Acordar em um hospital não era algo que me agradava, principalmente porque eu relembrava da vez em que Doutor Leonard havia me diagnosticado com câncer, e aquilo me fazia relembrar também que eu tinha Robert ao meu lado. Dessa vez não mais. De alguma forma eu me senti sozinha após recobrar a consciência, mesmo sabendo que tinham várias pessoas do lado de fora do meu quarto. Faltava algo, eu só não conseguia definir o que era.
{~~Flashback on~~}
**5 horas antes**
Eu observava a cena, em pânico, sem saber o que fazer. Eu via o homem que eu tanto amava amarrado em uma cadeira, enquanto era duramente açoitado por correntes de ferro. Eu gritei o mais alto que eu podia, com a intenção de quem quer que estivesse batendo em Christian voltasse sua ira para mim, mas era como se eu fosse invisível naquele lugar. Juntando forças sabe-se Deus de onde, eu comecei uma caminhada para perto do Grey. Meu amor por ele era tão grande que eu me colocaria em seu lugar só para não vê-lo sofrer daquela maneira. E eu estava tão próxima de sua pessoa, até ouvi um estalo vindo pela minha costa.
- Não se mexa.
Eu ergui minhas mãos ao ar, oferecendo minha passividade.
De repente não havia mais açoites e Christian já não estava mais atado a cadeira, e sim, parado e em pé bem na minha frente. Eu permaneci da forma em que estava.
- Achou mesmo que tiraria tudo de mim e ficaria por isso mesmo? – A voz perguntou. Christian manteve-se calado.
- Veja. Se você quer dinheiro eu posso pagar. – Eu disse, tentando fazer com que minha voz não soasse tão fraca.
- O que está dizendo? – Christian rebateu.
A voz riu.
- Eu sinto muito.
- O que? – Eu perguntei.
- Sinto muito. – Christian falou.
- Sinto muito. – A voz tornou a falar.
Então ouvi um barulho de "click" e algo passou rasgando pelo meu peito, acertando a testa de Christian em cheio.
Abri os olhos rapidamente, sentindo meu coração acelerado. Puxei a respiração de forma alvoraçada, como uma pessoa que está se afogando faz quando emerge a superfície. Barulhos de bips ensurdecedores tomaram conta do espaço a minha volta, e eles eram como pregos em brasa sendo enfiados em meu cérebro. Eu puxei meus braços sentindo algo morder minha pele. A luz era lasciva contra as minhas retinas, o que me impossibilitava de ver coerentemente. Algo no meu peito doeu como um punhal cravado em meu coração e eu tentei me erguer, porém meu corpo estava pesado demais. Eu quis gritar, sobretudo a dor no meu peito se intensificava.
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50 Tons de Ira
Fanfiction*Romance hospedado agora em outro site. Para mais informações, ler os últimos capítulos postados. * Conteúdo adulto. (+18) * Não é permitido que copiem esta estória para salvar em PDF, ou word ou qualquer outro programa. Como criadora, eu não pe...