37. arrepio

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Hopkins puxou Clark, ainda arrepiada, para fora da pequena torre. O vento batia com força nas árvores do imenso jardim, espalhando fagulhas pelo ar. Caminharam pelo telhado, procurando por um ponto mais baixo para descer, quando Hopkins parou.

Através de uma grande janela semidestruída, viu Holt, do primeiro andar, dar ordem aos homens que colocavam fogo no resto do palacete. Se entrassem por aquela janela, cairiam no segundo andar e, se fossem rápidos o bastante, pegariam o colar de volta e fugiriam daquela merda antes que fosse tarde demais.

Clark, ainda com o rosto pálido, segurou o pulso dele. Hopkins franziu o cenho para ela.

— Estamos do lado de fora e você quer voltar ao inferno?

— Não podemos deixar esse filho da puta vencer — retrucou ele. — E se ele achar essa porra desse Cofre dos Romanov...

— Isso não existe, Hopkins. — Clark ergueu o corpo, ainda segurando o pulso dele. Ela suspirou ao ver a expressão no rosto dele. — Você é doido. E quer saber? Que seja. Vamos voltar ao inferno. Qualquer lugar é melhor do que esse telhado miserável.

Ele sorriu e assentiu, abrindo a janela. Desceram com um ruído no piso de madeira do palacete, sendo abraçados instantaneamente pelo calor das chamas que lambiam as paredes. Hopkins engoliu em seco e trocou um olhar com Clark.

Se esgueiravam pelo andar vazio à procura da escada para chegar a Holt, quando um capanga armado, saindo de um dos salões, deu de frente com eles. De olhos arregalados, o homem gritou:

— Os malditos ainda estão aqui, Holt!

Apontando o fuzil, o capanga atirou contra os dois.

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