Capítulo 04

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Acordei com o toque de despertar da escola, peguei a camisa de Pietro e vesti, e fui até o banheiro logo depois.
Voltei 20 minutos depois, vestindo uma camisa branca de manga comprida e uma calça jeans azul claro.
Coloquei minha bota coturno em seguida.
- Pietro, levanta, você precisa se alimentar.
Falei colocando minha mão sobre seu ombro.
Ele abriu seus olhos e sorriu para mim.
- Já estou indo.
Disse ele.
Ele se levantou, tomou um banho, e em seguida saímos do quarto.
Entramos na sala e sentamos em nossos lugares. 

***

Me levantei da cama, e percebi que Juliana não estava ao meu lado, será que essa peste saiu sem me avisar?
Fui até meu guarda-roupa pegar algo para vestir, quando ouço a porta do banheiro se abrir e Juliana sair.
Ela estava com seu cabelo preso em uma trança, seus olhos castanho escuro destacados com lápis de olho, e sua blusa verde claro era bem colada em seu corpo, destacando suas curvas definidas.
Caramba, como ela pode ser tão linda, mas tão insuportável ao mesmo tempo?

- Perdeu alguma coisa?
Disse ela me tirando de meus pensamentos.
- Não perdi nada.
Respondi desviando o olhar.
Fui até o banheiro tomar um banho de água fria, pois é disso que estou precisando.
Saí do banho e ela já estava praticamente saindo do quarto.
- Onde você pensa que vai?
- Você demorou, então preferi ir na frente.
Disse ela com indiferença.
- Você está proibida de sair sozinha lembra?
- Eu saio sozinha se eu quiser.
- Não sai mesmo.
Respondi pegando minha mochila e saindo do quarto com ela.
- Você não vai me impedir de sair sozinha.
- Pra quê a pressa? Está ansiosa pra ver seu amiguinho?
Perguntei revirando os olhos.
- E se eu tiver? O problema é meu.
- Não, o problema é meu também, pois tenho que ficar de olho em você, e não estou nem um pouco afim de vê-lo na minha frente...
- Não é problema seu, ele é meu amigo, e não é nada seu.
- Amigo? Pela intimidade não parecia bem isso.
- Ah qual é? Deu pra ter ciúmes agora?
- Eu? Ciúmes de você? Faz favor humana.
- Meu nome não é humana, é Juliana, então me chame pelo meu nome.
- Eu chamo você como eu quiser.
- Não mesmo.
Entramos na sala em seguida e sentamos nos lugares de sempre.
A aula de geografia começou com a professora passando prova surpresa, que maravilha.
Revirei os olhos com meus pensamentos.
Sorte a minha que a aula dela passou rapidamente, e a prova estava razoavelmente fácil.
O professor de educação física entra na sala e nos chama para o ginásio de esportes.
Quando chegamos ao ginásio, ele já deixou bem claro que esporte teríamos que praticar.
- Hoje, quero que vocês joguem futebol, façam seus times.
- Todos terão que jogar?
Perguntou Violet preocupada.
- Sim, todos, inclusive os humanos presentes.
- Fodeu.
Ouvi Eloisa dizer.
Formamos os times, 6 pessoas em cada um.
Eu, Eloisa, Violet e nossos humanos formamos um time.
Gabriel, Mariana, Lucas, Thaís, Kaleb e Anna formaram outro time.
Henry formou seu time com Carol, Weslley, Dayara, Alisson e Iago.
E o restante da sala também formou seu time, dando um total de 5 times.
A partida começou entre meu time e o time de Henry.
Merda, ele vai jogar sujo e vamos perder para esse time fraco.
- Ok, Violet fica no gol, Eloisa na defesa, e eu vou pro ataque.
Falei, combinando com todos.
Teremos um em cada posição, pelo menos isso vai evitar perder de lavada para esses lixos.
A partida começou com Bruno tocando para mim.
Nós iríamos para o ataque, apesar que Violet detestou botar seu querido Bruno para bater de frente com vampiros.
Ele era a única opção melhor, pois não quero jogar com a peste a Juliana e muito menos com o queridinho da Eloisa.
O jogo seguiu comigo fazendo um belo gol, que deixou Weslley sem saber para onde a bola foi.
Primeiro gol é nosso, que maravilha.
Voltamos para o nosso lado da quadra, e esperamos Henry fazer a jogada.
Ele tocou para Carol, que tocou para Iago, que retornou para Carol, quando Eloisa chega quebrando a jogada dos nossos adversários.
Ela recupera a bola e toca para mim, e assim vamos trocando passes entre o time até chegar perto do gol, onde Alisson consegue roubar a bola de mim.
Filho da mãe!
Ele segue com a bola e toca para Henry, que segue para perto do gol, onde chuta a bola em direção a Violet, que consegue pegar a bola numa ótima defesa.
Até que a partida não estava tão ruim como imaginava.
O jogo foi seguindo, com nosso time trocando passes depois de levar alguns gols também.
A peste estava com a bola, quando vejo Henry indo em sua direção, merda, ele vai quebrar ela se ele alcançá-la.
Quando ela foi para tocar a bola para Eloisa, Henry roubou a bola dela, acertando uma cotovelada em seu estômago.
- Filho da puta!
Ela disse quase num sussurro, com as mãos em sua barriga e a cabeça abaixada.
- O que você disse garota?
Henry se virou para ela, seus olhos estavam dourados.
Ela ergueu a cabeça e o encarou.
- Isso mesmo que você ouviu, retardado.
Ele correu rapidamente em sua direção e a prensou contra a parede.
- Cuidado com o que diz garota, ou você vai morrer.
Nesse momento não me segurei, ninguém vai encostar nela.
- Quem vai morrer aqui é você se não tirar essas patas imundas de cima dela.
Falei encarando-o.
- Me obrigue a soltá-la, caso contrário...
Ele a segurou pelo pescoço e a ergueu do chão.
Juliana tentava se soltar das mãos dele, mas ela é fraca demais para conseguir mover um dedo dele.
- Solta ela agora Henry!
- Ou o que Dylan?
- Ou eu mato você!
Ele a soltou, deixando-a cair de joelhos no chão, ela estava quase pálida.
- Então cai dentro.
Me intimou Henry.
- Pode deixar.
Falei acertando um soco no nariz de Henry, que retornou acertando-me um chute na costela.
Revidei, acertando uma sequência de chutes e socos, sem ao menos dar chance dele defender-se.
Logo depois, para torturá-lo, coloquei meu poder psíquico em ação.
Comecei a causar dores terríveis dentro de Henry, começando pelo estômago, ele gritou e caiu no chão no mesmo instante.
Se eu quisesse poderia matá-lo por dentro agora mesmo, mas fui impedido por Gabriel.
- Chega cara, deixa ele pra lá.
Disse meu irmão.
- Eu odeio esse lixo, se é que dá para se chamar assim.
Respondi, com meus olhos ainda vermelhos.
- Ele já sofreu o suficiente e aprendeu a lição.
Quando olhei para Henry, ele estava desacordado.
- Onde está a Juliana?
Perguntei, percebendo que ela não estava mais aqui.
- Eu pedi para a Eloisa levar ela para a enfermaria.
Disse ele.
- Ok, obrigado.
Respondi, correndo em direção a enfermaria.
Quando cheguei lá, dei de cara com minha irmã.
- Ela está bem?
Perguntei.
- Sim, as enfermeiras deram um remédio para a dor pra ela.
Respondeu Eloisa.
- Ela está muito ferida?
- Não, por incrível que pareça, a cotovelada não a machucou gravemente, e ela só ficou um pouco sem ar por causa do Henry ter apertado o pescoço dela, mas logo dela se recupera.
Explicou minha irmã.
- Vou lá ficar com ela.
Respondi.
- Tudo bem, qualquer coisa me avisa.
Disse minha irmã dando um leve tapa no meu ombro.
Ela saiu logo depois e eu fui até onde Juliana estava sentada.
Droga Dylan, por que você está se preocupando com essa peste?
Ela te odeia e você odeia ela, fim, não tem essa de você se apegar.

Escola De VampirosWhere stories live. Discover now