2 - "Naked"

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Key West, Flórida - 9:00 AM

O insuportável som do despertador ecoa em meus ouvidos como um grito agudo e sem fim, era incrível como eu ainda precisava de um despertador nas férias, parecia que a praga me perseguia em todos os lugares. Fazer o que, consequências de resolver trabalhar durante o tempo que você deveria descansar.

Me levantei e desliguei o celular de onde o som vinha, em seguida fui ao banheiro e fiz minhas higienes matinais, abri a cortina e entrei no pequeno closet do quarto.

Era o meu segundo dia na casa, fiquei acordada até tarde ontem á noite para deixar tudo organizado no meu quarto. A mãe das crianças queria que elas acordassem até no máximo 10:00 horas da manhã, já que alguns dias a Zoe tinha aula de balé e a Jane de teatro.

Vesti um short jeans escuro cintura alta que tinha um dobradinho no final, um body preto da adidas sem manga, calcei meu vans baixo preto e deixei meu cabelo solto e ondulado natural.

Quando estava prestes a me dirigir para a porta do quarto, ela foi aberta com força e uma Zoe agitada entrou gritando.

"Bom dia, Soph!" gritou e foi em minha direção me dando um abraço. "Tem problema se eu te chamar de Soph? Achei um bom apelido."

"Bom dia, Zoe. Claro que você pode me chamar assim, mas meu pai ganhou de você e começou com esse apelido primeiro." respondi sorrindo.

"Parece que vou precisar ter uma conversinha com esse tal de 'seu pai'." ela disse fingindo uma cara de brava.

"Zoe, eu já disse pra você não sair gritando pela casa de manhã, ninguém é obrigado a acordar com os seus gritos estridentes." disse Jane parando na porta do meu quarto com uma feição de quem havia acabado de acordar.

"Não precisa ficar brava com a sua irmã, para a sua tristeza eu já ia te acordar de qualquer maneira, ordens da mulher que te colocou no mundo." eu disse. A resposta de Jane foi apenas uma feição dramática e triste enquanto ela descia lentamente até o chão deslizando pela parede, fazendo com que nós três começássemos a rir quando ela terminou a cena.

"Vou acordar o irmão de vocês e fazer o café da manhã em seguida, já vão pensando no que querem comer." disse e sai do meu quarto, em seguida as meninas saíram e desceram para o andar de baixo conversando alguma coisa que não prestei atenção.

O segundo andar da casa era para os quartos. No final das duas escadas que saiam do hall de entrada era um pequeno corredor em forma de retângulo que seguia reto de uma porta da escada até a outra, no meio desse "corredor" abria um espaço entre as paredes que dava em um verdadeiro corredor com três passagens: uma porta do lado esquerdo (o banheiro), outra porta no final (quarto dos pais das crianças) e uma abertura na parede em forma de porta do lado direito, essa abertura era onde ficava a escada que subia para o quarto do Dylan, o único cômodo do terceiro e último andar. Já no começo do "corredor"-o do final das escadas-, ao outro lado -que as três janelas eram as da frente da casa- ficam os outros três quartos: a porta ao lado do fim da escada direita era o quarto da Zoe, o da escada esquerda era o da Jane e a porta do meio, em frente ao corredor das três portas, era o meu quarto.

Segui até a entrada da escada de madeira -que era um pequeno retângulo com apenas uma lâmpada- e comecei a subi-la. O final era de cara com a porta de madeira escura do quarto, a única porta que não havia sido pintada de branco na casa. Bati algumas vezes e esperei um tempo, nenhuma resposta.

"Dylan!" gritei seu nome e dei mais algumas batidas na porta, nada de novo.

Desci minha mão até a maçaneta e a girei, por incrível que pareça estava destrancada, agora meu único medo era de ver algo nada agradável dentro do cômodo, mas nada estava acontecendo, literalmente nada. O quarto era todo de madeira e mais espaçoso do que aparentava por fora da casa: o teto se era meio inclinado dos dois lados e se encontrava no meio como um triângulo, havia uma janela do outro lado com um puff azul escuro em baixo, ao lado da janela tinha uma prateleira -também de madeira- que se alongava até o final da parede e continha divisórias na horizontal do começo até o final cheias de livros, a cama era de casal e ficava com a cabeceira encostada na parede direita do quarto, um criado mudo do lado que não tinha a prateleira -lado direito- e uma porta na mesma parede da porta de entrada, deveria ser o closet. Na parede do lado esquerdo -em frente a cama- havia uma escrivaninha com um notebook, abajur/luz de estudos e alguns gibis em cima, e alguns posters de jogadores de basquete estavam colados na parede. No cando da parede esquerda -que vazia a curva com a parede da janela- havia uma espécie de elevação em forma de um cubo com uma porta lá, presumi ser o banheiro.

Depois de reparar no quarto todo, percebi que nada estava acontecendo porque não tinha ninguém lá dentro. A cama estava arrumada com uma colcha de riscos em diferentes tons de azul e branco, a única coisa fora do lugar era um tênis jogado em cima do tapete no final do pé da cama, já que nem mesmo o Dylan estava lá.

Fiquei preocupada e entrei para dentro do quarto, abri a porta que achei ser do closet e apenas confirmei minha teoria, era mesmo o closet, mas nada de Dylan lá. Como eu pude perder um adolescente de 17 anos dentro de casa? Eu sou uma anta.

Corri para o outro lado do quarto e abri a outra porta, me deparando com algo que me deixou aliviada: Dylan estava lá. Mas em seguida assustada: ele estava completamente pelado.

"Ai meu Deus!" disse e fechei a porta rapidamente quando percebi a situação e ele me olhou com os olhos arregalados.

Me virei de costas para a porta e coloquei a mão na minha testa, fechando os olhos enquanto me xingava mentalmente por isso.

"Sabe, as pessoas costumam bater antes de entrar em banheiros alheios, evita que coisas como essa aconteçam." ele gritou lá de dentro.

"Me desculpa, não foi minha intenção te ver completamente pelado, fiquei preocupada quando não te achei aqui no quarto." gritei de volta.

A porta se abriu e ele saiu do banheiro, quando me virei notei que ele tinha apenas uma toalha em volta de sua cintura, mas não pude deixar de olhar para o seu corpo. Alguma coisa justifica ele ser tão idiota e mesmo assim conseguir tantas garotas, Dylan era incrivelmente gostoso e lindo. Algumas gotas caiam de seu cabelo úmido e desciam por seu abdômen magro e definido, e meus olhos as acompanhavam até chegar na borda da toalha, o que tinha embaixo daquele tecido esteve exposto alguns segundos atrás, mas eu não havia realmente visto, o susto foi tão rápido que não deu tempo disso. Não que eu quisesse ver, não mesmo.

"Gosta do que vê?" ele perguntou me tirando do transe.

Sim.

Subi meu olhar rapidamente para o seu rosto, que estava com aquele sorrisinho de ontem, então respondi como se nada estivesse acontecido e nenhum pensamento pervertido passado por minha mente.

"Você deve ser incrivelmente narcisista para fazer uma pergunta idiota dessas." disse e o sorriso apenas aumentou, mostrando seus dentes.

"Talvez eu seja. Estou muito chateado com você, Sophia." ele disse se aproximando um pouco de mim.

"Por que?" perguntei confusa, ainda parada no mesmo lugar.

"Porque você pulou todos os passos e já me viu sem roupa, é quase sem graça." se aproximou um pouco mais, arregalei os olhos quando percebi do que ele realmente estava falando.

"Não se preocupe, eu não consegui ver mais do que estou vendo agora." respondi rapidamente, então percebi o que havia feito pelo sorriso que se formou novamente em seu rosto. "Não que eu queira seguir nenhum desses seus 'passos' de pervertido, não foi isso que eu quis dizer." completei e ele já estava bem próximo de mim.

"Enfim, o que eu acho é que só tem uma maneira de realmente ficarmos quites então, mas não se preocupe, não precisamos resolver isso hoje." ele falou.

"E qual seria essa maneira?" perguntei com um olhar confuso e meio desafiador.

Dylan soltou uma leve risada e abaixou seu rosto até o lado do meu ouvido, onde cochichou as seguintes palavras dessa dívida:

"Eu vou tirar cada peça da sua roupa e te ver completamente pelada, e você vai gostar disso, Soph." quando sua voz rouca e baixa soou em meu ouvido puxei uma grande quantidade de ar e arregalei os olhos sentindo minhas pernas ficarem bambas.

"O café da manhã deve ficar pronto em 20 minutos, é só descer para a cozinha quando ficar fome." disse rapidamente e sai do quarto, fechando a porta atrás de mim.

Eu não sei o que aconteceu ali dentro, Dylan disse aquilo como se fosse uma promessa que ele iria cumprir, e eu deveria estar achando ruim, eu estava achando ruim, nunca iria acontecer, de modo algum. Então por quê uma parte do meu corpo parecia implorar que ele realmente cobrasse essa dívida?


*

oioi mo's,

desculpa a demora para atualizar, a escola tá me engolindo 24/7, mas vou tentar organizar tudo direitinho.

preferem capítulo novo toda quarta ou quinta?

votem e me digam o que acharam do capítulo.

-xoxo, Tia Cu

A Nova Babá - Dylan O'brien & Sabrina CarpenterWhere stories live. Discover now