Capítulo 14

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Me levantei da cama, e percebi que Dylan ainda estava dormindo.
Peguei algumas roupas que estava na minha mochila, e fui até o banheiro trocar de roupa.
Optei por um suéter cinza, calça jeans preta e um all star branco.
Cheguei na sala e ninguém havia acordado ainda, então resolvi fazer o café da manhã.
Quando terminei, Bruno estava entrando na cozinha com Violet.
- Bom dia.
Falei, olhando para os dois.
- Bom dia Juh.
Respondeu Bruno.
- Bom dia.
Disse Violet.
- Não precisava se incomodar em fazer o café Juh.
Disse Bruno.
- Ah, tudo bem, não tem problema.
Respondi, dando um leve sorriso.
Nos sentamos a mesa, e tomamos o café da manhã.

***

Acordei, e percebi que Juliana não estava mais na cama...
Me levantei da mesma devagar, afinal, estava todo quebrado por causa da maldita verbena.
Mas apesar de tudo, pelo menos uma vez na vida, percebi que Juliana estava preocupada comigo e cuidou de mim.
Fui até o banheiro e fiz minha higiene como sempre, e logo depois, caminhei até a sala.
- Dylan, o que você está fazendo de pé?
Retrucou Juliana, saindo da cozinha.
- Não quero ficar trancado no quarto o dia todo, não estou doente.
Respondi com um sorriso de canto.
- Mas está todo machucado, pelo que vejo, você não se curou ainda, então não se esforce!
Disse ela me encarando.
- Obrigado pela preocupação Juh, mas estou bem.
Respondi, ainda sorrindo.
- Nada disso, volta para o quarto e descanse.
- Relaxa Juh, eu já disse que estou bem.
Nesse instante, senti minhas costas voltarem a doer, maldição!
Ela olhou para mim, e deve ter percebido minha careta devido a dor.
- Pelo menos senta no sofá, e não se esforce, ok?
Insistiu ela, enquanto me ajudava a sentar no sofá.

***

Me levantei da cama, ainda tonta pelo que aconteceu na noite passada, meus irmãos e eu fomos atacados por Henry e seu exército de plebeu.
Meu estômago ainda estava doendo muito, devido ao golpe de estaca que Carol me acertou, e a verbena ainda ajudava a piorar a situação.
Tentei me levantar lentamente, mas fui impedida por Pietro.
- Nada disso, você ainda não se curou, não pode se esforçar.
Disse ele preocupado.
- Eu ficarei bem.
Respondi com um sorriso de canto.
- Precisa de alguma coisa?
- Preciso sair desse quarto e preciso de sangue também.
- Eu te ajudo.
Respondeu ele, ajudando-me a sentar na cama em seguida.
Ele estendeu seu pulso para mim, então, mordi-o sem pensar duas vezes.
Bebi uma pequena quantia, até menor do que o normal, primeiramente porque não sei se meu estômago ferido vai aceitar, e segundo, porque preciso que ele fique bem, afinal, quem precisa de cuidados no momento, infelizmente sou eu.
Depois de beber a mínima quantia possível de sangue dele, Pietro me ajudou a chegar na sala de estar onde Violet e Dylan já estavam sentados.
Fico aliviada que eles estejam vivos e melhores do que ontem, mas minha preocupação mesmo era Gabriel, ele estava muito mais ferido que eu, ou Violet e Dylan.
- Eloisa, você está melhor?
Perguntou Violet.
- Na medida do possível, sim, estou bem.
Respondi com um leve sorriso.
Depois de um tempo, Lucas, Kaleb e Gabriel também apareceram na sala.
- Na boa, quero arrancar as tripas do Henry e dar para os ratos do esgoto!
Disse Mariana frustrada.
- Até que não seria uma má ideia.
Respondeu Thaís.
- É o que ele merece, mas por que você está assim tão furiosa?
Perguntou Anna.
- Olha o que ele fez com o meu homem? Está todo fodido e.... isso me preocupa.
- Mari, vou ficar bem...
Disse meu irmão Gabriel com um sorriso fraco nos lábios.
Ele realmente estava fraco, pois ao contrário de mim, Violet e Dylan, ele não tem nenhum alimentador.
- Precisamos ir atrás de bolsas de sangue hoje à noite.
Disse Lucas.
- Concordo totalmente.
Falou Mariana.
Continuamos conversando, tanto sobre o ocorrido como outros diversos assuntos, até que o início da noite chegou.
Lucas, Kaleb, Anna, Thaís e Mariana saíram para roubar bolsas de sangue ou humanos, e trazerem para cá, antes que dê nossa hora de voltar para a escola.
Me levantei do sofá lentamente, me despedi dos que permaneceram na sala e olhei para Pietro.
- Vou deitar um pouco, até que eles voltem.
Falei, enquanto ainda olhava para Pietro.
- Claro, e eu vou com você.
Disse ele, enquanto despedia-se dos que estavam na sala.
Seguimos para o quarto dele, onde me deitei na cama imediatamente, beber pouco sangue, e ainda estar ferida, não é nada fácil.
Pietro deitou-se ao meu lado e ficou acariciando meu cabelo, enquanto eu dormia.

***

- Você deveria seguir o exemplo da sua irmã.
Disse Juliana, olhando para mim.
- Dessa vez, tenho que concordar com você.
Respondi, me levantando devagar.
Juliana me ajudou a chegar até o quarto, outra coisa que me surpreendeu.
Me deitei na cama, e tudo começou a girar, maldição, não me alimento desde ontem e agora ferido, piora tudo.
- Dylan, você está bem?
Perguntou Juliana, colocando sua mão sobre a minha mão.
- Só estou um pouco tonto, nada demais.
Respondi com um sorriso de canto.
- Você não se alimenta desde quando?
- Desde de ontem...
Juliana ficou pensativa e em silêncio por alguns instantes, e em seguida, fui surpreendido mais uma vez...
Ela estendeu seu pulso em minha direção e disse:
- Você precisa se alimentar, então... bebe.
- Não Juh, não quero te machucar novamente.
Respondi de imediato.
- Você precisa se curar, sem sangue isso não vai acontecer...
- Não, não posso fazer isso.
- Dylan, não pode, mas precisa, então...
Ela aproximou seu pulso mais perto do meu rosto.
Me aproximei lentamente, e a mordi o mais devagar que consegui, eu não queria machucá-la mais uma vez... Eu não podia machucá-la mais uma vez....
Bebi o mínimo possível para não afetá-la e mordi meu próprio pulso para dar meu sangue a ela, assim iria se curar mais rápido.
- Não precisa Dylan, estou bem.
Disse ela, se recusando a beber meu sangue e dando um leve sorriso.
- Eu faço questão, bebe...
Respondi.
- Tudo bem Dylan, não precisa.
Insistiu ela, acariciando meu rosto e me olhando nos olhos.
Fiquei encarando-a por alguns instantes, até que não consegui me conter mais, e me aproximei dela, deixando nossos rostos bem próximos um do outro, e para meu espanto, ela não recuou.
Quando me dei conta, nossos lábios estavam se tocando, num beijo lento e intenso, puxei-a para mais perto de mim, e ela colocou uma de suas mãos em minha nuca, não parando o beijo em nenhum momento...

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