Capitulo V - Por Christian Grey

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POV Christian Grey

– TAYLOR, ONDE ESTÁ A ANASTACIA? – Gritei ao vê-lo entrar em meu escritório de mãos vazias.

– Desculpe, Senhor. Mas ainda não a encontramos. – Respondeu tentando desviar o olhar de mim. 

– O QUÊ? – Mais uma vez gritei. – Como assim ainda não a encontraram?! Eu pago um salário altíssimo para que vocês me tragam resultados! – Passei a mão pelos cabelos. Eu estava tão irado. 

– Senhor... Não sabemos onde a Srta. Steele está. Nossa busca por ela é como procurar uma agulha em um palheiro. Estamos fazendo de tudo para achá-la, mas realmente é muito difícil. – Fazia gestos exagerados com a mão. Dava-se para notar que ele estava muito nervoso. 

– Ditos populares e frases clichês não fazem o seu tipo, Taylor e só servem para me deixar mais irritado. – Respondi enquanto ficava de costa para ele e tentava acalmar minha respiração que estava muito acelerada. – Taylor, eu quero a Srta. Steele aqui, comigo. – Por incrível que pareça, minha voz saiu calma e contida. 

– Eu sei, Senhor, mas por enquanto... A única coisa que o senhor pode fazer é esperar. 

– Eu odeio esperar, droga! – Resmunguei enquanto me jogava com força em minha cadeira. 

Taylor ficou me olhando por um tempo, mas depois seu celular tocou, ele pediu licença e foi atender. 

Realmente estava muito difícil me concentrar no trabalho sabendo que Anastácia está lá fora, provavelmente com medo e sem saber o que fazer. Ela é tão irritante às vezes. Porque merda ela saiu correndo daquele jeito? Ela nem mesmo me deixou explicar. Certo, eu assumo. Levá-la ao salão de Elena foi um erro, mas eu não sabia que ela estaria lá, porque, obviamente, se eu soubesse não a teria levado. Oh Ana... Sinto tanto a sua falta! Faria de tudo para tê-la aqui, próxima a mim, em meus braços. O pior de tudo é que ninguém sabe dela, nem mesmo Kate ou José. Eu realmente começo a ficar preocupado, já que ela não deu notícias. E se algo de ruim tiver acontecido a ela? E se Leila a tiver pego? Não, não, não. Isso não pode acontecer. Não! 

Bati com força em minha mesa e vi Taylor me olhando com olhos arregalados, mas não falou nada. Apenas pigarreou e anunciou: 

– Senhor, José Rodriguez. 

Atrás dele, o grande idiota que eu mais odeio no mundo entra. Ostenta uma cara de raiva. Está levemente corado e seu maxilar está trincado. 

– Ora, a que devo a visita? – Perguntou com cinismo. 

– Basta, Grey. Não precisa usar sua boa educação comigo, haja visto que não usarei a minha com você. – Ele despenca em mim sua raiva. 

– Veio me insultar em meu apartamento? – Pergunto enquanto me levanto e coloco minhas duas mãos em cima da mesa, de modo que eu fique inclinado. Meu olhar é desafiador, mas ele não se oprime, mantém sua postura. 

– Acha que só porque você tem dinheiro, eu deveria ter medo de você? –Pergunta cruzando os braços e arqueia uma sobrancelha, e ainda por cima sorri de lado. Ah José, você não sabe o que eu sou capaz de fazer! 

– Deveria. – Digo enquanto imito sua posição. 

Ele ri sarcasticamente. Isso está começando a me irritar. 

– Onde está a Ana? – Pergunta. Merda. 

– Porque eu deveria saber? – Retruco. 

– Porque desde que ela te conheceu, não para em casa. E seu capacho... – Ele olha para Taylor que está a seu lado. Taylor trinca o maxilar. Esse menino está brincando com fogo e não sabe. Ele continua: - Me “pediu” ... – Fez aspas e rolou os olhos. – Para avisá-lo imediatamente quando Ana me ligasse. O que está acontecendo, Grey? 

– Não está acontecendo nada. – Respondo carrancudo e desvio meu olhar do seu. 

– Não é o que parece. – Diz enquanto passa a mão pelos cabelos. 

– E o que te faz chegar a essa conclusão? – Desafio. 

– Tem um monte de carros negros na frente do apartamento da Ana e em frente ao prédio onde ela trabalha. – Ele sorri vitorioso. Imediatamente uma descarga de raiva percorre meu corpo. É melhor esse grande imbecil calar a boca ou sofrerá graves consequências. – Anda, Grey. Eu estou esperando. 

– Você deveria ficar longe de mim. – Digo enquanto contorno a mesa e fico de frente com ele. 

– Por quê? Você vai me matar? Porque se for isso que está pensando em fazer... Sinto em lhe decepcionar, mas uma dúzia de pessoas sabem que eu vim aqui, e cinco delas são policiais. Se tocar um dedo em mim, bom... Algo ruim irá acontecer. – Ele faz pouco de mim e ainda cruza as duas mãos atrás da nuca. Arg. 

Encaro por mais um tempo, mas suspiro. Ele precisa saber de algumas coisas. Olho para Taylor e ele parece tenso. 

– Taylor, deixe-me a sós com o Sr. Rodriguez. 

– Mas, Senhor... – O interrompo. 

– Vá! – Aponto para a porta e Taylor sai. Volto para meu lugar atrás da mesa e me sento. Logo em seguida faço um gesto para José sentar-se também. 

– Obrigado. – Ele diz. Está sério, mas sei que ele sorri por dentro. 

– José, é o seguinte... Ana desapareceu! – Jogo em cima de si logo tudo. Nunca fui homem de rodeios. Vejo sua boca se abrir em surpresa, mas ele rapidamente a fecha. 

– O que? – Pergunta como se não tivesse entendido. 

– Você tem algum problema mental ou é estúpido por natureza? – Pergunto. Ele agarra forte o descanso da cadeira. Ponto, Grey! Mas ele ri em seguida como se eu tivesse contado uma piada. 

– Fico feliz em saber que Ana fugiu de você. – Ele se levanta. 

– Aonde você vai? – Pergunto. Uma grande bile se instala em minha garganta. 

– Vou voltar para casa. Vai que a Ana liga para mim. Nunca se sabe, né? – Ele dá de ombros e sai andando e quando ele está próximo à porta, ele se vira para mim. – Ah, Senhor Grey... caso a Ana ligue para mim... eu não irei lhe avisar! – E ele sorri e sai. Urro e dou dois murros seguros na mesa. Moleque insolente

Taylor entra logo atrás dele. 

– Senhor... Julian me ligou. 

Julian é o detetive que está trabalhando com policiais à procura de Ana. 

– Sim, diga. Ele descobriu alguma coisa? – Pergunto. Estou nervoso, mas pela cara de Taylor as coisas não estão nada bem. 

– Ele não achou nenhuma moça que pareça com ela. Na blitz que ele fez próximo ao salão da Sra. Lincoln, o que eles mais acharam foram mulheres loiras. A única morena que eles acharam tinha olhos verdes. 

– Droga! – Exasperado, passei a mão duas vezes pelo cabelo. – Eu estou ficando louco. Eu não aguento mais isso! – Uma vontade imensa de chorar se apoderou de mim, mas eu não poderia fraquejar na frente de Taylor. Olhei para ele: - Saia. 

– Senhor... 

– SAIA! 

Taylor sai o mais rápido possível que pode e quando ele está fora de minha sala, duas lagrimas caem de meus olhos. 

De repente é como se eu tivesse carregando um peso maior do que posso aguentar. Sinto como se tudo ao meu redor estivesse desmoronando, lentamente. O horror por não saber o que aconteceu com Ana invade meu corpo como um veneno que mata aos poucos. Sei que ela deve estar confusa e decepcionada comigo e eu não posso fazer nada para ajudá-la. É por isso que eu sempre quis manter o controle da situação. Sem controle, nada vai para frente e acaba se transformando tudo em uma grande merda. Oh, isso é foda... é como se eu tivesse minha mãos atadas e não pudesse ajudar em nada. A impotência é uma coisa frustrante. Nunca passei por isso na vida e nada está resolvido, mas desejo nunca mais sentir ou passar por algo igual a isso. As lagrimas caem em uma velocidade que não posso controlá-las, logo eu que nunca chorei. Debrucei-me sobre a mesa e coloquei para fora tudo que me incomodava, mas fui interrompido pelo vibrar do meu Black Berry. Olho no visor e vejo que é uma mensagem de Elena. 

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De: Lincoln, Elena
Assunto: Preocupada
19 de junho de 2011 10:15
Para: Christian Grey

Meu garoto, como você está? Eu estou preocupada com você. Não me telefonou e nem deu sinal de vida nos últimos dias. Deixe-me saber se tudo está bem. 

Elena Lincoln
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Oh Elena, eu não tenho tempo para lidar com você agora! 

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De: Christian Grey
Assunto: Não há motivos. 
19 de junho de 2011 10:17
Para: Elena Lincoln

Elena, não é uma boa hora. Assim que eu puder, eu entrarei em contato. Estou bem. 

Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.

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Envio a mensagem e espero que ela não me importune mais, mas sua resposta chega no minuto seguinte. 

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De: Lincoln, Elena
Assunto: Realmente preocupada. 
19 de junho de 2011 10:18
Para: Christian Grey

Por alguma razão eu sinto que você não está bem. Diga-me o que aconteceu. 

Elena Lincoln
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Passo a mão pelo cabelo... estou tão irritado. 

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De: Christian Grey
Assunto: Impotente. 
19 de junho de 2011 10:20
Para: Elena Lincoln

Ainda não consegui encontrar a Anastácia. Sinto-me impotente perante a isso. Estou ficando louco.

Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.

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A resposta vem quase que imediatamente. 

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De: Lincoln, Elena
Assunto: Perda de Controle
19 de junho de 2011 10:21
Para: Christian Grey

Eu sinto em falar isso, mas eu te avisei. É isso que acontece quando você afrouxa a coleira... Perda de controle. Você deveria tratá-la como as outras, assim não teria esses problemas agora. 

Elena Lincoln
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Ah Elena, você está me deixando irritado. 

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De: Christian Grey
Assunto: Exasperado. 
19 de junho de 2011 10:23
Para: Elena Lincoln

Ela é diferente. Eu pensei que você tivesse me incentivado a seguir meu coração. 

Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
 
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Aperto em enviar. 

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De: Lincoln, Elena
Assunto: Eu disse? 
19 de junho de 2011 10:24
Para: Christian Grey

Eu disse isso? Não me lembro. Meu garoto, não foi desse jeito que eu te ensinei. Assim você irá se machucar, e caso isso venha acontecer, eu irei tomar providencias de algumas coisas. 

Elena Lincoln
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Mas o que ela quis dizer com isso? 

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De: Christian Grey
Assunto: Ambíguo
19 de junho de 2011 10:25
Para: Elena Lincoln

O que você quis dizer com isso? 

Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
 
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– Eu quis dizer que algo muito ruim irá acontecer a essa garota! – Elena responde minha pergunta ao entrar em meu escritório. Veste um blazer e saia preta e camisa de seda branca, sapatos de salto alto e bico fino creme. Está muito elegante. 

– Mas o que é isso? – Pergunto enquanto me levanto. – Porque não anunciaram que você iria entrar? 

– Grey, eu tenho passe livre aqui, esqueceu? – Ela diz enquanto vem até mim e beija minha face, logo depois ela acaricia o lugar onde depositou o beijo. – Eu estive preocupada com você, meu garoto! 

– Eu não dei motivos. – Respondo enquanto me encaminho até uma mesa e sirvo dois copos de uísque. – O que veio fazer aqui? 

– Eu já disse. Vim ver como você estava. – Pegou um copo que eu lhe entreguei. – Você está tão diferente. Tão distante. Sinto que estou te perdendo. – Ela fala com a voz manhosa, dolorida. 

– Você nunca me teve para me perder, Elena. – Digo e recebo um belo e doloroso tapa no rosto. Droga. – Porque fez isso? 

– Não fale assim comigo! Eu sou a única que te conhece e te ama de verdade. Você está me magoando com essa frieza. 

Suspiro. 

– Me desculpe, ok? É que eu estou nervoso, irritado. 

– Oh, meu garoto. Você parece não ter dormido por dias. Você está tão mal assim por essa menina? 

– Elena, ela é diferente das outras. Há uma coisa nela... eu não sei! – Olho para o lado não suportando encará-la. 

– Você está desviando o olhar do meu, Grey? – Pergunta. Mas que merda. Volto a olhá-la. 

– Eu não ousaria! – Minha vontade é rolar os olhos, mas sei que se eu fizer isso vou receber outro tapa. 

– Você está tão cansado. Dá para ver isso! Venha, eu irei te ajudar a relaxar! 

O quê? Mas como assim? 

– Elena, realmente não... – E ela me puxa pela mão e me faz sentar em minha cadeira. Logo em seguida ela se ajoelha em minha frente. Não, eu já sei o que ela vai fazer. Não, não, não. 

– Não, Elena! Isso não é... – Me interrompe. 

– Cale a boca, Grey. Não me desobedeça! – E ela desabotoa meu sinto e parte para o botão da minha calça. 

– Elena, não. Somos apenas amigos agora. – Eu tento afastá-la, mas ela não me solta. 

– Amigos com benefícios. – E ela me segura em suas mãos. Não posso conter o gemido que sai de minha boca. Logo ela me envolve com sua boca quente. 

– Elena... ars... não. – Mas está tão bom e eu já não tenho forças para afastá-la. 

Sua boca desce e sobe enquanto sua língua se enrosca em meu membro. O que ela não pode engolir, ela masturba com as mãos. 

Oh meu... isso é tão foda. 

– Está gostando, meu garoto? – Ela pergunta e sorri safadamente. Logo ela me abocanha de novo. 

Dez minutos depois eu posso sentir o êxtase vindo. 

– Ah! – Eu gemo ao sentir seu sugar. 

– Deixe vir, meu anjo! – Ela fala e eu gozo em sua boca, derramando todo o meu deleite. Ela me suga e lambe todo, me deixando limpo. Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás. 

Ela me solta e se levanta. Abro os olhos a tempo de vê-la limpando os cantos da boca, depois ela sorri e pega sua bolsa que está em cima da mesa. 

– Aonde você vai? – Pergunto enquanto me ajeito dentro da calça. 

– Eu vim te ajudar, querido. Agora que meu trabalho está feito, eu já vou indo. – Ela pisca e sai da sala. 

Quando me encontro sozinho, um sentimento sufocante toma conta do meu ser. A culpa. Anastácia se foi porque pensava que eu tinha um caso com Elena, e por minha fraqueza, acabei traindo-a. Eu realmente sou um homem fodido. 50 tons, Grey! – Meu subconsciente lembra. 

50 Tons de IraWhere stories live. Discover now