As semanas se passaram e Harry resistiu bravamente. Melanie estava, resumidamente, feliz. A felicidade dela irradiava pra quem estava em volta, porque era simples, sincera, genuína, e as pessoas podiam sentir. Não estava sendo fácil dormir ao lado dela, tê-la ali, tão disponível, mas isso servia de alimento pra ele: A felicidade dela o fazia forte. A ingenuidade dela era fascinante, também...
Harry: Sim, eu liguei pessoalmente pra lá. - Disse, em um sussurro, fechando a porta do quarto de Nate, que havia apagado, com um fone na orelha - Eles mandarão representantes logo, já que nenhum Styles pode ir até lá. Vamos sentar e resolver iss... - A voz dele ficou suspensa, e ele estancou na porta do quarto.
Melanie olhava o celular dele. Nunca havia feito isso. Estava de bruços na cama, concentrada no que via. Mas não foi isso que chamou a atenção dele, e sim o fato de que ela usava uma de suas cuecas. Usava como short, e a blusa era do pijama. Ele piscou, surpreso, e ela continuou o que fazia, concentrada.
Harry: Não, estou aqui. Eu... - Ele parou observando-a. A boxer branca era grande pra ela, ficava um short, mas o traseiro dela era mais farto que o dele, de modo que não ficava folgada - Eu falo com você amanhã. - Disse, divertido, e arrancou o fone da orelha.
Melanie nem viu ele se aproximar, concentrada, e ele se perguntou que diabo ela tinha achado no celular que a atraísse tanto. Era o celular particular dele, não havia nada ali que pudesse lembrá-la de nada, por isso ele não se assustou.
Harry: Que está fazendo? - Perguntou, sorrindo de canto, se sentando ao lado dela.
Melanie: Espera... - Ela mexeu mais algumas vezes. Ele notou que havia uma musiquinha - Droga! - Exclamou, irritada, jogando o celular na cama.
Harry: O que é isso? - Perguntou, olhando. Era algo colorido.
Melanie: Candy Crush. É um joguinho, me mandaram jogar ele porque ajuda na coordenação de qualquer porcaria ai, mas essa fase é IMPOSSIVEL. - Disse, fofinha, toda emburrada - São gelatinas demais pra movimentos de menos. - Harry não entendia nada, mas achava graça - Acabaram as minhas vidas, tenho que esperar. - Disse, derrotada.
Harry: Me deixe ver. - Disse, apanhando o celular. Ele mexeu por alguns segundos, então devolveu o celular a ela. Estava cheio de vidas novas pra ela poder jogar.
Melanie: Como você fez isso? - Perguntou, exaperada.
Harry: Eu comprei, senhora Styles. - Disse, tocando no nariz dela - Sempre que acabar, você não precisa esperar. Compre novas vidas, vão vir na minha conta no fim do mês. - Disse, divertido com o aborrecimento dela.
Melanie: Mas não é caro? - Perguntou, confusa.
Harry: Tenho muito dinheiro. - Dispensou - E ele é todo seu, também, então compre o que precisar. Mas não fique obcecada com isso. - Disse, e ela assentiu.
Melanie: Peguei seu celular porque no meu não pega o jogo. Tem problema? - Perguntou, os olhos azuis fixados nos dele.
Harry: Claro que não. - Disse, e ela sorriu - Baby... Você sabe que isso, - Ele puxou o elástico da cueca que ela vestia - É roupa de homem, não é? - Melanie riu, travessa.
Melanie: Sei. Mas é mais confortável que usar calcinha. - Disse, dando de ombros. - Você se importa?
Harry: Não, sinta-se a vontade. - Disse, achando graça - Só nunca achei que encontraria alguém de cueca na minha cama algum dia. - Admitiu, divertido, beijando a testa dela e se levantando. Ela se voltou pro joguinho dela.
Mais dias se passaram. Melanie tinha a terapia, a fisioterapia, mas sua prioridade era uma só: Ser mãe de Nate. Ela sempre estava lá. O colocava na cama, o acordava de manhã, comia com ele, brincava, ajudava a fazer os deveres, e o levava e buscava na escola todos os dias, sem falta. Percebeu o quanto o menino ficou feliz da primeira vez que foram buscá-lo, e quis fazer isso por ele sempre. Ora, ela era mãe dele! E todos os dias ele aparecia na escadaria, radiante, arrastando sua mochila.
BINABASA MO ANG
Enquanto Você Dormia - Efeito Borboleta (Livro 2) [H.S]
FanfictionQuando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater da asas de uma borboleta pode desencadear um tuf...