Capítulo 136

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C4 narrando:
Passei um bom tempo sentado no banco da recepção pensando em como seria tudo daqui pra frente e em como eu ia continuar minha rotina sem minha morena do meu lado.
Uma das enfermeiras da Maju passou por mim e eu chamei ela com a mão.
C4: Posso ver minha mulher?
Enfermeira: Claro! Mais tem pouco tempo que ela saiu da sala de cirurgia então... mantenha a paciente quieta! (falou e eu concordei com a cabeça)
Enfermeira: Quarto 301!
C4: Valeu! (acenei e levantei do banco saindo dali)
Atravessei um corredor enorme procurando pelo quarto dela e foi quando eu vi o número 301 que era o último quarto daquele corredor.
Parei de frente pra aquela porta branca e encarei ela nervoso, segurei na maçaneta e abri ela dando uma olhada geral no quarto.
Entrei, fechei a porta e fui me aproximando com cuidado da cama aonde minha morena tava deitada.
Sentei na poltrona que tinha do seu lado e encarei o seu rosto, ela tava pálida e os cabelos pretos dela jogados pra um lado só.
C4: Até nessas horas você continua linda, né morena!? (alisei seu rosto)
Minha vontade era de tirar ela dali e meu coração doía por saber que eu não podia fazer nada por ela.
A Maju sempre foi tão corajosa, mais corajosa do que eu que sempre paguei de fodão por cuidar da porra de um morro e só eu vi a dor que ela sentiu naquela sala pra poder salvar a vida da nossa filha.
C4: Puta que pariu! (levantei da poltrona e sai daquele quarto)
Era perturbador demais ver ela naquele estado.

[...]

Esperei em frente a salinha da maternidade e logo a enfermeira saiu com minha filha nos braços.
Enfermeira: O senhor que segurar ela? (me encarou)
C4: Acho melhor não!
Enfermeira: Que isso! Não precisa ter medo! (ela falou já me entregando)
Peguei minha filha no colo com cuidado, a enfermeira ajeitou ela direitinho nos meus braços e depois saiu dali.
Ela era tão levinha e pequena, parecia que ia se desmontar a qualquer momento.
Tinha quase um 1kg de bochecha, tava com olhinhos aberto e tinha bastante cabelo pra uma recém - nascida, ele era preto e liso igual o da mãe.

Ela era linda!

Linda igual a mãe!

Me senti o maior pai babão.
Ela era tão delicada e a vontande que eu tinha era de passar dias segurando ela no colo.
Aproximei sua cabecinha da minha e dei um beijo na testa lisinha dela, sentindo aquele cheirinho bom de bebê.
C4: Sua mamãe tá meio mau filhota, mais prometo fazer de tudo pra ela melhorar viu princesinha!? (falei baixinho e ela abriu um sorrisinho lindo)
C4: kk só você pra fazer o papai sorrir depois de aguentar um baque desse. Te amo meu amor! (alisei sua mãozinha pequena)
Xxx: Gostou da roupinha? Presente do padrinho e da madrinha! (falo e eu me virei encarando a pessoa)

...Cadu!

Ele parou do meu lado e olhou pra minha pequena.
Cadu: Ela é linda, né? (me encarou)
C4: Nunca me derreti tanto por uma pessoa assim, sabia? (sorri e ele também)
C4: Conversei com o médico que fez o parto da Maju!
Cadu: Pois é, já fiquei sabendo do estado dela! Como que tu tá parceiro?
C4: Hum! Foi horrível ver ela praticamente morrendo na minha frente, ela nem chegou a ver nossa filha cara. Queria que ela sentisse a paz que eu senti quando eu peguei nossa princesinha, sabe!? Queria que ela tivesse aqui agora, reclamando de alguma besteira que eu fiz ou fazendo manha por a gente ainda não ter arrumado o quarto da nossa filha! (falei sorrindo só de pensar em como seria)
Cadu: No começo é barra pra todo mundo, igual tá sendo...
mais sinceramente!? Aquela pequena ali é foda, ela sai dessa fácil! Basta a gente ter fé, principalmente você!
C4: Faço qualquer coisa pra minha mulher voltar bem pra nossa família!

Nosso AmorWhere stories live. Discover now