44. reconhecer

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Estavam andando pelos jardins há trinta minutos, vasculhando bancos de pedra em ruínas, paredes repletas de limo e ouvindo risadas quando Hopkins secou o suor da testa. Ele pensou em todo o interior da fortaleza que precisavam examinar e quis se jogar na grama bem aparada, entre duas alemãs sorridentes, e morrer. De repente, Clark tocou seu braço.

— Ali, Hopkins!

— O quê?

— Charlie. — Ela indicou com um olhar. Hopkins franziu o cenho ao ver a figura alta e loira de Charlie caminhar apressada entre os turistas. Clark riu. — Eu reconheceria o topo daquela cabeça em qualquer lugar.

— Pelo amor de Deus, não me fale os motivos. — Hopkins franziu o cenho, erguendo o pescoço para enxergar Charlie com clareza entre os turistas.

Clark riu outra vez, tomando-o pelo braço. Charlie caminhava rapidamente para o interior da fortaleza, se misturando a turistas belgas para não levantar suspeitas. Já no interior da construção de pedra, sem tirar os olhos de Charlie, Clark apertou o braço de Hopkins e confidenciou:

— Não se preocupe, querido. Você sempre foi melhor de cama.

— Muita informação, Liz — Spankin' reclamou no comunicador auricular, recebendo uma risada dela como resposta. Hopkins estava vermelho. — Informação demais.

— Ora, querida, você já é grandinha o suficiente para saber de onde os bebês vêm...

— Só Deus sabe o quanto eu gostaria de ser surda às vezes.

— Eu também, garota. Eu também. — Hopkins suspirou, coçando o bigode falso. Charlie enveredou por um corredor. Ele apertou o braço de Clark. — Vamos pegar esse filho da puta.

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