Capítulo 17

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Finalmente o final de semana chegou, Eloisa iria falar com Nicolas para tomar providências em relação a Michael, que estava conspirando contra nós.
Me levantei da cama, fui ao banheiro, e logo depois voltei ao quarto, onde vesti uma camisa preta, calça jeans e all star, e arrumei minha mochila, para passar o final de semana na minha casa, junto com todos do meu Clã.
Passou-se um tempo, e Juliana também terminou de arrumar-se, então, seguimos para o estacionamento.
Chegando lá, encontramos meus irmãos, Bruno e Pietro, todos se organizando para entrarem em seus carros.
Fiz o mesmo com Juliana, entramos em meu carro, e logo em seguida, dirigi em direção à mansão do meu Clã.

***

Estacionei o carro, e saí do mesmo, seguida de Pietro.
Hoje, finalmente irei falar com Nicolas sobre o que vem acontecendo, e sobre os planos de Michael.

- Pietro, vá para o meu quarto e fique lá, para garantir que ninguém do Clã possa te incomodar.
Falei, enquanto entrava na mansão.
- Mas e você, Eloisa?
Perguntou ele.
- Preciso encontrar Kaleb, para irmos falar diretamente com Nicolas.
Respondi com um sorriso de canto, enquanto acompanhava Pietro até meu quarto, e o deixei lá.
- Vamos?
Ouvi uma voz vindo do corredor, finalmente, era Kaleb.
- Sim, vamos.
Respondi, enquanto caminhávamos em direção a sala de Nicolas.
Chegando lá, bati na porta levemente, e Nicolas abriu,  nos mandando entrar.
- Olá meus filhos.
Disse ele, abrindo um sorriso.
- Olá pai.
Meu irmão e eu respondemos ao mesmo tempo.
- Pai... Precisamos conversar.
Continuei.
- Sim, Eloisa, o que quer?
Perguntou ele.
- Algumas semanas atrás, Henry e os vampiros plebeus armaram contra nós, nos atacando com armas banhadas em verbena...
Continuei, tentando manter a calma.
- O quê? Do que está falando minha filha?
Retrucou ele, surpreso.
- Estou falando a verdade, no início, pensamos que era só com o Henry, pelo fato dele nos odiar, mas depois... Percebemos que é algo maior que isso.
- Como assim?
- Pai, não é somente Henry que quer acabar conosco, é um plano bem maior que isso. Michael está envolvido.
Disse Kaleb, me interrompendo e indo direto ao assunto.
- O quê? E como você tem certeza disso?
Perguntou Nicolas, surpreso, e ao mesmo tempo desconfiado.
- Você pode olhar o passado, olhe o meu, e então, terá a prova.
Concluiu Kaleb, dando um passo à frente.
Então, Nicolas colocou a mão sobre o ombro de Kaleb, fechou os olhos, concentrou-se, e viu todo o passado do meu irmão.
Logo depois, Nicolas se afastou, e nos olhou seriamente.
- Por que motivo, não me falaram isso antes, por que esperaram tanto tempo?
Perguntou ele.
- Queríamos tentar descobrir mais coisas, precisávamos de mais tempo, para saber os detalhes dos planos deles.
Respondi, calmamente.
- E descobriram?
Retrucou Nicolas.
- Não descobrimos nada além disso, mas resolvemos falar a verdade para o senhor, pois não podemos mais esconder isso, e tentar bancar os heróis.
Respondeu Kaleb.
- Vocês fizeram o correto. Hoje mesmo irei falar com Stefan, para resolvermos isso. E quando ele vier para cá, irei chamá-los para Stefan também ver o que ocorreu a vocês e aos outros pertencentes ao Clã dele.
Concluiu Nicolas.
- Sim, papai.
Kaleb e eu respondemos.
- Agora, vão descansar, que eu preciso pensar em algum plano.
Ordenou Nicolas.
- Sim, senhor.
Respondemos, e saímos da sala logo depois.

***

- Então, conversaram com o Nicolas?
Perguntei, enquanto via meus irmãos se aproximando da sacada da sala de estar do segundo andar.
- Sim, conversamos.
Respondeu Eloisa.
- E então?
Perguntou Dylan.
- Ele disse que falará com Stefan, para procurarem uma solução.
Respondeu Kaleb.
- Enquanto isso, é melhor aguardarmos.
Concluiu Eloisa.
- Tudo bem, acho que é a melhor opção.
Disse Lucas.
- Espero que resolvam isso logo.
Respondi, enquanto me encostava na parede.
- Temos que ter paciência Gabriel.
Retrucou Eloisa.
- Sim, eu sei disso irmãzinha, mas já estou agoniado com isso.
Falei, com um sorriso de canto.
- Vamos beber alguma coisa? Tudo isso me deixou com sede.
Falou Kaleb com um sorriso malicioso.
- Beber sangue ou um belo vinho?
Perguntou Lucas.
- Os dois se for possível.
Respondeu Kaleb rindo.
Nos dirigimos para a cozinha, onde Lucas abriu uma garrafa de vinho e Kaleb pegou algumas bolsas de sangue, que estavam guardadas no refrigerador e distribuiu entre nós.
Bebemos algumas bolsas de sangue, e claro, algumas taças de vinho.
- Droga, Pietro está até agora no quarto, me esqueci completamente que o deixei lá.
Disse Eloisa, já se levantando da mesa.
- Putz! Deixei a Juliana sozinha no quarto também.
Exclamou Dylan.
Violet não disse nada, e simplesmente saiu em direção ao seu quarto, pois ela também havia se esquecido de seu humano.
Os três saíram em disparada, enquanto, eu, Lucas e Kaleb continuamos bebendo, já que nesse final de semana, nossas garotas não viriam para cá.
Um tempo depois, meus irmãos voltaram com seus humanos, então, o assunto mais falado do momento veio à tona.
- Será que Nicolas já falou com Stefan?
Disparou Violet.
- Não faço a mínima ideia.
Respondeu Kaleb.
- Ele não demorará muito para tomar alguma atitude, afinal, nós, seus filhos adotivos, estamos em perigo, e nosso Clã está quase extinto, ou seja, exige precauções rápidas.
Disse Dylan.
- Concordo com você irmãozinho.
Respondi com um sorriso de canto.
- Mas o Clã de vocês não é o mais poderoso, como pode estar quase extinto?
Perguntou Juliana.
- É justamente por isso, somos mais fortes, temos mais inimigos,  pois todos querem o nosso lugar.
Respondeu Eloisa.
- Todos querem ter a fama do Clã mais poderoso.
Completou Violet.
- É por isso que iremos destruir nossos inimigos.
Disse Nicolas, nos surpreendendo.
- Então, quais medidas serão tomadas pai?
Perguntou Lucas.
- Amanhã mesmo Stefan virá nos encontrar junto com alguns de seus membros mais confiáveis de seu Clã.
Concluiu Nicolas.
- Que ótimo, então, amanhã planejaremos um ataque que acabará com todos os Gaviões e os plebeus.
Disse Violet.
- Exatamente, mas por agora, descansem.
Respondeu Nicolas.

***

Depois de Nicolas ter nos dado a resposta, fiquei um pouco menos tensa, e segui para o quarto com Pietro, depois de ter me despedido de todos.
- O que você acha que vai acontecer agora?
Perguntou Pietro, enquanto se sentava na cama.
- Guerra. É isso que irá acontecer,  pois Nicolas não descansará enquanto não aniquilar todos os seus inimigos.
Respondi pensativa.
- Guerra?
Perguntou Pietro, medo em seu olhar.
- Não se preocupe, não vou deixar ninguém encostar em você, ou em quem você ama.
Falei, colocando minha mão sobre seu joelho.
- Essa é a questão Eloisa, eu amo você, não quero que você se machuque.
Disse ele, segurando minha mão.
- Também amo você, e por isso que não deixarei que nada te aconteça.
Respondi, enquanto acariciava seu rosto com a minha outra mão.
Ele me olhou por alguns instantes,  e se aproximou de mim lentamente, me beijando logo em seguida. Seu beijo era doce e intenso.
Me aproximei ainda mais dele, deixando nossos corpos mais próximos do que antes.
Pietro me puxou pela cintura, e deitou-me na cama, me deixando por cima dele.
Quando me dei conta, já estava tirando minha roupa, e ele fazia o mesmo.
Voltamos a nos beijar, com muito mais intensidade...

***

- O que quer fazer agora?
Perguntei, enquanto acompanhava Juliana até nosso quarto.
- Não faço a mínima idéia.
Disse ela, com um sorriso de canto.
- Você está preocupada?
- Sim, estou.
Disse ela, quase num sussurro.
- Vamos ficar todos bem.
Falei, enquanto colocava meu braço sobre seu ombro.
Juliana sorriu de canto e disse:
- Promete que vai se cuidar?
Quase não acreditei quando a ouvi dizendo isso.
Ela estava preocupada comigo?
- Dylan... promete?
- Sim, eu prometo.
Respondi com um sorriso.
Ela retribuiu o sorriso, e me abraçou fortemente.
Chegamos em nosso quarto, e em seguida, a porta já estava trancada, pois não quero ninguém nos incomodando.
Juliana se dirigiu ao banheiro, e voltou um tempo depois, de banho tomado.
- Agora é minha vez.
Respondi com um sorriso de canto e me dirigi ao banheiro.
Quando terminei meu banho, me enxuguei, vesti minhas roupas e voltei para o quarto.
- Voltou rápido.
Disse Juliana com um leve sorriso.
- Claro, não vou te deixar sozinha por muito tempo.
Respondi sorrindo com malícia, enquanto me aproximava dela.
- O que pensa que está fazendo?
- Nada demais.
Respondi, beijando-a com intensidade, afinal, hoje à noite será longa.
Cada momento que passa, sinto que meu amor por Juliana só aumenta, principalmente pelo fato de que ela também está começando a retribuir, percebi isso quando ela me fez prometer que eu iria me cuidar.
Espero vencer essa batalha que está por vir, e finalmente, poder ficar ao lado dela sem me preocupar com inimigos que possam machucá-la.
Amanhã Nicolas e Stefan irão contar-nos seus planos, e assim, poderemos agir, e destruir nossos inimigos.

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