Problema

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Olhei pra minhas amigas e Lucy já chorava nos braços de Vero que limpava as lágrimas tímidas que caiam em seu rosto, Dinah também chorava enquanto a baixinha segurava a sua mão lhe passando força e eu estava com a prancheta e caneta na mão, ali eu iria assinar a vida ou a morte das duas pessoas mais importantes da minha vida, suspirei mais uma vez e assinei sem pensar duas vezes.

-- Faça o seu melhor doutora -- Falei antes dela sumir pelos corredores.

-- Aonde você vai Lauren? -- Dinah me perguntou assim que eu peguei me jaqueta e levantei.

-- Vou resolver um problema.

-- Lauren onde está minha irmã? -- Sofia chegou desesperada na sala de espera -- Céus eu vim o mais rápido de pude Lauren, me diz como ela está?

-- Eu não sei, ela acabou de entrar na cirurgia, mas o estado dela não é nada... -- Eu desabei em um abraço apertado com a minha cunhada que chorava compulsivamente nos meus braços também -- Não é nada bom sofi.

-- A Milla é muito forte, eu sei que ela vai sair dessa mana -- Taylor se juntou a nós nos abraçando também.

-- Agora eu tenho que ir -- Disse me separando do abraço e limpando meus olhos.

-- Não laur, você não vai a lugar algum -- Ally falou segurando em meu braço.

-- Como é que é? Quem é você pra mim impedir?

-- Posso não ser sua amiga de longa data como a Lucy, a Vero ou a Dinah, mas sou sua amiga mesmo assim e sei que na maioria das vezes você age por impulso laur, e agora não é o melhor momento para isso ...

-- Amor isso não é hora pra discurso, eu mesmo vou lá quebrar a cara dessa vadia com a Lauren -- Dinah falou batendo uma mão na outra, com toda certeza ela estava com tanta raiva quanto eu, Camila é a menina dos olhos dela, é como uma irmã.

-- Vocês não estão entendendo o que eu quero dizer...

-- Então explica Ally -- Disse impaciente.

-- Você quer que sua filha nasça com uma das mães na cadeia Lauren? Você quer que ela cresça tendo que te visitar naquele lugar horrível? Porque é isso que vai acontecer se você ir atrás da Alexa agora, eu sei eu você quer matar ela isso sim.

-- E se eu não matar?

-- Você ainda seria presa por agressão, mas pensa comigo Lauren, você pode ir na delegacia prestar queixa contra ela, ela cometeu vários crimes, como por exemplo quando ela tirou fotos e fez vídeos de você nua sem seu consentimento e ainda compartilhou isso pra Camila, e estrupo de vulnerável que é fazer qualquer tipo de sexo (vaginal, oral, anal etc, seja entre heterossexuais ou homossexuais, masculinos ou femininos) "com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, a lei diz que é estupro de vulnerável fazer sexo com quem "por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência". Como com os enfermos, aqui a lei não faz uma lista dos casos possíveis, mas ela diz ao magistrado que ele deve condenar sempre que alguém não está sob controle de suas faculdade mentais, físicas ou emocionais. E alguém que está alcoolizado (ou drogado) certamente não está sob controle de suas faculdade mentais. Para deixar claro: fazer sexo com alguém bêbado (ou drogado) é estupro de vulnerável sim, e no vídeo mostra ela fazendo sexo oral com você -- Ally terminou fazendo aquela carinha de "estou certa concorda comigo" e ela estava, afinal ela tinha mostrado o vídeo e as fotos pra elas também.

-- Caralho o que você é baixinha? Agente do FBI? -- Vero falou fazendo careta.

-- Eu não, mas meu pai sim e ele me obrigou a estudar direito, mas enfim é isso -- Ela disse suspirando -- Lauren eu só quero ajudar, pensa bem a Alexa pode ser presa e nunca mais infernizar tua vida e depois você pode até pagar pra alguém da uma surra nela na cadeia.

-- 99% anjo e 1% malévola -- Dinah falou abraçando e dando um beijo na namorada.

-- Tudo bem, mas vou fazer isso agora mesmo -- Disse pegando na mão da Ally -- E você vem comigo.

Saímos apressadas do hospital e claro que Dinah foi conosco, afinal aquela ali nunca largava da namorada desde que assumiram e ela estava tão louca quanto eu pra ter a cabeça da Alexa numa bandeja, não entendo porque as pessoas fazem isso, só sei que isso nunca pode ser comparado com amor.

Logo estávamos na delegacia prestando a queixa contra Alexa, enquanto eu prestava a queixa a Ally ligava pro pai pedindo ajuda no caso pois ela queria que aquela puta pagasse cada segundo da vida dela na cadeia, depois que eu falei sobre o que aconteceu com a minha esposa devido isso o delegado nos acalmou dizendo que faria o possível e impossível pra coloca-la atrás das grades, eu estava no automático mas minha vontade mesmo era que tudo não passasse de um pesadelo, eu queria poder chegar em casa e encontrar minha esposa sentada no sofá com um pote de sorvete e aquela barriga enorme que eu tanto amo, joguei o carro pro acostamento de uma só vez e me apoiei no volante chorando igual uma criança, eu chorava pois não aguentava mais tanta dor por saber que aquilo não ia acabar tão cedo.

-- Calma laur vai dar tudo certo -- Ally dizia passando a mão nas minhas costas.

-- É palmito estamos aqui com você -- Dinah falou na tentativa de me fazer sentir melhor.

-- Não dá ... e se ela.. e se ela não sair dessa meu deus eu não sei o que faço -- E voltei a me desesperar -- Eu quero morrer.

-- Amor vai dirigir, eu fico aqui atrás com a Lauren, vem pra cá laur -- Dinah falou pra Ally que logo tomou meu lugar no banco do motorista e eu fui pra trás chorando no peito de Dinah.

Quando chegamos no hospital encontrei a doutora conversando com as meninas.

-- Me diz que conseguiu por favor -- Falei desesperada pois ainda não tinha parado de chorar.

-- Sim conseguimos, é uma linda menina e já está na encubadora.

-- Oh céus que bom -- Gritei de felicidade - E minha esposa já posso ver?

-- Esse é o problema Lauren eu peço que tente se acalmar.

Uma Segunda chance (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now