Capítulo 08

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Acordei com o toque de despertar, me levantei da cama e fui em direção ao banheiro, onde fiz minha higiene matinal como de costume.
Saí do banheiro, e fui até o guarda-roupa, onde peguei qualquer coisa e vesti.
- Pietro, levanta.
Falei, colocando minha mão sobre seu braço.
Ele abriu seus olhos e se levantou da cama.
- Bom dia.
Disse ele dando um leve sorriso.
- Bom dia.
Respondi, retribuindo o sorriso.
E em cerca de 15 minutos, ele já estava pronto.
Pegamos nossas mochilas e seguimos para a sala de aula, onde encontramos meus irmãos e amigos.
Sentamos em nossos lugares, e a aula iniciou-se.
A professora de matemática começou a passar algumas atividades, pois na próxima aula com ela teremos prova desse conteúdo.
Terminei as atividades rapidamente e entreguei meu caderno a ela.
Seguida de Kaleb e Gabriel, que apesar de odiarem estudar sobre isso, ainda assim, são inteligentes.
Um tempo depois, o restante da sala entregou os cadernos e a professora se retirou da sala, afinal, sua aula havia acabado.
O professor de história chegou na sala, que droga, teremos mais uma aula entediante, digna de tirar um bom cochilo.
Ele começou a explicar o conteúdo que ele havia passado na aula anterior, e eu simplesmente não prestei atenção.
Peguei meu fone de ouvido, e comecei a mexer no meu celular, escolhendo alguma música para ouvir.
Coloquei a música Take me Under - Three Days Grace para tocar.
Essa música, é sem dúvidas, uma das minhas favoritas.
Após eu ter ouvido algumas músicas, percebi que o professor de história estava se retirando da sala, dando espaço para o professor de física.
A aula de Física passou como um borrão, nem ao menos prestei atenção no que estava sendo dito, afinal, já estudei esses conteúdos de escola centenas de vezes.
Depois da aula de Física, finalmente o sinal para o intervalo tocou, e todos os alunos se retiraram da sala de aula.
Caminhamos em direção ao refeitório, onde pegamos nossos lanches e sentamos em uma mesa qualquer.
- Caramba, não aguentava mais a aula de história.
Falei entediada.
- Concordo totalmente com você.
Disse Juliana.
Era a primeira vez que ela abria a boca para falar conosco, todos ficaram surpresos com a atitude dela, até mesmo Dylan.
- A aula de história estava um tédio, mas a de física estava muito pior, francamente.
Disse Mariana.
- Isso é verdade.
Falou Thaís.
- Eu nem prestei atenção na aula de física, estava filosofando sobre a vida.
Disse Gabriel, fazendo uma careta.
Todos nós começamos a rir dele.
- Desde quando você virou filósofo?
Perguntou Lucas, fazendo outra careta.
- Desde hoje.
Disse Gabriel rindo.
- E o que te levou a chegar nessa conclusão?
- A aula de física estava uma droga, então veio a inspiração para filosofar.
- Para de ser retardado Gabriel.
Disse Violet dando uma cotovelada nele e rindo em seguida.
- Ai!
Disse Gabriel.
Todos nós continuamos rindo da situação.
Infelizmente, o sinal tocou, anunciando o fim do intervalo.
Nos levantamos e nos dirigimos para a sala de aula novamente.
Agora teríamos duas aulas de geografia.
A professora passou um conteúdo novo no quadro, que simplesmente não me interessava, mas me obriguei a copiar.
Isso levou uma aula inteira pra copiar, essa professora não cansa?
Quando ela terminou de passar o conteúdo, ela começou a explicá-lo, o que acabou com a segunda aula dela, e finalmente estávamos livres, pois o sinal tocou, anunciando o final das aulas do período da manhã.
Saímos da sala, e nos dirigimos para a choupana de sempre, onde nos ajeitamos e ficamos conversando.
Dessa vez, Juliana não estava conosco, e aposto que Dylan estava furioso.

~

Novamente, Juliana saiu sem me avisar.
Que droga, eu tento ser legal, mas do mesmo jeito ela não colabora.
Comecei a andar pelo colégio à sua procura.
Fiquei um longo tempo andando, quando finalmente a vi, conversando com Roberta.
- Ele vai ficar uma fera com você Juh, deveria avisá-lo quando você sai.
Disse Roberta.
- Não devo satisfações a ele.
Respondeu Juliana.
- Você querendo ou não, deve sim satisfações.
- Foda-se, vamos mudar de assunto ok?
Disse Juliana.
- Ok, ok irritadinha.
Respondeu Roberta, fazendo uma careta.
Me aproximei das duas, e elas perceberam de imediato.
- Oi Dylan.
Disse Roberta com um sorriso de canto.
- Olá Roberta.
Respondi simplesmente.
- Por que você não avisou onde ia?
Perguntei olhando para Juliana.
- Porque eu não estava afim de avisar.
Disse ela revirando os olhos.
- Que se dane, vamos logo.
Respondi, tentando me controlar para não xingá-la na frente de Roberta.
- Ah! Como você é insuportável!
Disse Juliana.
- Igualmente!
Respondi.
- Bom, vou indo.
Falou Roberta.
- Tchau Roberta.
Disse Juliana.
- Até mais Roberta.
Respondi.
Roberta se afastou de nós, então, guiei Juliana até a choupana, onde meus irmãos ainda estavam conversando entre si.
- Pra que vir para cá, por que não me deixa em outro lugar qualquer dessa escola?
Perguntou Juliana entediada.
- Você vai para onde eu ir, então, se eu ir para a choupana, você vem junto.
Respondi, tentando parecer o mais calmo possível.
Ela ficou em silêncio, perdida em seus pensamentos.
- Olha Juliana, se você acha que meus irmãos te odeiam, você está enganada...
- Desde quando eu me importo com o que você e seus irmãos sentem em relação a mim?
- Seu olhar não diz isso.
- Me poupe.
Disse ela simplesmente.
Chegamos na choupana, e nos sentamos ao lado de Eloisa e Pietro.
Pois, querendo ou não, Juliana se sente melhor ao lado de Pietro, me pergunto se eles são apenas amigos, ou existe algo entre os dois...
Afastei esse pensamento da minha mente, pois não suporto essa ideia.
Os dois ficaram conversando entre si por um longo tempo, enquanto Eloisa conversava comigo.
- Será que existe algo entre os dois?
Sussurrei, apenas para Eloisa ouvir.
- Não sei, pelo que Pietro me falou, os dois são amigos há muito tempo...
Disse ela pensativa.
- Falando nisso, está sendo mais simpático com ela?
Continuou minha irmã.
- Tentando, mas não sei se vai funcionar mesmo.
Respondi, olhando para longe.
O sinal nos surpreendeu, anunciando o início das aulas do período da noite.
Meus irmãos e eu nos dirigimos para a sala, onde treinaríamos algumas habilidades.
Juliana me acompanhou em silêncio até a sala.
Chegando lá, todos se acomodaram em seus lugares e o professor entrou na sala.
- Hoje, irei ensinar mais algumas técnicas para vocês.
Começou o professor.
Logo depois, ele iniciou sua aula, ensinando algumas técnicas de luta, e mandando a sala tentar fazê-los.
A aula passou rápido, então saímos da sala e caminhamos em direção aos dormitórios.
Me despedi dos meus irmãos e segui para o quarto junto com Juliana.
Entramos no quarto, e ela foi direto para o banho.
Saí do quarto e caminhei até o pátio da escola, seguindo para o portão de saída.
Estava faminto, e eu... não queria machucá-la novamente...
Afastei meus pensamentos e foquei na minha vítima: um dos porteiros do colégio.
Me aproximei dele em silêncio e o coagi para não gritar, afinal, ninguém podia descobrir que estou me alimentando de outros, sendo que tenho minha própria escrava de sangue.
Me alimentei dele, e o larguei ali mesmo, ainda vivo.
Voltei ao quarto, quando me deparei com Juliana saindo do banheiro.
- Está tudo bem?
Pergunta ela confusa.
- Sim, por que não estaria?
Quem diria, você Dylan, nervoso ao conversar com uma garota, fala sério...
- Sua boca, está... sangrando...
- O quê?
Perguntei levando a mão a boca imediatamente, e realmente, minha boca estava suja de sangue.
- Você se feriu?
Perguntou ela se aproximando de mim.
- Não, eu só...
- Você só...?
- Me alimentei.
Respondi, saindo de perto dela.
- De quem?
Perguntou ela confusa.
- De alguém que estava no lugar errado, na hora errada...
- Isso é permitido? Tipo se eu sou sua "alimentadora", você se alimentar de alguém que não seja eu?
- Não é permitido, mas eu fiz...
- Por quê?

***

- Porque eu não queria te machucar...
Disse Dylan de cabeça baixa.
- Como assim? Desde quando você se preocupa assim comigo?
Perguntei surpresa com o que eu acabava de ouvir.
Dylan Leboursier se preocupando comigo? Quebrando as regras, por simplesmente não querer me machucar? O que estava passando pela mente dele?
- Desde... Desde... Deixa pra lá.
Disse ele, aparentemente nervoso.
- Agora eu quero saber... Começou, termina.
Falei curiosa e confusa ao mesmo tempo.
- Sério, eu não quero falar sobre isso.
Disse ele com o pensamento longe.
- Mas eu quero...
- Juliana...
Disse ele, confusão em seu olhar.
- Desde quando você se preocupa comigo Dylan?
Perguntei mais uma vez.
- Desde... que o Henry te machucou... Eu não suportei ver ele fazendo aquilo...
Respondeu ele, nervoso e confuso.
O que raios aconteceu com ele? De repente, ele ficou mais amigável e preocupado comigo? Ele bateu a cabeça?
- E por que não suportou?
- Juliana, sem mais perguntas por hoje, ok?
- Mas...
- Boa noite Juliana.
Disse ele se deitando na cama, perdido em seus pensamentos.
Grosso! Pensei comigo mesma, e me deitei na cama, dormindo em seguida.


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