Capítulo 06

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Finalmente o final de semana chegou, mas estou com receio de levar Pietro para a mansão do meu Clã.
Levantei e fui para o banheiro tomar um banho.
Logo depois, me enxuguei, vesti um conjunto de lingerie preto rendado, e fui até meu guarda-roupa pegar algo para vestir.
Optei por uma calça jeans azul clara, camisete jeans escuro e um salto azul marinho.
Em questão de minutos eu já estava pronta.
- Pietro, levanta.
Falei, colocando minha mão sobre seu ombro.
- Ok, estou indo.
Disse ele se virando para mim e levantando-se.
Ele se aproximou de mim e me deu um beijo na boca.
Logo depois, foi para o banho e em 15 minutos já estava de volta.
Ele estava vestindo uma camisa marrom, calça jeans azul marinho e sapatenis.
- Então, onde vamos hoje?
Perguntou ele.
- Hoje vamos para a mansão do meu Clã.
Respondi.
- Mansão do seu Clã? Como assim?
- Todo Clã tem sua própria mansão, onde todos os integrantes moram.
- Mas vocês não são centenas de vampiros?
- Sim, por isso são enormes mansões com mais de 100 quartos.
- Nossa! Mais de 100 quartos? Vocês são trilionários ou o quê?
- Podemos ser o que quisermos, podemos roubar bancos sem ninguém ao menos suspeitar que fomos nós.
Respondi com um sorriso de canto.
Logo depois, nos dirigimos para o estacionamento da escola, onde caminhei até meu carro: um Golf GTI preto.
Entrei no mesmo e esperei por Pietro, que entrou instantes depois.
- Você não vai esperar seus irmãos?
Perguntou ele.
- Eles me encontram lá na entrada da mansão.
- Tudo bem então.
Comecei a dirigir em direção a minha casa, onde teria que ficar de olho em Pietro muito mais do que o normal.
- Se cada mansão tem mais de 100 quartos, é tipo um castelo certo?
Disse Pietro pensativo.
- Sim, é tipo um castelo, mas sem aquelas enormes torres e tudo mais.
Expliquei a ele.
Estacionei o carro na entrada da mansão, onde meus irmãos já estavam nos esperando.
Entramos na casa em seguida, quando me surpreendo com Pietro segurando minha mão.
- Vejo que nos trouxe comida, querida Eloisa.
Disse Kristoff, um vampiro do meu Clã que não suportava a ideia de Nicolas ver a mim e meus irmãos como filhos, pois ele queria estar em nosso lugar.
- Não é comida pra ninguém daqui, é meu humano.
- Creio que Nicolas não gostará disso.
- Com meu pai, falarei depois.
- Ele não é seu pai biológico, então não devia chama-lo assim.
Disse Kristoff me incomodando.
- Chame-o aqui e veremos se eu posso ou não chamá-lo como eu quiser.
Kristoff ficou em silêncio, e eu caminhei em direção ao escritório de Nicolas.
Quando cheguei, bati na porta delicadamente e ouvi Nicolas abri-la.
- Olha quem veio me ver!
Disse ele me dando um longo abraço.
- Olá papai.
Respondi sorrindo.
- Quem é este?
Disse ele olhando para Pietro.
- É o alimentador que foi indicado para mim na escola.
- Ah sim, deixe-o longe dos outros, já que ele é somente seu, e avise seus irmãos para proteger os alimentadores deles também.
- Tudo bem papai.
Respondi.
- Prazer em conhecê-lo humano.
- Meu nome é Pietro, senhor.
- Que seja.
Retrucou Nicolas.
Logo depois saímos de seu escritório e retornamos para a sala.
Avisei Dylan e Violet para manter Bruno e Juliana seguros, pois haviam muitos vampiros idiotas em nosso Clã.

~

- Que bela humana.
Disse Kristoff olhando para Juliana.
- É bela, mas é minha humana, então tira as patinhas dela.
Respondi dando um sorriso irônico para Kristoff.
Juliana estava quieta, por incrível que pareça.
Segurei-a pelo braço, com cuidado dessa vez, para não machucá-la e para ela não abrir o bico e fazer escândalo.
Entramos no meu quarto e eu tranquei a porta.
- Olha Juliana, sei que você me odeia, mas fica perto de mim pelo menos nesse final de semana, pois aqui, não é brincadeira, se bobear você morre, porque eu não vou arranjar briga com o meu Clã por causa de você.
- Que seja.
Ela disse simplesmente.
- Ótimo, pois querendo ou não, você só vai estar segura do meu lado, então colabora.
- Ok, eu colaboro, mas fique você sabendo, que não me sinto nem um pouco segura ao seu lado.
Disse ela friamente.
Ouvir isso foi pior que levar uma facada no peito, caramba, eu não posso acreditar que estou tendo sentimentos fortes por ela.
Isso não pode ser amor, não mesmo...
- Ah é? E se sente segura perto de quem? Do papai e da mamãe?
Falei com ironia.
- Não, eu não me sinto segura nem ao seu lado, ou ao lado dos meus pais, eu não confio em ninguém, exceto na minha prima.
Respondeu ela com certa tristeza em sua voz.
Um silêncio caiu sobre nós, e permaneceu até ela ir ao banheiro tomar um banho.
Então decidi sair do quarto, eu não aguentava mais ficar ali.

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