capítulo 13

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                                        Alarick

- Como é? - ela me pergunta meio assustada, tiro meus olhos do notebook a minha frente e a encaro

- Algum problema senhorita Stuart? Porque eu realmente acho que não preciso mais lhe dizer sobre suas funções aqui! - afirmo olhando-a, ela acena com o cabeça ainda visivelmente incomodada, volto meus olhos para o trabalho a minha frente - Que bom que não há problemas então, se informe sobre tudo que iremos precisar na viagem, veja o hotel e quantos dias será necessário que fiquemos, quero os arquivos de tudo, vamos no meu jatinho, então quero embarcar na segunda a noite, isso é tempo suficiente para que consiga se organizar senhorita? - questiono e a olho

- Sim, senhor! - fala em um fio de voz

- Ótimo! Quanto ao baile, eu iria com minha irmã, mas ela não vai está à  tempo na cidade, estarão alguns clientes importantes e ja que você é boa em ler tudo que está a sua frente com antecedência - digo irônico utilizando as mesma palavra que ela acabou de usar para se vangloriar e vejo mesma arquear a sobrancelha em minha direção... conseguindo fixar ainda mais linda! - Você deve saber quem são todos eles e de seus casos, é um evento de caridade mas que sempre termina em negociação, tudo certo? - conclui

- Sim, senhor! - ela por acaso só sabe responder isso?

- Mandarei uma pessoa aqui amanhã para tirar suas medidas e entregar o que irá vestir, é um evento de gala, preciso que você esteja apresentável como minha secretária! - falo apontando para sua roupa e ela engole seco, acho que não gostou do meu comentário, é megera, achou que realmente ia me deixar por baixo?

- Claro, senhor! - diz pausadamente sei que está irritada

- É só isso senhorita, já pode ir! - digo e ela sai. Deus, por que eu tenho tanta necessidade de provocar essa mulher? Me pergunto e meu celular toca, olho no visor e é o número de casa

- Alô? - atendo e Maria, a babá de Luz está na linha

- Senhor, estou ligando para lhe dizer que a pequena Luz está com um pouco de febre. - ela fala e eu ja me desespero

- Como assim febre? Quantos graus Maria? E como isso foi acontecer? - pergunto já me exaltando

- Calma senhor, ela estava assistindo desenho quando fui pega-lá para dar banho e vi que a menina estava quente. É normal senhor, está nevando demais, só estou ligando por que meu filho se machucou na escola e queria saber se posso levar Luz comigo para vê-lo ou se o senhor tem como vir para casa cuidar dela! - ela questiona nervosa, desde que Luz nasceu Maria nunca saiu do lado dela, a não ser por uma necessidade, tenho certeza que seu filho precisa de sua ajuda para ela me ligar assim.... respiro fundo

- Chego em casa em 20 minutos Maria, tem como você me esperar? - digo

- Sim senhor, obrigado e desculpa! - fala e desliga o celular. Pego todos os papéis em cima da minha mesa e coloco na pasta, me apresso e paro em frente à mesa da megera

- Pegue tudo que precisar senhorita Stuart, rápido, vamos trabalhar na minha casa hoje! - digo e ela me encara sem entender - Rápido Stuart, espero você no carro! - digo já entrando no elevador; menos de 10 minutos depois já estávamos a caminho da minha casa. Eu definitivamente essa sensação de impotência, odeio quando acontece qualquer coisa com Luz que eu não possa resolver, odeio saber que nem sempre posso proteger minha menina. Estaciono o carro a frente a minha casa cerca de 30 minutos depois e logo abro a porta para que Stuart desça. A guio em direção a entrada e assim que abro a porta ouço o chorinho dela, saio correndo até chegar na sala de estar, Maria segura minha filha nos braços, coloco à pasta no sofá e vou pega-lá

- Quantos graus Maria? - pergunto

- 38° senhor, me desculpe, odeio deixar Luz assim, mas meu filho quebrou o braço brincando no colégio, preciso correr para lá! - ela diz e noto a angústia em sua voz, ela da um beijo na testa de Luz que ainda chora agarrada em meu pescoço

- Pode ir Maria, se precisar de alguma coisa, não existe em me ligar! Leve-o ao melhor médico da cidade se for necessário, não se preocupe com absolutamente nada. Leve o motorista com você, vai precisar. Ele ficará a sua disposição. - digo olhando para a mulher que salvou minha pele quando Luz caiu de paraquedas em minha vida.

- Sim senhor, obrigado! - responde de forma carinhosa e se despede.

- Hey princesa, o papai já está aqui, calma meu amor, calma! - digo na tentativa inútil de acalmar minha filha, dez minutos depois e ela ainda chora, eu vou enlouquecer desse jeito

- Calma, o papi vai ligar para o médico! - digo e vou em direção ao lugar onde deixei a pasta para pegar o celular e só aí lembro que Eva veio comigo, ela está sentada no sofá, me observando - Pode pegar meu celular e discar o número do Dr. Jonas por favor? - pergunto a olhando

- Não sabia que o senhor tinha uma filha! - ela diz sem se mover

- Por que minha vida pessoal não é da conta dos meus funcionários, senhorita Stuart! - digo ríspido e Luz chora mais alto ainda, ela balança a cabeça negativamente e vem em minha direção

- Posso? - pergunta com as mãos estiradas em direção a minha filha, penso um pouco e aceno com a cabeça e ela pega Luz dos meus braços

- Oi menininha linda - ela diz sorrindo ajeitando o cabelo de Luz atrás da orelha e limpando algumas lágrimas que caem dos seus olhinhos cor do céu - Porquê uma princesinha tão bonita assim está chorando? - Luz começa a soluçar mais baixinho, fazendo biquinho e esfregando os olhos para olhar para Eva - Vamos fazer assim meu amor, a tia Eva vai te dar uma porção mágica que vai sumir essa agonia que você está sentindo como em um passo de mágica, o que você acha? - ela pergunta sorrindo ainda mais e Luz a encara

- Um passo de mágica? Igual a cindelela? - pergunta minha bonequinha já sem chorar tanto

- Sim meu amor, como a cinderela! - Stuart afirma - Pode ser? - ela pergunta e Luz afirma com as cabeça  enrolando as perninhas pequenas na cintura fina de Eva e enlaçando seus braços no pescoço da mesma, enquanto descansa a cabeça no ombro fechando os olhinhos. Olho a cena completamente abobalhado, nunca vi Luz se dar bem tão rápido com uma pessoa, quanto mais quando está doente, isso é praticamente um milagre.

Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão) Where stories live. Discover now