40. necessidade

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Ele abriu os olhos quando ouviu a risada dela. Levou alguns segundos para perceber que havia cochilado no sofá da sala da cabana, com a perna em cima da almofada da mesinha. Hopkins grunhiu, aceitando a cerveja que Clark lhe oferecia.

— Que horas são? — murmurou ele, esfregando os olhos.

— Tarde. —  Clark riu, sentando-se ao seu lado. Ficaram em silêncio, ouvindo o vento balançar as árvores do lado de fora. Hopkins tomou um grande gole de cerveja, desconfiando daquela quietude inesperada dela. — Como está sua perna?

— Ótima. Foi só a viga de sustentação de um palacete de trezentos anos que quase a esmagou. — Ele riu e tomou outro gole. Clark sorriu com o canto dos lábios. Ficaram em silêncio mais uma vez. Hopkins balançou a cabeça e riu novamente. — Sabe, você é fascinante.

— Explique-se.

— Você faz isso desde a faculdade, Liz. — Hopkins estalou os lábios, sentindo o gosto da cerveja invadir sua garganta. — Quando você queria sexo, mas não queria pedir, ficava sentada na minha cama, falando sobre... amenidades. E nós sabemos o quanto você odeia falar sobre amenidades.

Ela o encarou um instante, baixando a cabeça log em seguida para esconder o sorriso. 

— Pelo menos funciona?

— Funciona. Mas foi você quem quis manter as coisas no nível profissional, meu bem. — Ele terminou de beber logo antes de sentir os lábios de Clark no lóbulo de sua orelha. — Liz.

— Vamos revogar essa decisão só por hoje, Liam.

Você é um fraco, cara. Clark chegava com meia dúzia de palavras excitantes e os pelos da nuca de Hopkins se arrepiavam, seu estômago dava voltas e ela se tornava, de repente, uma necessidade primária.

— Mas você vai precisar me carregar para a cama — ele murmurou contra os lábios dela. — E ficar por cima de mim a noite toda, se você não se importar.

O rosto de Elizabeth Clark se iluminou. Liam Hopkins sorriu.

Aquela seria a melhor decisão que tomaria no ano.

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