POV Christian Grey
– TAYLOR, ONDE ESTÁ A ANASTACIA? – Gritei ao vê-lo entrar em meu escritório de mãos vazias.
– Desculpe, Senhor. Mas ainda não a encontramos. – Respondeu tentando desviar o olhar de mim.
– O QUÊ? – Mais uma vez gritei. – Como assim ainda não a encontraram?! Eu pago um salário altíssimo para que vocês me tragam resultados! – Passei a mão pelos cabelos. Eu estava tão irado.
– Senhor... Não sabemos onde a Srta. Steele está. Nossa busca por ela é como procurar uma agulha em um palheiro. Estamos fazendo de tudo para achá-la, mas realmente é muito difícil. – Fazia gestos exagerados com a mão. Dava-se para notar que ele estava muito nervoso.
– Ditos populares e frases clichês não fazem o seu tipo, Taylor e só servem para me deixar mais irritado. – Respondi enquanto ficava de costa para ele e tentava acalmar minha respiração que estava muito acelerada. – Taylor, eu quero a Srta. Steele aqui, comigo. – Por incrível que pareça, minha voz saiu calma e contida.
– Eu sei, Senhor, mas por enquanto... A única coisa que o senhor pode fazer é esperar.
– Eu odeio esperar, droga! – Resmunguei enquanto me jogava com força em minha cadeira.
Taylor ficou me olhando por um tempo, mas depois seu celular tocou, ele pediu licença e foi atender.
Realmente estava muito difícil me concentrar no trabalho sabendo que Anastácia está lá fora, provavelmente com medo e sem saber o que fazer. Ela é tão irritante às vezes. Porque merda ela saiu correndo daquele jeito? Ela nem mesmo me deixou explicar. Certo, eu assumo. Levá-la ao salão de Elena foi um erro, mas eu não sabia que ela estaria lá, porque, obviamente, se eu soubesse não a teria levado. Oh Ana... Sinto tanto a sua falta! Faria de tudo para tê-la aqui, próxima a mim, em meus braços. O pior de tudo é que ninguém sabe dela, nem mesmo Kate ou José. Eu realmente começo a ficar preocupado, já que ela não deu notícias. E se algo de ruim tiver acontecido a ela? E se Leila a tiver pego? Não, não, não. Isso não pode acontecer. Não!
Bati com força em minha mesa e vi Taylor me olhando com olhos arregalados, mas não falou nada. Apenas pigarreou e anunciou:
– Senhor, José Rodriguez.
Atrás dele, o grande idiota que eu mais odeio no mundo entra. Ostenta uma cara de raiva. Está levemente corado e seu maxilar está trincado.
– Ora, a que devo a visita? – Perguntou com cinismo.
– Basta, Grey. Não precisa usar sua boa educação comigo, haja visto que não usarei a minha com você. – Ele despenca em mim sua raiva.
– Veio me insultar em meu apartamento? – Pergunto enquanto me levanto e coloco minhas duas mãos em cima da mesa, de modo que eu fique inclinado. Meu olhar é desafiador, mas ele não se oprime, mantém sua postura.
– Acha que só porque você tem dinheiro, eu deveria ter medo de você? –Pergunta cruzando os braços e arqueia uma sobrancelha, e ainda por cima sorri de lado. Ah José, você não sabe o que eu sou capaz de fazer!
– Deveria. – Digo enquanto imito sua posição.
Ele ri sarcasticamente. Isso está começando a me irritar.
– Onde está a Ana? – Pergunta. Merda.
– Porque eu deveria saber? – Retruco.
– Porque desde que ela te conheceu, não para em casa. E seu capacho... – Ele olha para Taylor que está a seu lado. Taylor trinca o maxilar. Esse menino está brincando com fogo e não sabe. Ele continua: - Me “pediu” ... – Fez aspas e rolou os olhos. – Para avisá-lo imediatamente quando Ana me ligasse. O que está acontecendo, Grey?
– Não está acontecendo nada. – Respondo carrancudo e desvio meu olhar do seu.
– Não é o que parece. – Diz enquanto passa a mão pelos cabelos.
– E o que te faz chegar a essa conclusão? – Desafio.
– Tem um monte de carros negros na frente do apartamento da Ana e em frente ao prédio onde ela trabalha. – Ele sorri vitorioso. Imediatamente uma descarga de raiva percorre meu corpo. É melhor esse grande imbecil calar a boca ou sofrerá graves consequências. – Anda, Grey. Eu estou esperando.
– Você deveria ficar longe de mim. – Digo enquanto contorno a mesa e fico de frente com ele.
– Por quê? Você vai me matar? Porque se for isso que está pensando em fazer... Sinto em lhe decepcionar, mas uma dúzia de pessoas sabem que eu vim aqui, e cinco delas são policiais. Se tocar um dedo em mim, bom... Algo ruim irá acontecer. – Ele faz pouco de mim e ainda cruza as duas mãos atrás da nuca. Arg.
Encaro por mais um tempo, mas suspiro. Ele precisa saber de algumas coisas. Olho para Taylor e ele parece tenso.
– Taylor, deixe-me a sós com o Sr. Rodriguez.
– Mas, Senhor... – O interrompo.
– Vá! – Aponto para a porta e Taylor sai. Volto para meu lugar atrás da mesa e me sento. Logo em seguida faço um gesto para José sentar-se também.
– Obrigado. – Ele diz. Está sério, mas sei que ele sorri por dentro.
– José, é o seguinte... Ana desapareceu! – Jogo em cima de si logo tudo. Nunca fui homem de rodeios. Vejo sua boca se abrir em surpresa, mas ele rapidamente a fecha.
– O que? – Pergunta como se não tivesse entendido.
– Você tem algum problema mental ou é estúpido por natureza? – Pergunto. Ele agarra forte o descanso da cadeira. Ponto, Grey! Mas ele ri em seguida como se eu tivesse contado uma piada.
– Fico feliz em saber que Ana fugiu de você. – Ele se levanta.
– Aonde você vai? – Pergunto. Uma grande bile se instala em minha garganta.
– Vou voltar para casa. Vai que a Ana liga para mim. Nunca se sabe, né? – Ele dá de ombros e sai andando e quando ele está próximo à porta, ele se vira para mim. – Ah, Senhor Grey... caso a Ana ligue para mim... eu não irei lhe avisar! – E ele sorri e sai. Urro e dou dois murros seguros na mesa. Moleque insolente!
Taylor entra logo atrás dele.
– Senhor... Julian me ligou.
Julian é o detetive que está trabalhando com policiais à procura de Ana.
– Sim, diga. Ele descobriu alguma coisa? – Pergunto. Estou nervoso, mas pela cara de Taylor as coisas não estão nada bem.
– Ele não achou nenhuma moça que pareça com ela. Na blitz que ele fez próximo ao salão da Sra. Lincoln, o que eles mais acharam foram mulheres loiras. A única morena que eles acharam tinha olhos verdes.
– Droga! – Exasperado, passei a mão duas vezes pelo cabelo. – Eu estou ficando louco. Eu não aguento mais isso! – Uma vontade imensa de chorar se apoderou de mim, mas eu não poderia fraquejar na frente de Taylor. Olhei para ele: - Saia.
– Senhor...
– SAIA!
Taylor sai o mais rápido possível que pode e quando ele está fora de minha sala, duas lagrimas caem de meus olhos.
De repente é como se eu tivesse carregando um peso maior do que posso aguentar. Sinto como se tudo ao meu redor estivesse desmoronando, lentamente. O horror por não saber o que aconteceu com Ana invade meu corpo como um veneno que mata aos poucos. Sei que ela deve estar confusa e decepcionada comigo e eu não posso fazer nada para ajudá-la. É por isso que eu sempre quis manter o controle da situação. Sem controle, nada vai para frente e acaba se transformando tudo em uma grande merda. Oh, isso é foda... é como se eu tivesse minha mãos atadas e não pudesse ajudar em nada. A impotência é uma coisa frustrante. Nunca passei por isso na vida e nada está resolvido, mas desejo nunca mais sentir ou passar por algo igual a isso. As lagrimas caem em uma velocidade que não posso controlá-las, logo eu que nunca chorei. Debrucei-me sobre a mesa e coloquei para fora tudo que me incomodava, mas fui interrompido pelo vibrar do meu Black Berry. Olho no visor e vejo que é uma mensagem de Elena.
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De: Lincoln, Elena
Assunto: Preocupada
19 de junho de 2011 10:15
Para: Christian Grey
Meu garoto, como você está? Eu estou preocupada com você. Não me telefonou e nem deu sinal de vida nos últimos dias. Deixe-me saber se tudo está bem.
Elena Lincoln
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Oh Elena, eu não tenho tempo para lidar com você agora!
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De: Christian Grey
Assunto: Não há motivos.
19 de junho de 2011 10:17
Para: Elena Lincoln
Elena, não é uma boa hora. Assim que eu puder, eu entrarei em contato. Estou bem.
Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
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Envio a mensagem e espero que ela não me importune mais, mas sua resposta chega no minuto seguinte.
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De: Lincoln, Elena
Assunto: Realmente preocupada.
19 de junho de 2011 10:18
Para: Christian Grey
Por alguma razão eu sinto que você não está bem. Diga-me o que aconteceu.
Elena Lincoln
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Passo a mão pelo cabelo... estou tão irritado.
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De: Christian Grey
Assunto: Impotente.
19 de junho de 2011 10:20
Para: Elena Lincoln
Ainda não consegui encontrar a Anastácia. Sinto-me impotente perante a isso. Estou ficando louco.
Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
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A resposta vem quase que imediatamente.
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De: Lincoln, Elena
Assunto: Perda de Controle
19 de junho de 2011 10:21
Para: Christian Grey
Eu sinto em falar isso, mas eu te avisei. É isso que acontece quando você afrouxa a coleira... Perda de controle. Você deveria tratá-la como as outras, assim não teria esses problemas agora.
Elena Lincoln
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Ah Elena, você está me deixando irritado.
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De: Christian Grey
Assunto: Exasperado.
19 de junho de 2011 10:23
Para: Elena Lincoln
Ela é diferente. Eu pensei que você tivesse me incentivado a seguir meu coração.
Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
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Aperto em enviar.
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De: Lincoln, Elena
Assunto: Eu disse?
19 de junho de 2011 10:24
Para: Christian Grey
Eu disse isso? Não me lembro. Meu garoto, não foi desse jeito que eu te ensinei. Assim você irá se machucar, e caso isso venha acontecer, eu irei tomar providencias de algumas coisas.
Elena Lincoln
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Mas o que ela quis dizer com isso?
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De: Christian Grey
Assunto: Ambíguo
19 de junho de 2011 10:25
Para: Elena Lincoln
O que você quis dizer com isso?
Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
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– Eu quis dizer que algo muito ruim irá acontecer a essa garota! – Elena responde minha pergunta ao entrar em meu escritório. Veste um blazer e saia preta e camisa de seda branca, sapatos de salto alto e bico fino creme. Está muito elegante.
– Mas o que é isso? – Pergunto enquanto me levanto. – Porque não anunciaram que você iria entrar?
– Grey, eu tenho passe livre aqui, esqueceu? – Ela diz enquanto vem até mim e beija minha face, logo depois ela acaricia o lugar onde depositou o beijo. – Eu estive preocupada com você, meu garoto!
– Eu não dei motivos. – Respondo enquanto me encaminho até uma mesa e sirvo dois copos de uísque. – O que veio fazer aqui?
– Eu já disse. Vim ver como você estava. – Pegou um copo que eu lhe entreguei. – Você está tão diferente. Tão distante. Sinto que estou te perdendo. – Ela fala com a voz manhosa, dolorida.
– Você nunca me teve para me perder, Elena. – Digo e recebo um belo e doloroso tapa no rosto. Droga. – Porque fez isso?
– Não fale assim comigo! Eu sou a única que te conhece e te ama de verdade. Você está me magoando com essa frieza.
Suspiro.
– Me desculpe, ok? É que eu estou nervoso, irritado.
– Oh, meu garoto. Você parece não ter dormido por dias. Você está tão mal assim por essa menina?
– Elena, ela é diferente das outras. Há uma coisa nela... eu não sei! – Olho para o lado não suportando encará-la.
– Você está desviando o olhar do meu, Grey? – Pergunta. Mas que merda. Volto a olhá-la.
– Eu não ousaria! – Minha vontade é rolar os olhos, mas sei que se eu fizer isso vou receber outro tapa.
– Você está tão cansado. Dá para ver isso! Venha, eu irei te ajudar a relaxar!
O quê? Mas como assim?
– Elena, realmente não... – E ela me puxa pela mão e me faz sentar em minha cadeira. Logo em seguida ela se ajoelha em minha frente. Não, eu já sei o que ela vai fazer. Não, não, não.
– Não, Elena! Isso não é... – Me interrompe.
– Cale a boca, Grey. Não me desobedeça! – E ela desabotoa meu sinto e parte para o botão da minha calça.
– Elena, não. Somos apenas amigos agora. – Eu tento afastá-la, mas ela não me solta.
– Amigos com benefícios. – E ela me segura em suas mãos. Não posso conter o gemido que sai de minha boca. Logo ela me envolve com sua boca quente.
– Elena... ars... não. – Mas está tão bom e eu já não tenho forças para afastá-la.
Sua boca desce e sobe enquanto sua língua se enrosca em meu membro. O que ela não pode engolir, ela masturba com as mãos.
Oh meu... isso é tão foda.
– Está gostando, meu garoto? – Ela pergunta e sorri safadamente. Logo ela me abocanha de novo.
Dez minutos depois eu posso sentir o êxtase vindo.
– Ah! – Eu gemo ao sentir seu sugar.
– Deixe vir, meu anjo! – Ela fala e eu gozo em sua boca, derramando todo o meu deleite. Ela me suga e lambe todo, me deixando limpo. Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás.
Ela me solta e se levanta. Abro os olhos a tempo de vê-la limpando os cantos da boca, depois ela sorri e pega sua bolsa que está em cima da mesa.
– Aonde você vai? – Pergunto enquanto me ajeito dentro da calça.
– Eu vim te ajudar, querido. Agora que meu trabalho está feito, eu já vou indo. – Ela pisca e sai da sala.
Quando me encontro sozinho, um sentimento sufocante toma conta do meu ser. A culpa. Anastácia se foi porque pensava que eu tinha um caso com Elena, e por minha fraqueza, acabei traindo-a. Eu realmente sou um homem fodido. 50 tons, Grey! – Meu subconsciente lembra.
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50 Tons de Ira
Fanfiction*Romance hospedado agora em outro site. Para mais informações, ler os últimos capítulos postados. * Conteúdo adulto. (+18) * Não é permitido que copiem esta estória para salvar em PDF, ou word ou qualquer outro programa. Como criadora, eu não pe...