Capitulo XII

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Mia

Espero uns 15 minutos até um carro escuro começar a se aproximar, quando está quase em cima de mim o vidro começa a abaixar lentamente.

- Sobe aí. - Sam gritou por cima da música alta.

Nem preciso dizer que tive que conter minha bílis de subir só por olhar para sua cara de merda. Eu nunca fui de odiar as pessoas, muito pelo contrário eu era uma pessoa passional até. Isso até tudo acontecer... Um arrepio sobe pela minha espinha e sacudo minha cabeça para dissipar as más lembranças.

Subo no carro de Sam sem dizer uma palavra, sento do lado do passageiro e coloco minhas comprar no banco de trás, rapidamente ela da partida.

- Olha, não que eu não goste de você, na verdade eu não te conheço e não confio em você. Mais vou te dar apenas um aviso ok? Se você fuder meus meninos de alguma forma eu juro que corto sua cabeça sem pensar duas vezes entendeu?

- Você é a puta deles? - Disse sem pensar muito por conta do ódio mortal que eu estava sentindo dela nesse momento, quem ela pensa que é? A única coisa que eu menos queria era estar aqui com eles...

-  É mais do que isso baby...

Ouvir a menção da palavra baby me causou  arrepios, tentei o máximo para não começar a tremer feito vara verde, porém todas as tentativas foram em vão. Mordi minha bochecha por dentro para evitar todas as outras coisas que eu sei que iriam vir após a tremedeira.

Eu esperava um reação explosiva dela, porém para minha surpresa ela apenas assentiu e essa atitude me deixou sem reação.

- Entenda que eles são minha família, e se algo acontecer com eles eu não irei responder por mim. Você está bem? - ela diz olhando para mim mudando completamente de assunto.

- Você está pálida feito um boneco de cera.

- Não me chame disso novamente. - Eu digo entre dentes.

- Ok esquisita... Só mais um aviso, os meninos não irão voltar hoje, então somos só nós duas. Não pense que estou feliz por isso.

Permaneço em silêncio, falar não era necessário nesse momento. Apenas assenti para que ela saiba que entendi seu recado.
Assim que chegamos saio do carro sem uma palavra, a noite começava a cair o que era estranho afinal o dia passou como um borrão.

Sam se tranca no quarto o que me deixa mais confortável, eu poderia explorar a casa ou algo parecido com isso, porém me sinto tão cansada que apenas deito na cama de Tyler e deixo o sono me levar junto com seu cheiro único.
                                 ***

Estou em casa de novo, sim casa. Cominho pelo amplo corredor que dá acesso ao nosso quarto, a porta está encostada e sem pensar abro só para dar de cara com um quarto estéril, sem vida e sem cor.
Olho para as paredes que antes eram coloridas apenas uma pequena amostra do meu antigo eu.

Pisco para afastar a sensação de areia nos meus olhos e quando volto a abri-los as paredes estão diferentes, há sangue nelas uma grande quantidade cobre as pareces e o chão. Meu coração bate freneticamente em meu peito, dou um passo para trás mais sou detida quando olho para baixo e vejo sangue vermelho cobrir minhas mãos, caiu no chão bem a tempo de ver ele. Ele me olha com suas presas a mostra.

- Hey Baby, eu tenho você.

Seus olhos são vidrados e ele caminha lentamente em direção a mim, medo percorre em minhas veias e tento em vão levantar do chão, porém não consigo.

- Não tenha medo baby, eu te ajudo.

Sangue mancha o carpete de madeira ao meu redor e eu não consigo identificar de onde vem tanto sangue.

Ele finalmente chega perto de mim o suficiente para eu poder sentir o cheiro de sua colônia cara, porem a única coisa que consigo sentir é nojo e enjoo. Ele me olha com seu olhar reprovador uma coisa que já estava acostumada a ver diariamente, há algo em suas mãos, algo que brilha mais do que a lua em uma noite de tormenta, não consigo identificar o que é, pois minha visão esta turva, a única coisa que posso ver e que ele aponta o objeto para meu ventre.Sigo com meu olhar na direção para onde ele aponta o objeto pontiagudo e finalmente descubro de onde vem todo o sangue que mancha o chão ao meu redor, ele vem de mim.

- Não fale nada baby eu vou resolver isso. Eu prometo.
***
Acordo gritando e me debatendo freneticamente, estou sendo segurada por alguém e isso me da ainda mais força para me debater ainda mais forte, mesmo que meu corpo doa em cada milímetro.

- Hey, foi só um sonho. Eu estou aqui.

A voz me tira do topor e começo a me acalmar gradativamente, aos poucos percebo onde estou, no quarto de Tyler ele esta ao meu lado me segurando, porém não sinto medo ou nojo apenas sinto que estou segura. Minha respiração continua acelerada e meu coração ainda bate loucamente em meu peito.

- Você esta melhor?

- Si...Sim... – Minha garganta dói áspera.

- O que ouve? A porta bate aberta na parede, um Scott todos descabelado entra no quarto segurando uma arma em sua mão.

- Cara solta isso, não aconteceu nada. – Diz Tyler calmamente.

- Você me assustou pra porra com toda essa gritaria menina, deve ter acordado a casa inteira. – Diz abaixando a arma indo embora do quarto.

- Hey, o que ouve? Pergunta Tyler olhando para mim. – Você estava gritando e se debatendo no colchão.

- Desculpe.

- Você quer conversar sobre isso?

- Não. – Respondo firmemente.

- Ok. – Tyler diz se afastando saindo do quarto que do nada se tornou
insuportavelmente frio sem sua presença.

- Espera... Fica... – Surpreendo a mim mesma quando peço para ele ficar.

- Certeza? Pergunta ele cauteloso.

- Sim. – Digo batendo ao meu lado na cama.

Ele deita-se ao meu lado sem tirar os olhos dos meus, porém permanece em uma distancia segura de mim.

Pegando Fogo #Wattys2016 Onde histórias criam vida. Descubra agora