Capitulo 2

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Quando Jorge despertou, Silvia continuava dormindo como uma pedra, ele aproveitou que ela esta dormindo, e aproximou-se dela, sem o medo de ser renegado, ele tocou sua fina cintura, acariciando sua pele por cima do fino tecido de sua camisola, ela se moveu e ele assustado retirou sua mão dela. Observou ela por alguns instantes, ele via a sua velha Silvia dormindo, e então aproximou seu rosto do dela, retirando alguns fios de cabelo de sua face, e uniu seus lábios com o dela, mas ele não aprofundou o beijo, tinha medo que ela não gostasse. Saiu da cama indo para o banheiro, onde fez suas higienes.

Silvia despertou e percebeu que. Jorge já não estava mais deitado ao seu lado, mas ela percebeu que tinha alguém no banheiro e logo concluiu que era ele. Ela então voltou a tentar dormir novamente, e quando ele saiu do banheiro, com apenas uma toalha branca envolvida em sua cintura, Silvia apenas desviou o olhar constrangida, por mais que ele fosse seu marido, esse tipo de situação, a deixava mais desconfortável que o normal.

Ele sabia que ela estava acordada, mas resolveu ficar em silêncio, se ela queria fingir que estava dormindo, que fingisse então. Ele trocou de roupa e logo desceu para tomar café da manhã. Quando ela percebeu que ele tinha saído do quarto, sentiu-se mais confortável, tomou um banho demorado, vestiu um de seus vestidos mais simples, mas ela não queria descer, não queria encontrar ele.

Jorge tomava seu café manhã, lendo sempre o jornal enquanto comia suas torradas, estava quase tudo como sempre, à não ser pelo fato da sua esposa não esta alí, eles sempre tomavam café juntos, ele sempre lendo o jornal, e ela reclamando porque não gostava de leitura na hora das refeições. Luna entrou sorridente na casa dos amigos, e foi diretamente para a cozinha, queria ver a sua velha amiga, que depois do acidente não tinha visto ela ainda, mas sabia de sua amnésia.

- Bom dia!- ela falou, surpreendendo a Jorge, que lia seu jornal atentamente - cadê a gorda?

- Bom dia - Jorge fala ainda lendo seu jornal - a Sílvia, ainda está lá no quarto, e provavelmente ela não vai descer até que eu tenha ido embora- ele disse deixando amostra sua frustração.

- Você brigaram?

- Luna minha querida, um casal só briga quando se falam, e ela não faz a menor questão de me olhar, imagina só falar comigo, deve ser um sacrifício pra ela ter que dormir ao meu lado.

- Jorge tenta entender ela - disse Luna enquanto sentava-se a mesa, e pegava uma das torradas - ela não lembra de você, na verdade de ninguém, ela esta confusa e deve esta com medo.

- Eu estou tentendo entender o lado dela - ele diz fazendo uma pausa, e para de ler o jornal - mas e o meu lado? Um dia vou trabalhar, e recebo a noticia que a minha esposa foi atropelada, passo duas malditas semanas de pura aflição, e quando ela acorda descubro que ela não faz a menor ideia de quem eu sou, e pra piorar parece que eu a incomodo a cada dia mais- ele faz uma pausa e não consegue conter as lágrimas- Luna, você não tem noção de como ela me olha, é horrível, é um olhar de nojo, como se tudo que ela quisesse é que eu fique a 1000 metros de distância, e tudo que eu quero é a minha esposa de volta, a minha Silvia novamente ao meu lado, quero aquela mulher alegre e sorridente por quem me apaixonei, quero ver ela brincar com as pessoas sem receio, quero ver ela se irritar por esta sendo contrariada, eu quero ela de volta.

Luna segura a mão do amigo, como quem dá apoio, o sofrimento dele era visível e ela sabia que nada do que pudesse falar, iria ajudá-lo, então apenas sorriu.

- Eu vou subir para falar com ela - ela disse levantando-se - quando você vai voltar a trabalhar?- ela perguntou antes de deixar a cozinha.

- Em algumas semana, mas se as coisas continuarem assim, vou pedir para voltar o mais rápido possível.

Memory • Parte IWhere stories live. Discover now