Amigos novamente?!

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Era uma mão quentinha. Que susto! Por um momento pensei que fosse Fred. Era uma das gêmeas que estava com Yoko no dia que ela derrubou meu prato.

- Oi. Eu queria pedir desculpas por aquele dia. -ela disse me surpreendendo.

- Tá. Como é o seu nome? - perguntei tentando ser amigável

- Bianca e o da minha irmã é  Beatriz. O seu é Clara, né?

- Sim. Mas e a sua irmã, ela não vai, hmm... me pedir desculpas também?!

- Ela não costuma pedir, é do bondinho da Yoko. Eu já sou mais boazinha.

Ficamos o recreio todo conversando e depois voltamos para a sala.
Quando a aula acabou minha babá veio me buscar, toda vez que eu a olhava me lembrava daquela cena durante a noite.

- O que aconteceu com você hoje cedo? -ela perguntou enquanto andávamos

- Vai dizer que você não se lembra do que aconteceu de noite?! - perguntei um pouco irritada

- Ué, a única coisa que eu me lembro é que eu fui beber um copo d'água. Aí eu vi um menino pálido em meio ao escuro, então eu corri e me deitei. Depois disso não me lembro mais de nada.

- Meu Deus! - eu gritei. Já estávamos na porta de casa.

Após chegarmos, contei tudo à ela, Sandra custou à acreditar, mas como ela era religiosa acreditou.

- Se isso tudo for verdade. Tem um demônio nesta casa! - ela disse me deixando com medo, Fred seria um demônio? Mas ele me disse ser um anjo, ou melhor, eu  disse que ele era um anjo.

Eu estava com muito medo, não sei o que devo fazer, e se Fred não for nada disso, ele deve estar apenas bravo, é melhor eu voltar a falar com ele.
Almocei e tomei banho, Sandra insistia em querer chamar um Padre, eu não entendi o motivo, mas é melhor ela não fazer isso, Fred pode ficar bravo. Não deixei,que ela chamasse ninguém, eu simplesmente pedi segredo, ela não sabe que o menino que ela viu é meu amigo imaginário.

Fui até a árvore que fica perto da cabana, subi no mesmo galho que eu sempre me sentava com Fred e fiquei observando e lhe esperando, ele não é mau, se fosse já teria feito coisas muito ruins, eu sei que ele faz coisas assustadoras, mas ainda não fez nada de tão grave comigo.
Acho que ele está realmente bravo, até agora não apareceu.

Fechei os olhos com força e disse baixinho " Fred, cadê você? ". Ao abrir os olhos Fred estava do meu lado, com uma cara não muito boa, mas fiquei feliz por vê-lo.

- Me...- eu ia falar mas ele me interrompeu.

- Eu quem devo pedir desculpas. Gosto muito de você. - ele disse forçando um sorriso.

- Cadê o Fred e o que você fez com ele?! - sorri ironicamente

- HAHAHAHA! - ele riu monstruosamente.

- Fred, mas agora me diz a verdade sobre você. - eu pedi, já estava perdendo meu medo, depois de tudo o que aconteceu

- Tudo bem, acho que você merece isso, pequena. - ele disse. Eu não o entendo, eu juro, eu tento, mas um a hora ele está assustador e depois me trata bem do nada. - Eu era uma criança como você, mas aconteceram muitas coisas e eu morri, então Deus me transformou em um anjo para que eu possa ser seu amigo. -Achei essa história muito estranha, não sei se acredito.

- Que tipo de coisas aconteceram?

- Acho que só consigo me lembrar se você entrar naquela cabana comigo. - mentiroso! Mas eu só vou descobrir se ele é um demônio quando eu entrar lá.

- Minha babá quer trazer um padre para abençoar nossa casa. - eu disse tentando mudar de assunto.

- NÃO!!!  - Fred gritou, agora sim eu posso dizer que estou com medo. - Se ela fizer isso, eu vou ter que voltar pro... céu e não vou mais poder te ver.

Bom, pode ser que ele esteja falando a verdade. Fred é mesmo um grande amigo, quero que ele esteja sempre comigo.

- Vamos brincar? - perguntei.

Ficamos brincando de pega-pega até mamãe chegar. Todos os dias seguiram assim, na escola todos me olhavam estranho por eu estar falando com o nada, mas ninguém se atrevia a mexer comigo. Enquanto em casa, eu agia normalmente e Fred se comportou, e como sempre ele dormia embaixo da minha cama.

Hoje completara um mês da morte de papai e eu pedi à mamãe para visitá lo. Era um domingo ensolarado e eu consegui convencer Fred à ir conosco.
Entramos no carro e seguimos, chegando lá ficamos um pouco olhando o túmulo do papai e eu deixei uma rosa branca pra ele. Mamãe me esperou no carro a meu pedido. Eu e Fred fomos até seu túmulo, ele resistiu mas eu sabia que sua vontade era ir até lá.

Avistamos de longe o gramado e fomos nos aproximando, para minha surpresa havia uma mulher lá, era a mesma que eu vi no mês passado. Fred ficou agitado e queria muito ir embora...

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Estou sem inspiração para esse capítulo, mas agora que estou de férias tudo  ficará mais fácil, eu acho aishuahs.

Fred, o Amigo ImaginárioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora