Capítulo 198

3.3K 182 48
                                    

Maju narrando:
Foram nove horas de espera. De angústia.
O morro inteiro estava sofrendo junto com a gente, os meninos procuraram de canto à canto dos principais morros e nada.

Nenhum rastro daquela vagabunda.

Mas uma coisa eu posso agradecer, essas nove horas de espera só me deixou com mais raiva ainda, à cada minuto que passa eu penso em uma forma diferente pra matar ela.

Aquela vagabunda levou minha pequenina por vingança, ela sabia que ia conseguir me atingir se pegasse os meus filhos, mas como o Teteu também é filho dela, ela preferiu levar minha filha.

O certo mesmo, seria ligar pra polícia.
Mas como que liga? Vou ligar pra emergência e falar que a filha do maior traficante do Rio de Janeiro foi sequestrada? Não. Isso não.

Cobra: Consegui! Caralho parceiro...
A Raquel está em uma casa no matagal que tem aqui por perto, eu também aproveitei pra rastrear os capangas e eles estão no mesmo endereço!
(falou enquanto olhava do notebook pro C4)

O Caique me encarou por longos segundos, levantei do sofá num pulo e já fui saindo do quartinho.

[...]

Desbloqueei o meu celular e olhei a hora...
19h e 47 minutos, bloqueei o celular de novo e voltei a olhar pro barraco de madeira aonde está minha filha.

Escutamos um barulho vindo do barraco, a porta se abriu e por ela saíram dois caras.

C4: Os capangas...
(sussurrou e eu concordei)

Os dois caras deram uma volta ao redor do barraco e logo depois entraram dentro de um carro saindo dali.

O C4 abriu a porta do carro com cuidado pra não fazer nenhum barulho e me encarou, eu respirei fundo e guardei o meu celular.

Recarreguei minha pistola, coloquei ela na cintura, ajeitei a faca prateada que eu tinha escondido no meu calcanhar e peguei outra pistola já recarregada no banco de trás.

1...
2...
3...
4...
5...

Abri a porta, desci do carro e apenas encostei a porta pra ela não fazer nenhum barulho.

Fomos andando lentamente até o barraco, era uma "casa" suja, estava toda destruída, como se tivesse sido queimada, porém era bem grande.

O C4 olhou pra trás e encarou os meninos que estavam nos carros de trás, carregou a arma e me encarou.

C4: Eu te amo morena! (me beijou)

Maju: I love you mozin!
(pisquei e ele sorriu)

Segurei firme na pistola, o C4 se posicionou e em questão de segundos as portas do barraco já estavam no chão.

C4: O show começou!
(sorriu e foi entrando na frente)

Até então estava tudo escuro, foi quando as luzes se acenderam dando a visão perfeita da Raquel com a minha filha no colo e o capanga dela apontando uma arma na direção da minha bebê.

Raquel: Até que a pirralha é bonitinha!
Pena que vai ficar órfã! (sorriu e tirou uma arma da cintura apontando ela pra mim)

Nosso AmorWhere stories live. Discover now