: Tem. - Assentiu - Uma bem grande e bonita.
Melanie: Tem um jar... Jar... Jardim! Minha casa tem um jardim? - Perguntou, animada. Harry franziu o cenho. Moravam em um arranha-céu.
Harry: Não. - Ele viu o desapontamento no rosto dela - Mas podemos providenciar um.
Melanie: Pro-vi-den-ci-ar. - Soletrou, sem entender a palavra.
Harry: Conseguir. Providenciar e conseguir são sinônimos. - Melanie assentiu.
Melanie: Sua casa é perto da minha? - Ele sorriu de canto, vendo ela acariciar as rosas.
Harry: Bem perto. Na verdade, nós dois moramos na mesma casa. - Melanie franziu o cenho - Mas é bem grande, tem espaço. - Ela assentiu, pensativa.
Melanie: Porque moramos na mesma casa? - Perguntou, intrigada.
Harry: Porque eu era muito sozinho antes de você chegar. - Disse, neutro, e Melanie considerou por um instante, sorrindo pra ele em seguida.
Infelizmente houveram batidinhas no vidro. Harry olhou e era Liam, que o chamava, com outro homem. Ele era alto, tinha os olhos azuis e cabelos ruivos. Harry pediu licença a Melanie, que ficou com suas rosas, e saiu.
Liam: Vejo que vão bem. - Harry sorriu, animado - Esse é o medico, amigo de Gemma, que eu disse que havia chamado. Chegou da Inglaterra ontem.
Edward: Prazer, Edward Sheeran. - Disse, estendendo a mão. Harry apertou.
Harry: Harry Styles. - Cumprimentou - Especialista? Liam, ela não pode... Nós combinamos. - Disse, confuso.
Liam: Fique tranquilo, Edward apenas vai ajudá-la no processo de recuperação e estudar o dano do cérebro. - Harry não gostou.
Harry: Explique melhor. - Disse, desconfiado.
Enquanto Harry, Edward e Liam conversaram, uma enfermeira entrou pra checar Melanie. Logo ela iria para a fisioterapia. As enfermeiras gostavam de Melanie - se solidarizaram com o caso por anos, e Melanie era extremamente doce.
ESTÁ A LER
Enquanto Você Dormia - Efeito Borboleta (Livro 2) [H.S]
FanfictionQuando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater da asas de uma borboleta pode desencadear um tuf...