Escola De Vampiros

Capítulo 11

Acordei com o toque de despertar.
Me levantei da cama, e fui em direção ao banheiro, onde fiz minha higiene matinal como de costume.
Logo depois, saí do banheiro e fui até meu guarda-roupa, onde procurei algo para vestir.
Coloquei um corpete branco, um shorts jeans claro, com detalhes de renda na bainha dos bolsos na parte da frente, peguei uma sapatilha dourada e a calcei.
Caminhei até Pietro e o acordei, colocando minha mão sobre seu ombro.
- Pietro, acorde.
Falei calmamente.
- Já estou indo.
Disse ele, abrindo seus lindos olhos azuis e olhando para mim.
Ele se levantou e foi para o banheiro, e cerca de 15 minutos, ele estava de volta.
Ele trocou suas roupas na minha frente, desviei o olhar para não fazer nenhuma besteira, pelo menos, não agora.
Saímos do quarto com nossas mochilas em mãos.
No meio do caminho, nos encontramos com meus irmãos.
- Então, tudo combinado?
Perguntou Dylan para Kaleb.
- Tudo o quê?
Perguntou Anna.
- Eu irei espionar os inimigos novamente, já que sobrou para mim.
Respondeu Kaleb.
Depois de conversarmos mais um pouco sobre isso, entramos na sala em silêncio.
As primeiras aulas da parte da manhã passaram como um borrão, nem ao menos me lembro do que eram.
Caminhamos até nosso lugares de sempre, e Kaleb se separou de nós, para investigar mais sobre os planos de Henry.

***

Me separei de meus irmãos, e botei meu poder psíquico para funcionar, fiquei invisível e fui ao encontro do grupo de Henry, preciso saber quando eles irão nos atacar e o que pretendem fazer depois.
Caminhei por alguns instantes, que para mim, pareciam uma eternidade, quando avistei Henry e seus amigos conversando discretamente no fundo dos corredores do dormitório.
- Quando iremos botar o plano para funcionar?
Perguntou Iago.
- Logo meus amigos, logo.
Disse Henry.
- Mas logo, quando, exatamente?
Perguntou Carlos, um vampiro plebeu, que pelo que percebo, deve ser o líder deles.
- Se acalme Carlos, precisamos planejar tudo de forma correta.
Disse Carol.
- Iremos atacá-los de surpresa, para eles não terem a mínima chance de defesa.
Continuou Henry.
- E quando será esse ataque?
Perguntou Weslley.
Nesse mesmo instante, o sinal para o fim do intervalo tocou.
Maldição! Como irei saber o dia agora.
Saí dali imediatamente, para passar essa informação o mais rápido possível.
Encontrei meus irmãos saindo da choupana.
Fiquei visível no mesmo instante e falei tudo o que ouvi.
- Droga, como iremos saber o dia agora?
Disse Mariana, frustrada.
- Está cada vez mais certo que a previsão do Gabriel vai realmente acontecer.
Falou Violet tristemente.
- Sempre acontece.
Disse Gabriel com indiferença.
- Como assim?
Perguntou Juliana.
- Minhas previsões nunca dão errado, o que eu prevejo, acontece, não importa o que as pessoas tentem fazer para mudar, não muda.
Explicou Gabriel.
- E como você se sente com isso?
- No início é complicado, mas depois me acostumei.
Sentamos em nossos lugares, e a conversa parou por ali mesmo.
As últimas aulas da parte da manhã eram de educação física.
Nos dirigimos para o ginásio, onde o professor disse para mim, Henry, Roberta, Carlos e Mariana escolhermos os times de vôlei, já que era 6 para cada lado, então deu 5 times.
No meu time ficaram Anna, Gabriel, Lucas e Thaís.
Henry ficou com Carol, Dayara, Weslley e Iago.
No time de Roberta, ficaram Yara, Juliana, Dylan e Alisson.
Mariana ficou com Eloisa, Pietro, Violet e Bruno.
E finalmente, Carlos formou equipe com seus amigos plebeus.
O jogo começou entre meu time e o time de Mariana.
Isso iria ser interessante.
Sorri comigo mesmo por esse pensamento.
Meu time começou a partida comigo sacando a bola em direção a Bruno, vamos ver se esse humano além de inteligente, é rápido.
Por incrível que pareça, ele conseguiu pegar a bola, mas não muito bem, o que sobrou para Mariana recuperar a bola e tocar para Eloisa, que cortou na direção de Anna, mas foi impedida pelo bloqueio de Gabriel.
Um ponto para nós, e zero para eles, que delícia.
Ri baixo para mim mesmo e voltei a sacar.
Dessa vez, Eloisa pegou a bola e tocou para Mariana, que cortou no mesmo instante, sem dar chance alguma para Thaís pegar a bola.
Segundo ponto era deles, droga.
A partida continuou por um bom tempo, até que finalmente, Gabriel fez nosso último ponto, dando fim a partida.
Nosso time ganhou, agora iríamos enfrentar o time de Roberta.
Depois de uma longa partida, meu time ganhou novamente.
Jogamos contra os outros dois times, e vencemos também.
Assim que as duas aulas de educação física terminaram, voltamos para a sala, onde arrumamos nossas coisas e saímos.
As aulas do período da manhã haviam acabado.
Seguimos para a nossa choupana, onde voltamos a falar sobre o assunto principal desses últimos dias, os planos de Henry.
- Precisamos descobrir quando ele irá atacar!
Disse Anna frustrada.
- Sim minha linda, eu sei que precisamos descobrir, mas Henry já deve ter falado o dia no momento que o sinal tocou.
Respondi, abraçando minha Anna.
- Claro que ele já falou, infelizmente.
Disse Violet, preocupação em sua voz.
- Precisamos ter paciência, e esperar o ataque.
Disse Gabriel.
- Paciência? Tem certeza que você está pedindo isso?
Respondeu Thaís.
- E vamos fazer o quê? Se desesperar? Brincar de adivinha?
Perguntou Gabriel com ironia.
- Gabriel tem razão, temos que ter paciência, e estarmos preparados.
Disse Eloisa.
- Temos que avisar minha prima, para ela ficar atenta também.
Disse Juliana timidamente.
- Já fiz isso, logo elas aparecem por aqui.
Disse Anna.
E em instantes, Roberta e Yara estavam vindo na direção de nossa choupana.
Elas nos cumprimentaram e logo voltamos a falar sobre o assunto.
- Então, quer dizer que Henry está armando contra nossos Clãs?
Perguntou Yara, indignação em seu olhar.
- Sim, ele está armando contra nós.
Respondeu Dylan.
- Vocês já avisaram Stefan e Nicolas?
Perguntou Roberta.
- Não, pois não sabemos o tamanho dessa reviravolta.
Respondeu Eloisa.
- Mas o que ele quer com isso?
Perguntou Yara.
- Ele quer que o Clã dele, seja o Clã supremo, o mais forte, por isso se juntou com os plebeus para nos atacar, acabar de uma vez por todas com nossos Clãs, em especial, os Águias Negras.
Expliquei para as duas.
- Como iremos nos preparar?
Perguntou Violet.
- Podemos arranjar um lugar para treinarmos aqui.
Respondeu Lucas.
- Não, aqui eles iriam desconfiar.
Falou Pietro pensativo.
- Sim, Pietro tem razão.
Concordou Bruno, seu irmão.
- Único jeito é treinarmos em nossas mansões nos finais de semana.
Falou Dylan.
- Sim, é o jeito, mas ai eu te pergunto, e se eles nos atacarem antes disso?
Perguntou Lucas.
- Se eles atacarem antes disso, fodeu tudo.
Respondeu Gabriel, antes que Dylan pudesse falar algo.
- Concordo totalmente.
Respondi.
Depois de conversarmos por horas sobre isso, as aulas do período da noite iriam começar.
Saímos da choupana e caminhamos até a sala de luta, onde iriamos aprender novamente algumas técnicas.

***

Depois de treinarmos um bom tempo, o professor nos dispensou das aulas do período da noite.
Me despedi dos meus irmãos e segui com Juliana para o quarto.
- Você acha mesmo que eles vão atacar?
Perguntou ela, me surpreendendo.
- Com certeza.
Respondi, ainda atordoado com isso.
- Mas eles irão atacar só vocês, ou à mim, ao Pietro e o Bruno?
- Eu não vou deixar ninguém te machucar Juliana, e nem minhas irmãs permitirão que alguém machuque seus amigos.
Respondi, me controlando para não pegar na mão dela.
- Obrigada.
Disse ela, quase num sussurro.
Não me contive e acabei sorrindo.
- Não precisa agradecer, é o mínimo que posso fazer.
Respondi, ainda sorrindo.
Logo depois entramos no quarto, e Juliana foi para o banho.
Cerca de 15 minutos depois, ela estava de volta, vestindo um pijama de seda branco, curto até metade das coxas, mordi meu lábio discretamente, caramba, como desejo essa garota!
Depois que ela saiu do banheiro, caminhei em direção ao mesmo e tomei um banho de água fria.
Voltei do banho cerca de 10 minutos depois, vestindo apenas uma calça de moletom preta.
Olhei para Juliana e ela já estava dormindo na cama tranquilamente, me aproximei dela e beijei sua testa levemente.
Me deitei ao seu lado e adormeci em seguida.