Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão)

capítulo 28

Eva

Vamos o caminho todo calados, nada além de alguns olhares, não sei se ele não gostou de como estou vestida, mas também não me importo, e ele não poderia reclamar, de toda forma, foi ele quem basicamente escolheu como eu viria. Respiro fundo quando vejo a imensa mansão se aproximando. Cross como sempre saí e abre a ponta para mim, apoia a mão sobre minhas costas, sempre poucos centímetros acima da minha bunda, e como da primeira vez, até os pelos que eu jamais pensei que tivesse, arrepiaram-se , "foco Eva, foco!" Penso.

Entramos no imenso salão que está perfeitamente decorado em tons creme, branco e dourado, pessoas dançam casualmente no meio dele, outras conversam animadamente enquanto garçons servem champanhe e aperitivos. Mais a direita, observo que estão posicionadas as mesas, perto de paredes completamente de vidro, que dão uma bela visão para a noite clara que está fazendo lá fora. Descemos as escadas e logo vejo três homens aproximarem-se.

- Cross! Que prazer revê-lo! - diz o homem que deve ter cerca de uns 65 anos - Fico grato por ter sua presença hoje aqui, é sempre gratificante ter alguém do seu porte em prol de uma causa tão importante! - o mesmo fala e aí reparo que este deve ser o Senhor Flynn, e é ele quem está dando o baile de caridade, lembro-me do seu rosto dos arquivos que o meu lindo chefe me obrigou a decorar quando também me obrigou a vir a esse lugar.

- Flynn, obrigado pelo convite, é sempre um prazer! - diz meu chefe em um tom completamente formal estendendo a mão para apertar a do senhor a minha frente.

- Quem é a jovem que ofuscou toda a beleza da minha festa? - Flynn diz e noto os quatro olharem em minha direção. Automaticamente sinto minhas bochechas queimarem.

- Está é a senhorita Eva Stuart. - o senhor Cross me apresenta e aperto as mãos dos homens a minha frente que logo saem. Em seguida somos abordados por mais uma bela quantidade de pessoas, ao contrário do que eu imaginei, tudo segue leve, consigo conversar com alguns clientes da IAC. E de forma surpreendente, meu patrão estava certo quando disse que no final, tudo transformaria-se em negócio. Depois de conversarmos bastante com um casal que está querendo ajuda para entrar em um negócio empreendedor, ficamos sozinhos pela primeira vez depois que saímos do carro.

- Champanhe? - ele pergunta enquanto acena para um garçom que se aproximar.

- Não senhor, obrigado! - digo e ele olha em minha direção franzindo as sobrancelhas

- Por quê não? - pergunta

- Estou trabalhando! - falo e noto um pequeno sorrisinho irônico surgir em seu rosto

- Obrigado! - fala ao garçom pegando duas taças e me estendendo uma. - Que os céus jamais permitam que você trabalhe vestida assim, Stuart. Poderia facilmente ser demitida! - ele diz tomando um gole da bebida me encarando - Ou atacada - arqueio uma sobrancelha olhando-o

- Que fique claro que não fui eu que escolhi o meu trage... Senhor - falo e minha voz saí realmente mais irônica do que eu realmente desejava.

- Soa muito rebelde quando fala nesse tom senhorita, deveria controlar mais sua boca! - ele diz se aproximando, muito mais que o normal, e mesmo de salto alto, sinto a imponência do seu tamanho quando olho para cima e sinto sua respiração perto do meu rosto. Olho em seus olhos, que mais parecem a merda de uma miragem, tão clara quanto as águas do caribe, "que os deuses meu ajudem, por que eu, sinceramente, não sei se tenho forças para aguentar isso por muito tempo"... tomo fôlego antes de responder.

- Sinto muito senhor, nunca foi minha intenção. É que as vezes tenho um certo humor peculiar para insinuações incabíveis! - digo e passo a língua sobre meus labios mordendo levemente o inferior quando sinto seu braço direito enlaçar minha cintura. Automaticamente seus olhos caem para minha boca

- Vermelho... - ele sussurra e sinto meu coração disparar, droga! Minha calcinha deve está encharcada a essa hora - Você fica tão... merda Eva, você está simplesmente... - somos interrompidos. Ó meu Deus. O que eu estava fazendo?