Beijada pela Morte | livro um

Capítulo um

Brooke Williams, um dia antes de sua morte.

Página 1- Notícias urgentes do Jornal Local

'' Nashville sofre com mais uma vítima.

Uma garota de mais ou menos dezoito anos sofreu um acidente na rodovia principal da cidade. Moradores locais disseram que a menina estava dirigindo um carro, que bateu com toda a velocidade em uma carreta que vinha em sua direção . No entanto, não foi encontrado nenhum vestígio de seu corpo. ''

''Nashville, o lar dos mortos.

Um grupo de adolescentes que voltavam de uma espécie de ''balada'' foi assassinado a sangue frio por um homem cuja identidade ainda não foi encontrada. Os corpos dos jovens também não.Policiais de todos os locais estão fazendo uma busca incessante pelo mesmo.''

- Um absurdo! - exclama a minha avó ao ler as noticias. Ela jogou o jornal em algum canto enquanto bebericava o café que já estava frio. – Na minha época tudo era completamente diferente! Brooke, você não vai mais sair de casa - ordenou-me.

Ah, não! Eu não acreditava no que estava ouvindo.

- Vovó, você não pode me proibir de sair de casa! Eu sei muito bem me cuidar – digo exasperada. Não queria que a minha avó manipulasse a minha vida, pois isso era errado e muito, muito chato.

- Brooke Williams, eu sei o melhor para você, menina! Respeite-me! - disse afobada. Não era possível. Essas notícias eram claramente mentirosas! Eu não vi nenhuma delas na televisão.  

Saio às pressas daquela cozinha. Não aguentaria ficar ali nem por mais um segundo com a minha avó dizendo o que devo e o que eu não devo fazer. Por sorte, amanhã faço dezoito anos e vou finalmente para a faculdade, logo, estarei livre de todas as regras impostas pela minha avó. Eu a amava muito, mas muitas das vezes eu me sentia sufocada por tanta proteção. 

Subo até o meu quarto para pegar o meu material que eu levaria a faculdade amanhã. Arrumo as minhas malas e decido deixá-las em um canto próximo a minha cama. Vou até o meu celular e o pego. Precisava fazer uma ligação importante.

- Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens, por favor...

Desligo bruscamente. Odeio quando isso acontece! Decido olhar em volta do meu quarto e buscar algo para tirar desse infinito desânimo.

Até que o meu telefone toca.

- Alô? Dylan é você? – pergunto ansiosa. Dylan era o meu namorado que morava no Sul da Califórnia, mas estava passando as férias em Nashville, só para nos vermos. Nós não nos falamos há tempos, e eu meio que sentia falta dele. 

Silêncio.

- Quem é?- pergunto apreensiva. Checo o número do telefone e vejo que é desconhecido. Com certeza, algum trote. – Não ligue mais, por favor!

Desligo.

Eu não sabia o porquê do meu coração estar tão acelerado com apenas um telefonema. Decido ignorar a sensação que queimava em meu peito. É só um telefone idiota, Brooke. 

Deixo-o sobre a cômoda e ele toca novamente.

Número desconhecido.

- Alô? – notei que minhas mãos estavam trêmulas.

- Cuidado – disse uma voz grave do outro lado da linha. A voz era áspera e eu não conseguia identificar graças ao chiado. 

- Quem é você? - pergunto, tentando não parecer nervosa. - Por que diz que devo ter cuidado?