Capítulo XXVI

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Amy

Não sei que dia é hoje, não sei se amanheceu ou escureceu permaneço em um mar de meia consciência, estou com fome, frio e dor e já não sei dizer se tudo isso é de fato real ou algo da minha imaginação. As vezes abro meu olho e parece que vejo Tyler em minha frente brilhante como um anjo, porém sua imaginem logo some e eu volto para o inferno neste pequeno quarto nojento.

Acho que estou sendo mantida drogada ou algo do género, não consigo manter meus olhos abertos por muito tempo, muito menos tenho força para tentar me levantar ou tentar escapar das garras de Bastian, sinceramente não sei o que fazer.

- Baby hora de acordar. - Ouço como se a voz estivesse longe de mim.

- Você é muito dorminhoca, acorde! - Bastian me sacode e eu caio no chão com um baque surdo.

Minhas costas doem com o contanto abrupto com o chão gelado, e engulo um gemido de dor.

- O que você acha? Acha que vai dormir o tempo todo como uma vadia preguiçosa? - Grita em meu rosto.

Quanto mais ele se aproxima de mim mais eu me espremo contra a parede atrás de mim, seus olhos estão injetados e vermelhos e posso dizer que ele usou sua "amiguinha" metanfetamina. Sua mão treme levemente um pequenos resquício do que a droga está fazendo com seu sistema nervosos. Sempre tive muito medo dele, porém aprendi a temer ainda mais quando ele estava sob o efeito de drogas.

- Responde sua puta imunda. - Diz batendo em meu rosto.

Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto e me sinto fraca por deixar ele entrar dentro de minha cabeça, ele não merece nenhuma lágrima, muito menos me ver em agonia.

- Vá para o inferno Bastian. - Grito cuspindo em seu rosto.

- Quantas vezes tenho que te falar baby? Eu já estou nele porra!

Ele ri e sua risada  provoca espasmos involuntários em meu corpo todo, sei que o inevitável irá acontecer mais cedo ou mais tarde, espero não ter que sofrer muito antes dele finalmente acabar comigo.

***

Tyler

- Mais que merda. - Grito pela milionésima vez andando de uma lado para o outro dentro do quarto.

Ainda posso sentir o cheiro doce de Amy e acho que posso enlouquecer a qualquer merda de momento, fazem 30 dias que ela foi embora e estou me segurando para não ir atrás dela, sei que ela precisa desse "tempo", porém não consigo tirar de minha cabeça que ela está em perigo ou precisando de mim. Não sei de onde vem esse sentimento, mais ele não me deixa respirar direito.

Solto mais algumas maldições antes de finalmente tomar a decisão tão importante de procurar por sua localização. Pego meu celular e faço uma breve chamada para um amigo de longa data.

- Hey Carlos, como está? - Pergunto por mera educação inquieto.

- Estou bem mano, em que posso ser útil? - responde ele sem delongas.

Conheci Carlos em um bar ao estremo leste da cidade, eu não estava em um bom dia e ele me ajudou a acabar com alguns pedaços de merda que ousaram mexer comigo, desde então mantemos contato e nunca pensei que isso fosse realmente me ajudar em algum dia.

- Lembra daquele rastreador que te pedi para colocar em uma gargantilha? Aquela que dei para Amy? Lembra? - Pergunto ansioso.

- Mais é claro que lembro mano, o que tem ele?

Ele pergunta é ja posso ouvir seus dedos baterem rapidamente em seu inseparável teclado.

- Você consegue localiza-lo para mim? 

- É para já. Me de 5 minutos que envio as informações no seu celular ok?

- Ótimo! Obrigada Carlos. - Respondo.

Espero por menos de 3 minutos e a mensagem finalmente chega em meu celular, quando abro meu coração falha um batimento.

- Não caralho ela não pode estar aí. - Grito para mim mesmo já pegando minha jaqueta para sair.

Ela estava em uma área perigosa da cidade, um lugar que não é frequentados por pessoa de boa índole muito menos há moradores próximos, é uma lugar muito conhecido por pessoas como eu onde vão para desovar corpos. O medo gela minha espinha e temo que talvez seja tarde demais para encontrá-la.

***

Amy

Estou atordoada, minhas mãos estão  amaradas em algo gelado e penduradas para cima de minha cabeça, estão tão dormentes que mal sinto meu pulso latejar e doer. Tento mexer meus braços, porém sem sucesso. Não consigo enxergar pois há um pano em meus olhos, meus pés mau tocam o chão o que me deixa aflita.

Ouço passos lentos se aproximares de mim e de repente o capuz é retirado de minha cabeça  de uma só vez e a luz forte quase me cega, Bastian olha para mim de cima a baixo e me sinto exposta e vulnerável.

- Hora de brincar baby. - Diz rindo sádico para mim.

Em sua mão direita há algo parecido com um fio preto desses que se coloca na tomada, Bastian da a volta por mim e para de frente para minhas costas, ele rasga a parte de cima do meu vestido com apenas um puxão e acabo ficando exposta para ele.

- Tão linda, você vai ser minha baby.

Sinto uma dor lancinante quando o fio negro faz contanto fortemente com minha pele nua, minha alma sangra por dentro e sinto mais 6 chibatadas até ele finalmente parar.

- Está gostando baby? Eu estou adorando. Vou acabar com você como você acabou comigo baby.

Ele diz tentando me dar um beijo nos lábios, viro o rosto e ele irritado pela rejeição pressiona suas garras em meu rosto me obrigando a olhá-lo nos olhos.

- Você vai me beijar agora!

Ele se aproximou novamente e quando sua boca toca na minha lhe dou uma mordida sem dó nem piedade, ele uiva de dor, sua boca sangrando pela forte mordida que lhe dei. Bastian vem para cima de mim e conecta seu punho em meu rosto, seguido de chutes e mais socos desferidos em meu corpo.

Estou preste a desmaiar quando vejo o rosto de Tyler em minha mente, ele está bonito e posso até ouvir sua voz nitidamente e minha cabeça. Acho que esse foi o melhor sonho que eu já tive em anos e juro que daria tudo para ter mais sonhos como este todos os dias.

Pegando Fogo #Wattys2016 Where stories live. Discover now