Capítulo 27 - Vistam suas máscaras de aliados

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Itachi segui Hiashi e Ten-Ten pela casa. Na sala de estar, Hiashi sentou-se em um sofá, indicando o outro a Itachi enquanto Ten-Ten parecia incerta sobre acompanha-los ou não. Hesitante, ela sentou-se de frente a Itachi e sorriu forçadamente enquanto Hiashi um copo d'água para um dos empregados.

Itachi não sabia o que mais o deixava incomodado, se era o sorriso genuinamente satisfeito de Hiashi ou o nervosismo óbvio, para ele, de Ten-Ten, que brincava com uma caneta entra os dedos. Notou quando ela acenou discretamente para um dos seguranças atrás de si, viu quando ele assentiu antes de pegar o celular e parecer digitar, apressado e discreto, alguma coisa. Enquanto isso, Hiashi bebia água, tomando um longo gole antes de começar a falar:

— Sabe o que eu considero mais importante na minha vida, Itachi? Família. Não somos nada sem a nossa família, sem aquele que mais amamos e que mais nos amam. Não concorda comigo?

— Concordo — Itachi respondeu, seco.

— Eu me preocupo com a minha, vê? Com meu sobrinho, com o que dizem sobre ele, com sua esposa, com a saúde dela. E é por isso que você está aqui. Afinal, preciso resguardar minha família, certo? — Hiashi sorriu de canto, juntando as mãos sobre o colo.

— Sim, é importante se precaver, ainda mais quando se suspeita de algo. — Itachi devolveu o sorriso, educadamente.

— A pessoa que te recomendou a mim disse que você estava no exterior em um trabalho voluntário. Deve ser difícil ficar longe de casa por tanto tempo, deve ser difícil tomar conta da sua família estando tão longe. Ela deve sentir sua falta, não?

— Imagino que sim, mas é como o senhor disse: nossa família é o que temos de mais importante, então, eu sempre volto quando ela precisa de mim — Itachi explicou, sereno, como se conversasse com um amigo qualquer.

— Sim. — Hiashi riu. — Temos que fazer de tudo por nossa família. Como deve ter ficado sabendo, Ten-Ten passou muito mal esses dias e chegou até mesmo a ir para o hospital e passar a noite lá. Imagino que por conta do nervosismo causado por um jornalistazinho. Sabe como eles são, não? Não sabem a hora de parar e acabam passando dos limites. Nós damos algumas chances, enviamos avisos... — Ele sorriu e passou a mão pelo cabelo com descaso. — Mas alguns não compreendem, e, então, temos que tomar medidas mais severas infelizmente. Afinal, não podemos deixar impune quem se atreve a importunar nossos entes queridos.

Itachi estreitou o olhar antes de concordar com a cabeça e sorrir ao se sentar mais confortavelmente no sofá.

— Compreendo perfeitamente.

— Compreende? — Hiashi arqueou a sobrancelha.

— Sim. — Itachi riu, suave. — Meu irmão sempre é importunado e, como irmão mais velho, eu detesto ver pessoas infernizando a vida dele. Anos atrás, tive que até mesmo pedir ajuda a alguns amigos quando meu irmão passou a receber... avisos. Felizmente, tudo foi resolvido rapidamente, sem nem mesmo ele saber que interferi. Ser amigo da Ministra da saúde tem lá seus privilégios, não?

— Conhece a Ministra? — Hiashi perguntou, sem acreditar de fato no que ouvia.

— Conheci a Ministra Kurenai no parto do filho dela e, quando residente, ajudei n a cirurgia cardíaca que o marido dela, Asuma, precisou fazer de emergência. Acabei me tornando médico particular da família — explicou corriqueiramente.

— Entendo... E a Ministra certamente possui muitos contatos.

— Com certeza. — Itachi sorriu de canto. — E é com isso que conto muitas vezes. E, é claro, esse é um exemplo... Meu irmão é uma pessoa que, como posso dizer — Riu. —, ele... atrai certos problemas. Creio que ficarei velho antes da hora graças a ele. Ganho um fio branco toda vez que tenho que vir tirá-lo de alguma confusão. Mas é como o senhor disse, nossa família é o que temos de mais importante, não devemos poupar meios para protege-la.

Jogo de MáscarasWhere stories live. Discover now