Epílogo

3.8K 144 15
                                    


— Agora podemos fazer aquela viagem? - Phoebe pergunta - Afinal 10 anos é uma idade importante, a primeira década de Samantha.
— Vamos nos programar - digo.
— Rebecca, te conheço a tempo suficiente para saber quando quer sair de um assunto - ela diz - Ela não merece férias mágicas?
— A Stela ainda é muito pequena - digo.
— Stela tem quase quatro anos - Phoebe diz.
— Tudo bem - digo - Vou conversar com o Phillip sobre dias.
— Vou te cobrar - ela diz.
— Eu sei.
— Do que ela tava falando? - Phillip pergunta carregando Stela.
— De levar as meninas para Disney. - digo ajeitando a touca dela.
— De novo?
— Acho que dessa vez ela ganhou.
— Vamos finalmente ver o Mickey? - ela pergunta.
— Sua vó fez lavagem cerebral em vocês - digo.
— Pensa pelo lado bom - Phillip diz colocando Stela no chão - Ela vai pagar tudo.
— Isso até me anima.
— Mamãe posso patinar? - ela me pergunta.
— Estrelinha, a mamãe vai patinar com você - Phillip diz.
— Eu vou?
— Vem mamãe - ela diz me puxando e eu sussurro que vou matar Phillip.
— Só um pouco porque tenho que cuidar das coisas do aniversário da Sammy - digo.
— Está tudo cuidado - Stela diz.
— Você viu tia Jackie? - pergunto para ela.
— Não.
— Ela sumiu depois do bolo - digo.
Stela me faz patinar com ela por horas, e quando atrevo-me a sair ela esperneia.
— Vamos fazer assim, você procura seu pai para patinar com você e eu vou ver se está tudo certo lá encima, se não não vão sobrar doces para levar os para casa.
Ela me libera e vou procurar Jackie.
— Alguma coisa que eu comi me fez muito mal - ela diz limpando a boca.
— O que você bebeu? - pergunto.
— Nada ainda - ela diz.
— Você cozinhou alguma coisa? - ela pergunta e a encaro.
— Claro que não - digo.
Ela se senta e respira fundo para não vomitar.
— Você está bem? - ela pergunta.
— Samantha tem me ignorado a semana toda - digo - Em compensação a Stela não desgruda de mim.
— Sammy está entrando na adolescência.
— Ela fez 10 anos - digo.
— Ela sempre foi precoce - Jackie diz - E agora Stela te tem só pra ela, se ela já era mimada antes, agora que Sammy vai preferir os amigos, ela vai ter vocês dois na mão.
— Stela não é mimada - digo e ela ri.
— Suas duas filhas são extremamente mimadas.
— Extremamente é exagero - digo.
— Preciso vomitar de novo - ela diz levantando-se.
Seguro o cabelo dela e lembro-me do gosto de bile.
— Só passei mal desse jeito com estômago vazio quando estava grávida, era horrível - digo e Jackie levanta a cabeça em silêncio - Você tá atrasada?
— Não - ela diz - Talvez.
— Precisa fazer um teste.
— Não preciso - ela diz - Não posso.
— Por que não? - pergunto - Você tem um apartamento, uma renda e 28 anos, não que a idade signifique algo, mas ter quase 30 devia mostrar alguma madureza.
— Eu não estou sequer namorando - ela diz.
— E daí? - pergunto.
— É fácil pra você falar, teve um médico bonitão te ajudando desde o começo - ela diz.
— Eu não nego que tive sorte - digo - Mas você está muito mais preparada para ser mãe solo do que eu estava. Além de que você tem a mim, sua mãe e sua irmã pra te ajudar.
— E pré natal gratuito? - ele pergunta.
— Seremos os padrinhos?
— Com toda certeza - ela diz.
— Fechado - digo segurando a mão dela e levantando-a do chão - Vamos comprar um teste.
Saímos do banheiro, procuro Phillip para avisa-lo que vou sair. 
Desço até a pista de patinação.
— Você veio - Sammy grita e corre para abraçar Peter - Pensei que não conseguiria.
— Eu disse que daria um jeito - ele diz abraçando-a.
— É considerado ciúmes eu sentir falta dela me abraçar daquele jeito? - Phillip pergunta.
— Se for, eu também estou - digo.
— E agora o pai soldado dela é o legal entre os amigos - ele diz.
— Posso te confessar uma coisa - digo e ele me olha - Eu prefiro o pai médico.
— Isso me consola bastante - ele diz me beijando - E essa baixinha grudada no meu pé também.
— Aproveite enquanto ela não vira adolescente - digo.
— Estrelinha me promete que nunca vai crescer - Phillip pede.
— Prometo papai - ela diz rodopiando.
— Sinto falta de bebês - ele diz.
— Não vai precisar sentir por muito tempo - digo e ele me encara - De mim não sai mais nada meu amor. Estou falando do nosso afilhado.
— Quem?
— Da criança que você vai fazer o pré natal - digo.
— Eu to um pouco confuso - ele diz.
— Preciso sair - digo saindo - Tenho que comprar um negócio na farmácia para Jackie.
— Sério? - ele pergunta.
Apenas sorrio para ele, que começa a rir.

Por AmorWhere stories live. Discover now