Capítulo Sete.

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Não percebo quando os seis copinhos de vodca começam a fazer efeito. Eu só consigo dançar e sorrir feio boba no meio daquelas várias pessoas desconhecidas. Eu me sinto feliz como nunca estive antes.

Quando a música termina, eu estou muito cansada e extremamente tonta. Deixo Daniel de lado e resolvo beber um pouco de água e comer alguns salgadinhos escondida.

Quando chego na cozinha, percebo que Paula está comendo um pedaço de bolo com refrigerante sozinha. Aproximo-me e a envolvo num abraço apertado. E através desse abraço, sinto-me acolhida e amada por alguém. A minha verdadeira amiga.

─ Eu pensei que você não fosse vir ─ ela faz beicinho.

─ Cheguei faz horas e não te encontrei em canto algum.

Percebo que os cabelos dela estão molhados.

─ Eu estava fodendo com um carinha insaciável. Até medi a tromba do garoto e contei vinte e três fodidos centímetros.

─ Você mediu o rapaz?

─ É para casar ─ rebate e eu gargalho.

─ Eu estava com Daniel e estou um pouquinho bêbada ─ digo e troco as pernas. ─ Pensei que seria algo pequeno, Paula. Deve ter umas duzentas pessoas aqui.

─ Eu chamei todo mundo que vi pela frente, até uns mendigos, sabe que gosto de coisas grandes, né? Mas agora vamos beber, quero ver minha pequena Laura bêbada. Não é todo dia que se completa dezessete aninhos.

Ela me puxa pela casa e seguimos para a piscina. Eu retiro a minha blusa, mas evito retirar o short jeans. Minha bunda está com alguns hematomas e não quero que ninguém veja isso. Solto o cabelo e o deixo cobrir algumas marcas também visíveis em minhas costas e pescoço.

Eu pulo na piscina, ainda tonta, e pego mais uma bebida. Paula pula em seguida e vem para o meu lado. Eu estou muito bêbada!

Recuso as drogas, mas aceito mais bebidas. Vodca, vinho, cachaça e cerveja. Eu misturo absolutamente tudo que vejo pela frente. Paula já está bêbada, sorrindo sozinha e beijando qualquer ser humano que surge em sua frente. Eu também estou sorridente e fiquei ainda mais quando Daniel chegou ao meu lado e beijou o meu pescoço.

─ Eu não quero mais beber ─ digo e entrego a garrafa de vodca para Daniel. ─ Estou muito bêbada.

Eu saio com dificuldade da piscina e vou cambaleando até uma cadeira, fora da piscina e próximo da área de churrasco. Daniel me segue, segurando em meu braço e impedindo-me de cair de cara no chão.

─ Estou com vontade de vomitar ─ confesso.

─ Você está muito bêbada.

Meu estômago se embrulha. Coloco a mão em minha barriga e me levanto rápido, correndo até a rua e vomitando na calçada. Sinto as mãos macias de Daniel em minha cintura, agarrando os meus cabelos e acariciando levemente as minhas costas.

─ Coloca tudo para fora! ─ Daniel diz e eu vomito até sentir lágrimas deslizando pelo meu rosto. Coloco tudo para fora. Meu estômago dói.

─ Eu preciso tomar um banho ─ digo. Fecho as minhas pálpebras e sinto tudo girar ao redor. Merda. Que sensação ruim.

─ Quer subir e tomar banho? Eu ajudo você.

─ Você também está bêbado ─ gargalho e fito seus olhos azuis.

─ Mais ou menos, mas prometo que só vou te ajudar com o banho. Eu não vou me aproveitar de você.

─ Promete?

Sonhos Roubados [DEGUSTAÇÃO]Where stories live. Discover now