Capítulo VIII

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        E Will sabia que Dylan era, sem sombras de dúvidas, a felicidade de Thomas.  

        Eles sorriram um para o outro e caminharam juntos até o elevador.

        - E você, está indo a onde? – Thomas perguntou enquanto eles esperavam pacientemente pelo elevador.

        - Lembra-se da Candice? – Will questionou vendo as portas metálicas abrirem antes dos dois homens entrarem na pequena cabine.

        - A garota com quem você estava usando drogas ilícitas? – o homem perguntou rindo de sua própria piada sem graça – Sim, eu me lembro.

        - Nós estávamos apenas vendo Supernatural! – ele retrucou – De qualquer forma, ela me chamou para uma house party – deu de ombros, recostando-se sobre a parede fria.

        - Divirta-se – Thomas deu dois tapinhas no ombro do amigo enquanto as portas do elevador se abriam.

        - Digo o mesmo – o outro homem sorriu para ele enquanto assistia-o sair do elevador indo até a porta do quarto de Dylan.

        Thomas sentia-se ansioso, suas mãos estavam fechadas em forma de punho e suas unhas curtas fincavam-se contra as palmas das mesmas. Ele deu alguns passos vacilantes antes de parar em frente à porta do outro homem e bater algumas vezes, sorrindo divertido enquanto esperava ser atendido.

        Dylan abriu a porta de abrupto, e ao ver que era Thomas do outro lado tentou fechá-la, mas o homem colocou um de seus pés no batente da porta impedindo que o mais novo realizasse a sua vontade, ficando com a porta quase fechada contra seu corpo. Era ilusão demais achar que O'Brien o receberia com um sorriso nos lábios e os braços abertos para um abraço, pronto para uma foda, mas que inferno, custava ao menos Dylan tentar ser um pouquinho compreensível?

        - Vá embora, Thomas! – Dylan disse sério.

        - Me deixe falar com você! – o mais velho pediu.

        - Eu não quero ouvir o que você tem a dizer – o homem retrucou ainda empurrando a porta contra o corpo do outro.

        - Dylan, por favor! – Thomas insistiu – Eu vim para me desculpar.

        - Eu não quero suas desculpas – declarou empurrando a porta ainda com mais força, sem se importar em machucar Thomas no processo. Dylan queria vê-lo sofrer da mesma forma a qual ele havia-o feito sofrer, e se para isso Sangster precisasse portar alguns hematomas físicos, O'Brien não estava nem ai.

        - Pare de agir como uma criança mimada e me escute – Sangster disse autoritário, irritando-se com a atitude infantil do outro.

        - Você acha que eu estou agindo como uma criança mimada? – Dylan sentiu raiva pelo comentário do outro e abriu totalmente a porta do quarto para encarar Thomas com a expressão brava – Você que não é capaz de agir como homem e decidir com quem você quer estar e eu sou a criança mimada? – perguntou.

        - Eu não quis dizer isso! – Thomas arrependeu-se de suas palavras dando um passo para trás, afastando-se da porta – Eu terminei com Isabella, Dylan! Vamos conversar, por favor – pediu.

        - Eu já disse que não quero conversar, Thomas! – e com isso, Dylan bateu a porta de seu quarto com força, trancando Thomas para fora dali.

        Sangster sentiu seus músculos pulsarem com a raiva que se alastrava por todo o seu corpo, ele não queria acreditar que Dylan havia recusado suas desculpas de uma forma tão grotesca sendo que no dia anterior ele havia dito que o amava! Thomas queria gritar com Dylan até que ele se sentisse culpado por ser tão estúpido, e então fodê-lo de uma forma que o deixaria sem andar no dia seguinte, mas tudo o que o mais velho fez foi tirar o celular de seu bolso e ligar para Will enquanto caminhava em direção ao elevador.

Untrue //DylmasWhere stories live. Discover now