Capítulo 14 - Vista sua máscara de Mentiroso

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Cap betado pela Nonna <3

Leiam as notas finais




Mais por costume do que por vontade, Ino havia acordado logo cedo, por volta das cinco ou seis da manhã, embora tivesse ido dormir tarde. A respiração de Gaara contra seu pescoço provocou um arrepio suave e gostoso em sua pele, ela chegou a suspirar graças ao calor que o corpo dele emitia. Com cuidado, desvencilhou-se dos braços em sua cintura e se arrastou para fora cama. Vestiu a camisola, apenas porque não gostava da textura da cadeira onde agora se sentava. Abriu a gaveta de sua escrivaninha, tirou de lá o caderno A4 e alguns lápis, pois demoraria demais pegar o carvão e Gaara poderia acordar no processo.

O quarto estava escuro demais para o que queria fazer. Deixou os objetos sobre a cadeira e foi até a janela abrir sutilmente a cortina, apenas o suficiente para que as luzes da rua e da lua entrassem no ambiente. Sorriu ao visualizar melhor o rosto de Gaara. Sim, perfeito. Voltou rapidamente para a cadeira e se pôs a analisar o modelo.

O lençol estava parcialmente caído, a nudez de Gaara era coberta apenas em algumas partes, mas as pernas, o quadril e os braços ainda se faziam visíveis. Deitado de bruços, com o rosto na direção dela, braços colocados em curvas embaixo do travesseiro. Adormecido, o sorriso convencido e os olhos sedutores não podiam a atingir, mas, ainda assim, o fascínio por ele não desaparecia.

Desenhou-o, com calma e leveza, sentindo o lápis percorrer a folha sem pressa ou obrigação. Aquele desenho não era para seus esboços, para suas pinturas, não... Aquele seria dela, uma lembrança, uma doce e quente lembrança do modelo.

Se fosse sincera com Gaara, lhe diria que seu empresário compartilhava do medo a respeito dos novos quadros. Kakashi estava com os nervos à flor da pele pela sua insistência em retratar logo Gaara, ignorando a profissão dele ou o impacto que isso poderia causar em sua carreira. Mas o que poderia fazer? Já havia tentado outros modelos, e era a imagem de Gaara que vinha a sua mente! Além disso, gostava dele... Quer dizer, era divertido ser provocada, ser tentada... Era ousado. É, ousadia. Era isso que os olhos de Gaara mostravam em sua pintura: ousadia, provocação, sedução, mas com aquela promessa subentendida de ser um amante quente e carinhoso, como ela mesmo havia, há poucas horas, provado.

Ouviu o toque baixo de um celular e pulou, assustada, da cadeira. Levantou-se rapidamente e foi até o criado-mudo, onde estava o telefone de Gaara. Deveria atender? Deveria acordá-lo? Olhou para a tela. "Hina". Hina? Seria Hinata? Imediatamente, lembrou-se da amiga, que ele enfatizara não ser namorada, e suspirou. Só o que faltava era ele ter mentido.

— Alô?

Alô? É... acho que liguei para o número errado, desculpe — Hinata falou, confusa.

— Hinata?

Ino? O qu...? Ah, esquece. Ele está dormindo?

Sim.

Pode pedir para ele me ligar quando acordar? É importante. Ou então peça a ele que venha o mais rápido possível para Akatsuki.

Certo, eu aviso sim.

Obrigada. Boa sorte com os quadros e boa noite.

Boa noite.

Desligou o celular, aliviada, e o colocou de volta no lugar.

— Que feio... — Ouviu uma risada sonolenta. — Não devia atender o telefone dos outros.

Ino mordeu o lábio inferior enquanto Gaara se sentava sem se importar com o lençol que já não cobria mais nada.

Jogo de MáscarasWhere stories live. Discover now