Capítulo IX

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        - Alguém pode, pelo amor de Deus, me dizer onde está o Thomas? – Wes perguntou irritado enquanto tentava desesperadamente ligar no celular do outro homem seguidas vezes recebendo olhares assustados de todos os atores escalados para as cenas do dia – Ele está quase uma hora atrasado e nós precisamos dar início as gravações!

        - Ele foi viajar à alguns dias, durante a nossa pausa. Disse que voltaria para as gravações – Will adentrou na pequena sala em que todos estavam reunidos a espera de Thomas, comendo tranquilamente a sua maça como se o fato de que ninguém sabia o paradeiro de seu amigo não importasse para ele.

        - Ao que me parece ele não voltou! – o mais velho bufou irritado, claramente indignado com a calmaria de Poulter diante da situação. - E além do mais, vocês já estão em uma merda de cidade diferente da de vocês! Sangster deveria ter o mínimo de responsabilidade e saber que a pausa não dá direito algum para viajarem!

        - Eu notei que ele não voltou – o ator deu de ombros, indo sentar-se em um dos grandes sofás de couro dali. - Sinto muito Wes, mas eu não poderia simplesmente amará-lo ao pé da minha cama de hotel. - ele rolou os olhos e recebeu um olhar fuzilante em resposta. 

        - Nós poderíamos gravar alguma cena para qual Thomas não está escalado – Jacob sugeriu, querendo evitar ao máximo irritar ainda mais o diretor – O que acha disso, Wes?

        - Eu realmente acho que deveríamos fazer isto – Dylan pronunciou-se pela primeira vez desde que o assusto voltara-se para Thomas – Estou realmente cansado de esperar – declarou, arrependendo-se no segundo seguinte em que direcionou seu olhar para a entrada da sala e encontrou Sangster parado ali, - com o que Dylan considerava seu sorriso característico de filho da puta, estampado nos lábios.

        - Eu estou a quase dez minutos andando por este lugar enorme à procura de vocês, meus caros! – Thomas adentrou a pequena sala vestido em sua jaqueta de couro preta, trazendo consigo um forte cheiro de álcool misturado com o perfume caro que o homem costumava usar.

        - Filho da puta! – Will ralhou baixinho enquanto levantava-se apressadamente do sofá correndo em direção ao amigo. Dylan pensou que ninguém prestara atenção nas ações de Poulter além dele e por isso havia uma grande chance de ele ser o único a ter notado o que o outro homem dissera, ele desejou também que ninguém tivesse notado ele quase levantar do sofá para ir em direção ao homem que amava e mudar de ideia na metade do caminho, despejando seu corpo novamente contra o estofado.

        Wes estreitou os olhos na direção de Sangster deixando sua mente trabalhar em uma enorme e inimaginável diversidade de formas de tortura-lo mais tarde ao vê-lo tropeçar em seus próprios pés antes de ser segurado pelos braços fortes de Will.

        - Leve-o embora, Will – Wes declarou tentando conter ao máximo a vontade que tinha de gritar com Thomas, o que quer que ele dissesse para o outro homem nesse momento não seria absorvido corretamente pela mente embriagada do ator.

        - Ir embora? – Thomas perguntou indignado, apoiando-se nos braços do amigo em uma tentativa de ficar em pé por si só – Eu vim para as gravações!

        - Eu não estou falando com você, Thomas Sangster! – o diretor ralhou irritado, aumentando o tom da voz na direção do outro homem, como se brigasse com uma criança mimada e birrenta.

        - E eu não vou embora – o ator cruzou os braços sobre o peito, ainda sendo apoiado por Will.

        - Suma da minha frente! – o homem gritou, querendo mais do que tudo esfolar a linda carinha de Sangster contra o chão. Wes tinha certeza de que o mataria naquele momento se 1: não fosse ilegal, e 2: não precisasse mais de Sangster para dar continuidade às gravações do filme.

Untrue //DylmasWhere stories live. Discover now