Capítulo 16

126 12 0
                                    

Acordei com meu celular despertando, me levantei da cama e me dirigi ao banheiro, onde fiz minha higiene matinal e comecei a me arrumar para mais um dia de aula nessa escola maldita.
Particularmente, eu não vejo a hora de me formar e provar para Nicolas que eu sei muito bem controlar meu ódio e minhas habilidades, mas infelizmente, apesar da eternidade que tenho pela frente, o tempo parece não passar.
Caminhei em direção ao meu guarda-roupa, onde procurei algo para vestir.
Acabei optando por um vestido branco, rendado, com detalhes de tule preto nas mangas, busto, cintura e barra da saia. O vestido era bem delicado, até me fez parecer meiga, coisa que, creio eu, não sou nenhum pouco.
Calcei uma sandália de salto alto preta, coloquei uma pulseira de ouro, que há muitos anos atrás, ganhei de presente de aniversário do Nicolas, que me via como uma filha.
Depois de me vestir, voltei ao banheiro, onde passei lápis de olho, para destacar meus olhos azuis e penteei meu cabelo, deixando-o solto em seguida.
- Pietro, hora de acordar.
Falei, enquanto arrumava minha bolsa.
- Já?
Perguntou Pietro ainda sonolento.
- Sim, meu lindo, já é hora de você acordar.
- Ok, já estou indo.
Respondeu ele, enquanto se levantava da cama.
Cerca de 20 minutos depois, já estávamos saindo do quarto e caminhando em direção a sala de aula.
No meio do caminho, encontramos meus irmãos, Juliana e Bruno.
- Oi pra vocês.
Falei com um sorriso de canto.
Todos responderam enquanto entrávamos na sala e sentávamos em nossos lugares como de costume.
Não demorou muito, e a professora de geografia entrou na sala de aula.
- Bom dia alunos.
Disse ela, nos olhando enquanto sentava em sua mesa.
Todos presentes na sala apenas acenaram com a cabeça, então, ela começou sua aula, explicando um assunto novo, do qual, por acaso, também não me interesso, afinal, já estudei a mesma coisa muitas vezes.
A aula passou como um borrão, e quando percebi, a professora já havia saído da sala, dando espaço para o professor de educação física, teríamos duas aulas com ele hoje.
Seguimos para o ginásio de esportes, onde o professor disse para formarmos equipes para jogar handebol.
Me dirigi ao vestuário junto com as outras meninas, onde coloquei uma blusa e um shorts para jogar.
As equipes foram as mesmas de sempre, principalmente com a alta rivalidade que está surgindo por causa desse ataque de Henry.
O jogo começou com o meu time contra o time dos vampiros plebeus, liderado por Carlos. 
Comecei passando a bola para Pietro, que passou para Bruno, que retornou para mim, que arremessei contra o goleiro do time adversário, que por acaso, não conseguiu pegar a bola, o primeiro gol era nosso.
O jogo foi seguindo, Carlos e seu time estavam pegando pesado com nossos humanos, cometendo faltas e dando empurrões.
O objetivo deles era nos provocar, e adivinha? Eles estavam conseguindo...
Estou cansada dessas provocações, mais uma, e eu não respondo por mim.
Pietro passou a bola para mim, quando Carlos, impediu-o dando-lhe um empurrão tão forte, que Pietro acabou caindo no chão.
- Hey cara!
Disse Pietro, raiva em seus olhos.
- O que foi humano? Não aguentou o tranco?
Perguntou Carlos com ironia.
Nesse instante, Pietro se levantou, ele iria enfrentar Carlos, merda.
Corri imediatamente em direção a eles.
- Olha que engraçado, o humano acha que tem chances contra mim.
Continuou Carlos, rindo alto.
- Cala a boca seu lixo.
Disse Pietro, empurrando Carlos.
Me surpreendi com a força de Pietro, pois Carlos deu alguns passos para trás, e nesse instante, fiquei entre os dois.
- Carlos, se eu fosse você, ficaria bem quietinho na sua, ou vai se arrepender.
Falei olhando friamente para ele.
- Oh, é mesmo? Você acha que tenho medo de você Eloisa?
Disse ele, me provocando ainda mais.
- Você deveria, porque eu vou quebrar cada osso do seu corpo se você encostar um dedo no meu humano.
- Pode vir, pois duvido que você conseguirá alguma coisa.
Nesse instante, a raiva fluiu totalmente por meu corpo, cerrei meus punhos, e quando me prontifiquei para dar um murro na cara de Carlos, fui impedida por Lucas.
- Não faça isso, maninha.
Disse Lucas, segurando meu pulso.
- Ele está merecendo uma lição.
Respondi, meus olhos ficando da cor vermelho sangue, afinal, eu estava pronta para atacar e fazer com que Carlos se arrependa das provocações que anda fazendo.
- Carlos, já chega!
Disse o professor.
- Ela que provocou...
Retrucou Carlos, com um sorriso irônico.
- Não sou idiota, eu vi muito bem você empurrando o humano, e você sabe muito bem das regras: o humano é dela, então, somente ela pode brincar com ele, não você.
Respondeu o professor revirando os olhos.
Ele estava totalmente certo, os humanos são brinquedos nessa escola, mas quando são alimentadores particulares de determinado vampiro, somente este vampiro pode fazer o que quiser com o humano, pois ele é o "dono".
Depois dessa confusão, continuamos a partida, e meu time acabou vencendo.
Sentamos na arquibancada e começamos a assistir à partida dos outro, afinal, havia mais quatro times para jogar, pois foram formados 6 times de cinco pessoas cada.
- Juro que pelo menos uma porrada na cara daquele inútil, eu queria ter acertado.
Disse Pietro, ainda frustrado com a situação.
- Você sabe que não faria efeito nenhum né?
Respondeu Lucas.
- Sei que não faria muito efeito, mas pelo menos eu teria acertado.
Falou Pietro.
- Calma, ele ainda terá o que merece.
Falei, enquanto segurava a mão de Pietro.
- Claro que terá, basta apenas organizarmos um plano.
Disse Violet, sentando-se ao nosso lado.
- Iremos armar um plano, mas antes, necessitamos falar com Stefan e Nicolas, eles irão saber o que fazer, muito melhor que nós.
Respondeu Lucas.
- Nesse final de semana, iremos falar com eles.
Falei ainda pensativa, pois sei, que assim que contarmos as armações de Michael, Nicolas tomará providências.
- Sim, iremos mesmo, esses plebeus estão passando do limite.
Retrucou Violet.
Ficamos conversando por um bom tempo, até os outros times terminarem de jogar.
Enfrentamos uns aos outros, mas o time vencedor da partida foi do meu irmão Kaleb.
A aula terminou, então, seguimos para o refeitório, já que era hora do intervalo.
Ficamos na fila para pegar comida, e logo depois, procuramos uma mesa para sentar.
- Gente, decidimos que é melhor falarmos com Stefan e Nicolas nesse final de semana.
Disse Violet.
- Ótimo, precisamos tomar providências logo, antes que ocorra um segundo ataque.
Respondeu Dylan.
- Concordo totalmente, não quero correr o risco de ser quase cortado ao meio de novo.
Falou Gabriel.
- Isso não vai acontecer novamente, mato o maldito antes de encostarem em você.
Retrucou Mariana.
- Ninguém vai permitir que isso aconteça.
Respondeu Kaleb.
- Então está decidido, quando o final de semana chegar, eu mesma falarei com Nicolas.
Falei pensativa.
- Irei junto com você irmãzinha.
Disse Dylan.
- Ok, vamos precisar provar isso.
Respondi.
- Vou junto também então, pois Nicolas pode ler a mente, e como fui eu quem os espionou, ele terá acesso a tudo o que eu vi e ouvi.
Falou Kaleb.
- Ótima ideia, assim teremos uma boa carta na manga.
Respondeu Lucas.
- Então, está decidido.
Concluiu Violet.
O sinal tocou, anunciando o final do intervalo. Voltamos para a sala de aula, e nos sentamos em nossos lugares como de costume.
O professor de história entrou na sala de aula logo em seguida, e começou a fazer a chamada. Teríamos duas aulas seguidas com ele, para nossa decepção.
Ele começou a escrever noquadro um assunto novo, e logo depois a passar algumas atividades paraterminarmos nessas duas aulas, e mostrar a ele, valendo nota de participação.
Essas duas aulas passaram como um borrão, e quando percebi, o sinal anunciando o fim das aulas na parte da manhã havia tocado.
Saímos da sala de aula, eseguimos em direção a nossa choupana, onde sempre ficávamos para conversar ou passar o tempo. 

Escola De VampirosWhere stories live. Discover now