CAPÍTULO 2

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Viollet.

Estou completamente paralisada com a presença da pessoa a minha frente, lógico que eu o amo, senti falta dele como o inferno é quente, mas, nesse momento eu não queria ve-lo, e muito menos queria que ele soubesse onde estou, falta pouco tempo e agora ele pode estragar tudo, agora é só um suspiro pra "ele" saber onde estou e vir até mim, vejo o homem ao seu lado colocando o telefone no ouvido. Droga tenho que fazer alguma coisa, respiro fundo e deixo que ela saia.

- Desligue - Digo encarando o homem que me olha assustado - Desligo se ainda quiser manter seu emprego, ou eu vou ter suas bolas em cima dessa mesa antes que possa dizer Aí - Ele rapidamente desliga, guarda o celular no bolso e me olha assustado. Droga preciso me controlar, ela esta voltando.

- Violeta - diz o Fellipo, levanto minha mão o calando.

- Boa tarde senhores, estamos em uma reunião de trabalho por isso peço que só falemos de assuntos importantes - Digo deixando meu aviso bem claro, sem conversas.

Depois da pequena demonstração de poder da minha parte o clima ficou tenso, mas logo Enzo tomou a frente e a reunião seguiu normalmente sem mais confusões, eu tentei ao máximo ficar invisível e acho que consegui, mas sei que quando estivermos só o Enzo vai querer saber o que está acontecendo, vez ou outra peguei o Fellipo me olhando e percebi que isso estava deixando o Enzo incomodado.

- Foi um prazer senhores, nós entraremos em contato em breve quando o contrato estiver pronto- Droga agora que ele vai querer saber mesmo.

- Nos falamos em breve - Diz o Fellipo apertando a mão de Enzo. Enzo pega minha mão e praticamente me arrasta pra fora do restaurante, e eu só posso agradecer por isso, quando o motorista dele para em frente ao restaurante, eu solto o ar que estava prendendo, menos um problema com que me preocupar,  estou fugindo? Estou sim, ele me puxa até o carro e quando vamos entrar ouço um grito.

- Violeta espere - Droga Fellipo, ele corre até parar em minha frente - Violeta eu acho que nós temos que conversar.

- Nós não temos nada pra conversar, passar bem - Digo me virando mas ele segura o meu braço. Olho pra ele e percebo que ele está pensando no que falar.

- Pietro casou - Meu coração falhou, o idiota do Pietro não pode ter casado.

- Pietro casou? Como assim? - Agora lembro de algumas cartas que chegaram da Itália e eu simplesmente joguei fora.

- Você não ficou sabendo? - ele pergunta.

- Sim, mas eu não pude ir - Digo.

- Violeta eu sinto sua falta...falta de quando você preparava o nosso jantar, de quando você corria pra minha casa quando sabia que iria chover porque tem medo de trovão, sinto falta até quando brigava comigo, você precisa voltar pra minha vida, você é minha outra metade lembra- Ele diz me olhando nos olhos pra que eu veja a verdade neles, uma das coisas que sempre admirei em Fellipo foi isso, ele se importar com as mínimas coisas isso é algo que o deixa mais encantador.

-Fellipo você sabe que isso  não vai acontecer e você sabe o porque - Ele tenta falar mas eu não deixo- Eu não tô pronta pra voltar, eu estou bem longe de tudo e de todos, você viu o jeito que eu tratei aquele cara? Eu não posso voltar, eu não quero aquela vida de volta, eu desejo mesmo que você seja feliz - Digo e entro no carro sendo seguida pelo Enzo, ele fecha a porta do carro e finalmente as lágrimas caem, foi difícil dizer não pra ele, droga, droga, droga, isso tinha que acontecer agora? Logo agora que estava ficando forte pra voltar, ter visto ele me fez ficar mais fraca. Porque esse encontro tinha que ser como casca de ferida rápido e indolor.

Logo que chegamos a empresa eu fujo dos olhares curiosos entrando no elevador com Enzo no meu encalço, assim que as portas se abrem eu corro por todo andar até chegar nas esquecidas escadas de emergência, corro pelos degraus subindo de dois em dois até que chego finalmente ao teto do prédio, inspiro o cheiro das rosas, o José tem razão isso acalma, sempre que Enzo brigava comigo ao ponto de me fazer sentir uma péssima funcionária eu corria pra cá e ficava pelo tempo que fosse necessário até que me acalmasse, a alguns meses o José descobriu esse lugar e resolveu dar um pouco de cor, ele começou a trazer vasos de plantas, depois trouxe  um tipo de tapete onde ele começou a plantar flores, trouxe algumas almofadas e transformou em um verdadeiro jardim.

Corro até as almofadas que tem amontoadas no meio do jardim, deixo-me cair sobre meus joelhos e mais lágrimas caem, droga de coração, droga de Fellipo, eu não sabia que sentia tanta falta dele assim até que o vi, minha vontade era de abraça-lo e não soltar mais, droga sinto falta dele e de todos que deixei pra trás, Pietro,  meu Deus Pietro casou? Pego minha bolsa e tiro meu celular, Pietro, tenho que falar com o Pietro, disco o número que nunca esqueci, espero enquanto o celular chama.

- Alô - Ouço a voz que faz meu coração da um salto.

- Gigante - digo animada

- Violeta? ai meu Deus Violeta é você? Quanto tempo, como você está? Onde está? Eu estou morrendo de saudades - Diz em um folego só.

- Calma, eu estou bem e estou morrendo de saudades, eu estou morando em Manhattan, eu fiquei sabendo que você casou como assim? - digo sorrindo da agonia dele, mas acabo não conseguindo esconder minha decepção com a pergunta.

- Eu falei com a Sofhia e pedi pra ela te mandar um convite do casamento, ela não entregou - pergunta.

- OH, isso é uma longa história, mas me diz é do mesmo modo que os casamentos da nossa familia são feitos né? - pergunto já sabendo a resposta, achei que ele não iria se submeter a isso, mas nem ele foi capaz de fugir.

- Sim mas é diferente principessa, eu me apaixonei pela minha esposa, mas fui idiota de perde-la, ela não quis mas nada comigo e eu tenho que dizer que esses últimos meses tem sido os piores da minha vida, ela se quer olha pra minha cara, mas, tem alguns dias que ela esta diferente eu sinto que ela está me dando uma nova chance, já que o nosso contrato está perto de acabar, mas, eu estou com medo de tentar mais alguma coisa e ela me rejeitar, eu não suportaria mais uma rejeição da parte dela eu morreria. - Escuto tudo sem dizer nada, consigo sentir todo amor que ele diz sentir pela esposa e também posso sentir seu sofrimento, ele a ama.

- Lute por ela, lute com todas as suas forças, jogue sujo se for preciso, faça tudo o que puder para não perde-lá, você tem o sangue dos Dellacour não me envergonhe, eu quero sobrinhos.

- Só você mesmo, como você sendo minha prima meus filhos seram seus sobrinhos? - pergunta e posso imaginar seu sorriso.

- Não sei mas serão.

- Então é aqui que você se esconde quando eu brigo com você - Ouço uma voz e me viro.

- Pietro eu vou ter que desligar, eu falo com você depois. - Digo pra que ele evite ouvir minha conversa com o Enzo.

- Tudo bem, só por favor não suma.

- Não vou sumir meu ré - Digo e desligo.

Me viro e vejo o Enzo atrás de mim, me arrumo nas a almofadas e dou em espaço para que ele sente, ele caminha calmamente e senta ao meu lado, me encara.

- Ré - Pergunta, Sorrio.

- Significa Rei.

- Você sabe que eu vou querer saber - ele diz.

-Sei, mas você vai continuar querendo - Me levanto e olho pra ele. - Não te devo satisfação da minha vida particular.  - Me viro e saio

Mais um capítulo pra vocês desse livro maravilhoso "tá não sou nenhum pouco modesta"

E aí o que acham que o Fellipo é?
E meninas sim esse Pietro é o mesmo do meu livro O Contrato, é uma trilogia e esse é o segundo livro.

Espero os comentários e as estrelinhas .

Bjks :* :*

Meu Chefe StripperOnde histórias criam vida. Descubra agora