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6 de janeiro, sexta

Depois de Jason discutir com Albert, tudo ficou pior.
Bom, vou contar o que aconteceu...

Quando ouvi aqueles gritos vindo de cima, subi alguns degraus para ouvir o que diziam.

"... E você não tinha o direito de ter batido na minha irmã." - disse Jason com raiva.

"E você vai fazer o que? Me impedir? Me bater?" - disse Albert gargalhando - "você não passa de um pirralho, é tão insignificante quanto ela."

"Não, vou fazer algo melhor! A gente vai sair dessa casa e você não vai impedir." - Jason disse confiante.

"Você pode ir, mas ela fica! Não vou deixar levá-la de mim."

"Porque você quer que ela fique? Você a agrediu, lembra? Eu não vou deixar que ela fique sozinha, com um monstro! - Jason disse transtornado.

"Porque ela terá um grande futuro comigo. Agora, me deixe em paz, se quiser ir vá, mas se eu descobrir que levou ela, você morre!" - ele disse grosso e firme. Algo naquilo, dizia que era verdade.
Jason saiu de lá e me pareceu ter ido para o seu quarto.
Naqueles dias pela frente, não o vi mais, ele parecia estar me evitando. Fui até seu quarto várias vezes e sua porta estava trancada todas elas, e não me atendeu quando bati nela.
Só o encontrei hoje, quando eu estava na cozinha comendo sorvete, na minha hora de folga.

"Bianca!?" - ele disse assustado.

"Oi Jason. Porque está me evitando desde aquele dia?" - disse sem entender, o porquê de tudo aquilo.

"Porque... - ele coçou a cabeça nervosamente e continuou com a voz mais baixa - estou planejando uma fulga."

Não! Eu não vou ir. Não quero que você morra. Você sabe muito bem do que ele é capaz, quando quer algo. - disse com lágrimas nos olhos.

"Eu não vou... - ele parou, pensou um pouco e continuou - tudo bem, você está certa. - e saiu. Não disse mais nada.
Não sei o que pensar com isso. Será que isso é bom? Sei lá, seja o que for, só vou saber daqui uns dias, quando ele colocar a cabeça no lugar.

"Segunda começa suas aulas? - disse Albert interrompendo meus pensamentos.

" Sim. Posso comprar meus materiais amanhã? - disse ansiosa. Essa é a melhor parte e estou com tanta espectativa de voltar pra escola, que poderia costurar minha própria mochila.

"Sim, mas depois de cumprir suas tarefas. - ele disse e me encarou, como se quisesse ver minha reação.

" Tudo bem. - disse com um semblante de desapontamento.
Ele confirmou com a cabeça e saiu da cozinha. Cheguei a respirar aliviada pelo ato. Ele me deixa tensa...

******

As vezes fico pensando nas reviravoltas que aconteceram em minha vida e nesse um mês, nunca ouve tantas coisas acontecendo.

Primeiro: meu pai morre
Segundo: tenho que dar tchau para a casa que me deu "à luz"
Terceiro: deixar para trás minha irmã/amiga
Quarto: minha mãe morre pelas mãos de seu pai
Quinto: sou tratada como uma empregada, um lixo

Fico pensando se um dia tudo isso terá fim. Não conseguiria viver o resto da vida, preocupada se vou morrer essa noite ou não.
Porém, uma coisa me deixa intrigada: porque ele quer tanto que eu permaneça aqui? Isso não faz sentido algum. Eu gostaria muito de saber o que ele tem em mente, mas temo que não seja nada que eu desejaria saber.

Aqui sempre estarei...

Ass: Bianca Sullivan






N/A:

Desculpem pelo capítulo pequeno. Mas prometo que no próximo vou arrasar. :)
E antes que eu esqueça...

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e votem se gostaram. ;)

Obrigada

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