Capítulo 8 - A Devassa e O Canalha

1.5K 208 192
                                    


Olá Minhas Ciganas!

Conforme o prometido em comemoração aos 3K de Leituras e o feriadão, o capítulo de hoje é DUPLO! Dois em um! Eu gostaria que sentissem a história, os detalhes, essa foi uma das cenas que mais tive prazer em escrever em toda minha vida... Todas as vezes que leio toca meu coração. Assim como o ser humano um personagem pode ser muito surpreendente ,só precisamos dá-lo uma oportunidade... Se não pudermos acreditar num mero personagem, como acreditaremos em nós mesmos?

PS: Ligem a música onde começa o TANGO! Hoje nós partiremos da ilha dus Solis para um cais em Buenos Aires!




Copyright 2016 © Danka Maia

Todos os direitos reservados

Esta Obra está registrada: 1604207270601

Nenhuma parte dessa publicação poderá ser reproduzida, seja por meio eletrônico, mecânico, fotocópia ou qualquer tipo sem prévia autorização por escrito da autora. Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, lugares e acontecimentos é mera coincidência.



                      Há um mistério no coração das mulheres que os homens desconhecem. Uma mulher não perdoa por arrogância ou por ser demasiadamente malévola. Uma mulher sempre está pronta para perdoar,desde que no lugar onde o cimento maciço da mágoa se alojou, surja uma pequena raiz que brote com muita força e impetuosidade ao ponto de criar rachaduras e romper o concreto, florescer ali como uma trevo de quatro folhas.Bem acanhado.Quase imperceptível aos olhos comuns,mas aos olhos de uma mulher será breve notado,senão intuído.Ela se agachará,o contemplará,o protegerá até que fique mais assente e frondoso, e assim seguirá com ele para o lar da sua alma e ali haverá renovação onde um dia houve um coração partido.

_Dieglê!- Navarro adentrou surpreso pelo baque do travesseiro contra a porta que por uma fração de segundos quase o acertou. Apanhou o objeto e retirou de seu caminho.Ele veio trazer uma xícara de chá de camomila. Ao vê-la com olhos vermelhos e assim como a ponta de seu nariz o concierge repousou a pequena bandeja no criado mudo e perguntou:

_Posso?- apontando para a beira da cama. Dieglê ensaiou um riso no canto da boca dando permissão.

_Sinto muito Dieglê. Sei que o mestre Kobak quase sempre nos desaponta.

_Nunca fui tratada assim Navarro. - juntando os joelhos contra o peito. -não o entendo, sabe! O homem com quem saio é carinhoso, cuidadoso, delicado, manso, sabe como tratar uma mulher. Como pode a mesma pessoa ser isso que acabei de ver esta noite? Ele me tratou como se eu fosse uma vaga...-Navarro estendeu o dedo indicador.

_Senhora Kobak... Não complete essa palavra. Pois nós dois sabemos que você não a merece nem mesmo em um milhão de anos. - e sorriu.

_Se eu realmente não estivesse em uma situação tão delicada Navarro, arrumaria minhas coisas imediatamente e sumiria dessa ilha nem que fosse a nado! Que se dane está porcaria de contrato!

_Sinto sua mágoa em meu coração mademoiselle. -sendo muito solicito.

_Navarro... - ela o olhou como um pai.

Quando O Segundo Sol Chegar (Degustação)Where stories live. Discover now