Capítulo 194

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1 mês e 10 dias depois...

C4 narrando:
Sai do banheiro e encarei minha morena deitada na cama.

C4: Tu não tem que sair hoje?
(deitei do lado dela e beijei o seu pescoço)

Maju: Tenho! Você vai ficar bem, não é?
(me encarou)

C4: Sei que tu me ama morena, mas não precisa se preocupar! Já sei me cuidar!

Maju: Estou falando em relação à cuidar dos meninos... (revirou os olhos e sorri)

C4: Pode deixar pô! Sou um ótimo pai!
(me gabei e ela deu risada)

Maju: Idiota!

C4: Idiota que tu ama! (beijei ela)

Maju: Muito! (sorriu e levantou da cama)

Ela estava só de calcinha e um top, ela deu a volta na cama e saiu em direção ao banheiro me dando visão da bunda maravilhosa dela.

________________________

Maju narrando:
Já se passaram quase dois meses.
O meu treinamento com o Guaraná acabou faz duas semanas e eu já estou no comando da Rocinha.

Tô gostando de ser patroa.

Os moradores me receberam muito bem, o quê foi uma surpresa, eu já estava me preparando mentalmente pra ser muito mau tratada por todos eles.

Mas enfim. Não fui.

Hoje é sábado e meio que o C4 me deu um dia de folga dessa rotina maluca de ser mãe, então, marquei um horário na manicure e logo depois eu ia fazer a última prova do meu vestido de noiva, afinal, faltam só 8 dias pro tão esperado dia.

Tomei um banho bem rápido, fiz a minha higiene bucal, sai do banheiro, vesti blusão com a estampa verde militar, um short jeans preto, calcei o meu adidas, coloquei minha pistola na cintura e sai do quarto enquanto fazia um coque frouxo no meu cabelo.

Desci as escadas, peguei minha bolsa e o meu celular encima do sofá, dei bom dia pra Mari, peguei minha garrafinha de chá gelado na geladeira e uma maçã na fruteira.

Maju: Vish! Tô atrasada Mari!
(falei olhando a hora no meu celular)

Mari: Tem certeza que não quer comer mais nada? Se quiser eu preparo um misto rapidinho! (me olhou e eu sorri)

Maju: Quero não Mari, brigada!
Se eu sentir fome, lancho em algum lugar... Cuida dos meus meninos!
(mandei beijo pra ela enquanto saia de casa)

Cumprimentei os vapores que estavam sentados na calçada e já fui descendo o morro em direção à boca.

Passei perto da casa do Guaraná e vi a Carol conversando com a vizinha, aproveitei e falei bem rápido com ela, me despedi com um abraço e voltei a descer o morro.

Xxx: Olha só o quê temos aqui...
(escutei uma voz fina e enjoada atrás de mim)

Arrumei minha bolsa no ombro e fui me virando lentamente.

...Raquel!

Sabe aquele cabelão preto dela que ia até a bunda? Pois é, está curto e ressecado.
Ela não estava mais com aquele corpão de meses atrás, agora ela está magra, com olheiras escuras e bem fundas, o rosto está só o osso.
Por um breve momento, eu senti pena dela.

Maju: Já se passaram meses e você ainda me persegue? (encarei ela)

Raquel: Eu ainda tenho esperança...
Esperança de ter o meu homem de volta, acha que essa brincadeirinha de vocês de papai e mamãe vai durar pra sempre? Acorda pra vida, viu bonequinha de luxo? Porque um dia ele cansa de brincar de casinha!
(piscou com deboche)

Dei uma gargalhada alta.

Maju: Então quer dizer que a piranha encubada ainda tem esperanças com o meu namorado? Foi isso mesmo que eu ouvi Raquelzinha? (me aproximei dela)

Num movimento rápido, agarrei ela pelos cabelos e joguei ela no chão com força.

Maju: O DONO DESSA PORRA TODA AQUI ME AMA VAGABUNDA!
É COMIGO QUE ELE DORME TODA NOITE, É COMIGO QUE ELE VAI SE CASAR DAQUI ALGUNS DIAS!
VÊ SE ACORDA PRA VIDA VOCÊ, PORQUÊ EU JÁ TÔ ACORDADA A MUITO TEMPO E ENQUANTO VOCÊ TÁ DORMINDO, EU TÔ CONSTRUINDO O MEU CASTELO! (gritei chamando a atenção dos moradores que moravam ali perto)

Respirei fundo e olhei pra ela.

Maju: Você não sabe com quem está mexendo piranha, então se eu fosse você não ficaria crescendo pro meu lado? O recado tá dado!

Raquel: Diz aí, a princesinha do morro tá bem protegida? Fiquei sabendo que ela vai ter uma surpresinha hoje...
(falou com raiva e eu me virei encarando ela)

Maju: Vou falar só uma vez!
Se você tocar um dedo na minha filha, unzinho que seja... EU TE MATO!
Eu vou fazer questão de inaugurar as minhas balas novinhas em folha na tua cabeça e te mandar embalada numa caixa como um presentinho pro diabo! (sorri fazendo ela me encarar com ódio)

Dei as costas e voltei à descer o morro.

Nosso AmorUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum