Capítulo XXVII

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Tyler

Acelero o máximo que posso minha Harley mas parece que toda a velocidade não é suficiente para chegar a tempo, meu coração bate acelerado e algo me diz que Amy está em maus lençóis.

Quando me aproximo do local indicado pela mensagem de Carlos percebo logo ao fundo uma casa velha abandonada, o silêncio é tanto que eu posso ouvir o vento sendo cortado.

Pego minha arma em meu coldre e a preparo para qualquer cosia que possa acontecer. Percorro a casa procurando algum sinal de Amy, porém não consigo localiza-la em lugar algum, resolvo então entrar na antiga casa e para meu espanto a porta abre facilmente, o cheiro de bolor e sujeira batem forte em meu nariz.

Ando pelos cômodos da casa e a mesma aparenta estar vazia então resolvo sair pela mesma porta que entrei, porém algo me detém, quando estou a um passo de sair um gemido baixo me deixa em alerta máximo, tento detectar de onde o barulho vem e me pego indo em direção a um velho alçapão de madeira no chão.

Os gemidos se tornam cada vez mais alto conforme chego mais próximo e quando finalmente abro a porta pesada o cheiro de sangue me pega desprevenido, tento ser o mais silencioso possível ao descer uma escada caindo aos pedaços e o que vejo quando termino de descer faz meu sangue ferver quente como lava de um vulcão.

Há uma luz fraca pendurada no teto e ao redor há muita sujeira e bolor quando foco minha visão vejo um homem de pé e há alguém com ele, porém o corpo do homem tampa minha visão e não consigo enxergar quem está em sua frente. Quando ele finalmente sai e consigo ver o meu mundo para por uma fração de segundo, Amy está pendurada por um par de cordas presas ao teto e suas mãos estão presas nela, ela está parcialmente vestida e sangue escorre por seu rosto inchado.

O homem logo volta sua atenção para ela novamente lhe desferindo um novo golpe e juro aos deuses que eu iria matar esse infeliz com minhas próprias mãos. Me aproximo dele e aponto minha arma para sua cabeça, quando estou prestes a atirar Amy olha pra mim, seu olhar está perdido e tenho medo de onde possa estar sua mente. O homem da um longa gargalhada e isso gela minha espinha, esse cara só pode ser louco.

- Hora, hora o que temos aqui? Será que essa é a sua namoradinha puta? - Pergunta o homem ainda rindo.

- Olha só que temos aqui, se não é o merda do seu namoradinho. - Pergunta agora direcionado a pergunta a ela.

O homem se volta para mim e me olha de um jeito perturbador como se pudesse olhar através de mim.

- Esta gostando do Show cavalheiro? – Pergunta ironicamente.

Minha raiva só aumenta chegando ao ápice, o que parece deixar ele inda mais contente. Aponto minha arma para ele e seu rosto se contorce em uma careta fingida de dor. Ele se vira para Amy e tira um canivete de seu bolso isso me faz parar de respirar instantaneamente.

- Atire em mim e ela morre. Solte essa merda de arma– Ele grita do outro lado do cômodo.

Sem outra opção acabo deixando a arma no chão sem tirar os olhos sequer um momento dele.

- O que você quer pedaço de merda? – Grito no mesmo tem para ele.

- Eu a quero, a vida dela. Você pode ver? A vida saindo do seu corpo? É isso o que eu quero. – Diz rindo de minha cara.

- Você só pode ser louco, porque tudo isso? – Pergunto tentando ganhar tempo.

Amy solta um pequeno gemido e isso me matam por dentro, minha vontade é ir até ela e acabar com sua dor, porém eu sabia que eu teria que ir com cautela, teria que entrar em seu jogo maníaco de merda.

- Por quê? Porque sim. Ela se safou uma vez, mais dessa ela não vai se safar. Isso eu posso te assegurar, vou levar a alma dela assim como levei daquela criança maldita.

Minha ficha cai e me sinto um grande idiota por não ter percebido antes quem ele era, Bastian está em minha frente e a única coisa que consigo pensar é em como ele sobreviveu. Eu iria dar um jeito de fazê-lo voltar para a merda do inferno.

Amy toca em suas costas e ele se distrai por uma fração de segundo aproveito então para investir sobre ele, corro para cima dele com tudo o que tenho e lhe ataco na costela com meu punho, assim que caímos no chão tento imobiliza-lo, porém ele consegue se soltar.

Rolamos pelo chão e não perco Amy de vista, tento lhe golpear para tirar o canivete de sua mão e quando eu finalmente consigo o instrumento voa pela pequena sala, Bastian tenta se soltar de meu aperto quando avisto minha arma próxima a mim, tento o máximo para conseguir pega-lá antes que ele fuja para longe de mim, assim que sinto a arma em minha mão aponta-a para ele que para na hora.

- Mais um passo e eu estouro seus miolos. - Grito para ele.

Ele da um passo em minha direção sem nem hesitar, sem outra opção atiro em seu peito em cheio, ele cai no chão uivando de dor, isso teria que ser suficiente até eu conseguir tirar Amy daqui. Corro para ela e assim que chego perto percebo que sua respiração está muito irregular, faço o máximo que posso para soltá-la e quando consigo ela cai lívida em meus braços.

- Oi anjo, vou te tirar daqui ok?

Quando estou indo em direção a escada com Amy em meus braços sinto uma dor forte em minhas costas e vejo que Bastian está atrás de mim, um grito de ódio escapa de meus pulmões e sei que agora eu iria estourar sua cabeça de merda sem dó nem piedade.

Apoio Amy no primeiro degrau da escada e parto para cima dele, lhe dou vários sacos e vejo que seu peito sangra demasiadamente, porém mesmo assim ele não desiste, pego minha arma e olho bem dentro de seus olhos, eu queria gravar seu olhar de merda quando eu tirasse sua vida.

- Diga oi lá no inferno para mim.

Atiro em sua cabeça e vejo quando seus olhos ficam sem vida, corro para Amy e a encontro caída no chão, seu corpo está frio e sua respiração cada vez mais erradica.

- Hey anjo estou aqui, vou te tirar daqui. - Digo levantando-a em meu colo.

- Eu sabia que você viria. Sempre soube. - Diz ela em um sussurro lento.

- Não fale anjo, vou te levar para um hospital. - Digo tocando meus lábios nos dela.

O estado dela parece piorar, seus olhos se fecham e o medo só aumenta dentro de mim, ela não pode morrer não assim, não agora!

- Eu te amo. - diz ela antes de parar de respirar.

Pegando Fogo #Wattys2016 Donde viven las historias. Descúbrelo ahora