Acordo com a vontade de continuar na cama, mas acabo saindo correndo dela quando sinto o meu querido enjôo matinal.
- Becca! - ouço Edith gritar ao me ver de cara no vaso sanitário.
- Está tudo bem - digo quando acho que acabou, mas me engano e o conteúdo do meu estômago continua a voltar.
- Senhora Monelise - ela diz chamando Lizzie.
- O que foi Edith? - Lizzie pergunta chegando na porta do banheiro pelo gemido que ela solta imagino que tenha se assustado com a cena.
- É apenas enjôo matinal - meu pai diz passando pela porta. Ele entra no banheiro e me ajuda a levantar. Me leva até a pia e então eu lavo minha boca - Quer comer alguma coisa? - ele me pergunta mas nego com a cabeça.
- Ela deve comer algo - Lizzie diz - Colocou tudo para fora.
- Se ela comer sem querer é bem provável que a comida volte - Meu pai diz enquanto dá descarga e me senta na tampa do vaso.
- Eu... Eu - digo com a garganta seca - Preciso... De água.
- Edith vá buscar água para ela - Lizzie ordena.
- Não precisa - digo - Eu vou sozinha.
- Não abuse da sorte Rebecca - Lizzie diz - Vá se trocar, temos médico em algumas horas.
- Precisa de ajuda? - meu pai pergunta.
- Não, obrigada - digo - eu consigo sozinha.
Vou até o quarto e encaro minha cama. O único lugar que eu queria ficar é de baixo dos cobertores. Mas tenho que é nesse estúpido médico para ele ficar falando que tenho de dizer a verdade a Lizzie.
- Rebecca ande logo - ouço Lizzie gritar.
Desço as escadas com um certo cuidado. Minha barriga me faz perder o equilíbrio então grudo no corrimão para eu não cair.
- Sua mãe já está no carro - meu pai diz enquanto lê o jornal e toma café.
- Madrasta - digo pegando meu casaco e saindo.
Entro no carro e ouço Lizzie suspirar.
- Está melhor? - ela pergunta.
- Já estou acostumada - digo.
- Ótimo - ela diz tirando o carro da garagem. Seguimos o percurso até o consultório em silêncio.
Ao entrar no consultório sinto os olhos sobre minha barriga.
- Rebecca Monelise - Lizzie diz para a secretaria - Estamos marcadas para as 10h.
- Chamarei quando o Doutor estiver pronto - a mulher diz.
Nos sentamos na sala de espera, pego aquela revista de centenas de anos atrás e a folheio para passar o tempo. Uma mulher gravida se senta ao meu lado no sofá com uma dificuldade falsa, já que sua barriga está bem menor que a minha e não faço esse drama.
- Ah olá - ela diz arfando e jogando seus cabelos loiros para trás. Apenas dou um sorriso sem graça de volta - Meu Deus está de quanto tempo, parece que vai estourar!?
- 15 semanas - digo enquanto encaro a foto de uma cirurgia na revista.
- Oh, seu bebê deve imenso, estou de 12 e você está o dobro do meu tamanho - ela diz toda empolgada.
- Desculpa - digo olhando-a e quase sou cegada pelo macacão pink dela.
- O que eu quero dizer é que sua barriga está bem maior do que a minha - ela diz.
- Eu tenho dois, tem de ser maior - digo voltando a olhar a revista.
- Gêmeos - ela grita - Não acredito!
- Nem eu - Lizzie diz se levantando e saindo da clínica.
Tento levantar para segui-la, mas não consigo levantar. Preciso arrumar impulso para me levantar. Vou rumo a porta.
- Rebecca Monelise - a secretaria chama.
- Já estou indo - digo - esqueci algo no carro.
Saio e encontro Lizzie sentada num degrau, ela não está chorando, mas olha para o nada.
- Seu pai sabe? - ela pergunta.
- Sim - digo.
- Quando pretendia me contar? - ela diz.
- Em breve - digo - mas não agora.
- Eu devia saber, sou mãe dessas crianças - ela diz.
- Lizzie, eu... - começo a falar.
- Srta. Monelise - a secretaria me chama da porta.
- Estamos indo - Lizzie diz levanto e enxugando os olhos secos.
Caminho para dentro da clínica rumo ao consultório. Dr. Albers está sentado e se levanta para nos cumprimentar.
- Parece que você cresceu - ele diz rindo enquanto aperta minha mão.
Lizzie permanece em silêncio. E aceita esperar um pouco antes de entrar na sala de ultra-sonografia.
Faço o mesmo procedimento, me troco e deito na maca. O médico vem e passa o gel na minha barriga em seguida passa o aparelho pelo caminho de gel.
- Já contou? - ele me pergunta - Ela não parece muito feliz.
- Digamos que ela acabou de descobrir que são gêmeos - digo - E dá pra perceber que não reagiu bem.
- Rebecca você tem que contar...
- Meu pai já sabe - digo.
- E...
- Ele acha que devo ficar com o bebê - digo.
- Assuma suas responsabilidades - ele diz - Por favor mantenha isso em sigilo, uma história dessas pode acabar com minha clínica.
- Fique tranquilo - digo.
- Parece-me que eles estão bem - ele diz.
- Sei o sexo de um deles - digo - Mas provavelmente é o bebê da Lizzie então não sei se posso falar.
- O que você acha que é? - ele pergunta.
- Um menino - digo.
- Sim, seu irmão é homem - ele diz - Porém seu filho ainda não posso afirmar.
- Acho que não quero saber - digo.
- Tudo bem - ele diz anotando na ficha - O bebê número 2 será segredo. Vou chamar tua madrasta, e não vou me interferir em nada.
- Tudo bem - eu digo.
Albers fala com a enfermeira e a alguns minutos Lizzie entra na sala, junto a ela um homem.
- Espero que não se importe, mas meu filho Philip, gostaria de acompanhar seu caso - Dr. Albers sussurra para mim.
- Mas Lizzie não pode saber - digo no mesmo tom.
Observo Philip, ele parece ser bem mais alto do que eu, mexe nos cabelos castanhos compulsivamente, óculos cobrem seus olhos azuis. Ele é bonito, do tipo bem bonito. Mas parece que teme de demais, tem medo de que tudo dê errado, sei disso porque na maioria do tempo me sinto assim.
- Pronta? - Dr. Albers pergunta, apenas sorrio e confirmo com a cabeça.
Ele passa mais um tanto do gel e em seguida o aparelho.
- Oh meu Deus! - Lizzie exclama com os olhos cheios de lágrimas.
- E esse é o coração - Dr. Albers diz. Bato meus dedos na maca seguindo o ritmo, e ouço Philip bater a caneta na prancheta no mesmo ritmo, percebo que estou o encarando quando ele dá um sorriso nervoso para mim.
- Quero ver os dois! - Lizzie diz.
Solto um suspiro, Dr. Albers levanta a sobrancelha e Philip encara o pai assustado.
- Claro - Dr. Albers diz apontando os bebês na tela.
Acaba a ultra e vou me limpar no banheiro, entrei tão desesperada para fazer xixi que esqueci de trancar a porta. E para melhorar meu dia, Philip entra no banheiro e me encontra de calcinha e sutiã limpando minha barriga.
- Eu sinto muito - ele diz chocado.
- Estou tão gorda assim? - pergunto tentando não transparecer minha vergonha.
- Não, você está ótima! - ele diz sorrindo, eu o fito e acho que ele percebe - ...Comparada a grávidas. O que eu quis dizer é que mesmo gravida você é linda; Não... - Ele começa a se enrolar.
- Está tudo bem - digo - Não é o primeiro que diz que sou linda depois de me ver de ligerie. E nem será o ultimo.
- Acho melhor eu sair - ele diz fechando a porta.
Acabo rindo comigo mesma. Quando entro na sala do Dr. Albers, Philip rubra só de me ver. Lizzie presta atenção no que o médico diz e nem nota o clima pesado ao redor dela.
- Rebecca poderíamos falar com você em particular? - Dr. Albers pergunta.
- Te espero no carro - Lizzie diz saindo.
Quando a porta se fecha, o médico me convida a sentar.
- Desculpe-me, esqueci de perguntar-lhe sobre o Philip - ele diz.
- Sem problemas - digo.
- Isso será para o mestrado - Philip diz um pouco nervoso - Não é algo comum.
- Fique tranqüila que ele não vai citar nomes - Dr. Albers diz - E Elizabeth acha que é apenas um trabalho sobre mães de aluguel.
- Tudo bem para mim - digo com um sorriso.
- Ótimo - Dr. Albers diz se levantando - Espere um pouco, vou pegar sua receita das vitaminas proscritas.
Dr. Albers sai me deixando sozinha com Philip.
- Eu realmente sinto muito - ele diz.
- Espero que não tenha sido a primeira vez que vê uma mulher seminua - digo - Porque não estou nos meus melhores dias.
- Não foi a primeira vez - ele diz rindo - E sei que não vou a primeira vez que um homem ficou impressionado por você seminua.
- Digamos que isso faz parte da sua tese - digo acariciando minha barriga, tentando ignorar o pensamento de que ele se sentiu impressionado pelo meu corpo.
- Aqui está - Dr. Albers diz me entregando a receita - Espero te ver em breve.
- Claro - digo me levantando - Foi um prazer te conhecer Dr. Philip.
- Idem - ele diz aceitando minha mão como cumprimento - E pode me chamar apenas de Philip....
Desculpem por postar só no domingo
Mas as coisas estão fora de controle e acabei me esquecendo
Como comecei uma nova história "The Featherington"
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E por causa dela, as coisas estão meio atrasadas
To escrevendo 3 histórias ao msm tempo, ainda tenho q conciliar escola e uma vida
Então digamos que não consegui escrever mt
E para piorar o cap 11 n ta ficando como eu quero, e por isso apaguei ele algumas vezes e reiniciei, eu n sei se consigo termina-lo em 2 semanas
Caso eu não consiga, posto assim q terminarEspero que entendam
Bj Bj
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Por Amor
RomanceBecca tinha sua vida planejada, seus sonhos logo se tornariam realidade. Mas tudo muda quando ela se oferece para ser barriga de aluguel para sua madrasta. A vida que Becca conhece irá se distanciar, enquanto ela encaixa ultra-sonografias e entrev...