capítulo 33

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Eva

Sinto um leve pesar em cima de uma das minhas pernas, tento me mover... nada, estranho... Tento novamente, e só aí sinto meu corpo ser pressionado por uma parede de músculos, quente e firme. Paro para me recordar da noite anterior: "ó merda Eva, você não fez isso, você absolutamente, não fez isso!" Penso.

Olho para cima e dou de cara com um maxilar firme, pele perfeita, uma boca vermelha maravilhosa e um tanto quanto inchada, "foi você quem fez isso sua pecadora desnaturada! Terá que se chicotiar no mínimo 100 vezes por ter dormido com seu chefe" me repreendo e praticamente ouço a voz de um padre querendo me crucificar, como se eu não quisesse fazer isso o bastante.

Não acredito, por tudo quanto é mais sagrado, porra Eva! Mas que droga. Tento me retirar sem o acordar do emaranhado dos seus braços, mas é completamente difícil tirar sua perna pesada que enlaça meu quadril no momento. Com muito esforço, consigo sair e recolho as peças de roupas jogadas pelo quarto. Visto a primeira roupa que vejo pela frente, organizo minhas coisas na velocidade luz, pego meu celular e vejo que ainda são 06:13 a.m; dobro o vestido que usei e coloco em cima da poltrona ao lado cama com os saltos e a bolsa ao lado.

Minha respiração está acelerada, à adrenalina faz com que meu coração bombei sangue demais. Abro a porta do quarto pronta para ir embora, mas paro e o olho dormindo: sua aparência é tão serena que jamais poderia dizer que o vendo dessa forma, ele poderia ser o homem ignorante que é no dia a dia, seu peito está nú, a respiração é calma, contemplo a barba por fazer que sem dúvidas, deixou marcas pelo meu corpo. Seus cabelos estão bagunçados de uma forma muito mais sexy que o normal, talvez seja por que dessa vez, eu também fiz parte da bagunça.

Alguns raios de luz atravessam as cortinas claras e o atingem fazendo com que murmure algo e se mova um pouco, Deus, ele é tão lindo! Os lençóis brancos dão um contraste completamente especial a cena, respiro fundo, eu apenas poderia passar a minha vida, o observando assim. Noto que ele novamente murmura algo. Essa é minha deixa. Eu preciso ir embora. Só quando saio da casa é que me dou conta que estou sem meu carro e que um táxi demoraria cerca de 40 minutos para chegar aqui. Merda.

- Eva? - viro-me assustada, mas logo sinto o alívio percorrer o meu corpo quando vejo ser Maria - Já está indo querida? - pergunta

- Sim, na verdade, não estou com meu carro. - digo sem graça e ela franze as sobrancelhas

- Não vai esperar o senhor Cross? - ela questiona

- Han - fico sem ter o que falar - Preciso ir mais cedo para casa, tenho que resolver umas coisas - minto e ela me observa um pouco como se soubesse que está acontecendo algo

- O Louis te leva menina. Louis, leva a menina Eva para casa dela por favor! - ela fala um pouco mais alto e o homem de cerca de 50 anos que está a alguns metros de nós apenas acena com a cabeça.

- Obrigado Maria! - Subo uns degraus, já que ela está na porta da mansão, para lhe dar um abraço

- Não ha de quê menina. - fala sorrindo e vou em direção ao carro.

- Obrigado senhor Louis - digo quando entro no carro

- Não precisa agradecer. - sorri gentilmente e segue o caminho. Parece que todos aqui são sempre gentis e sorridentes, menos ele. Entretanto, na noite passada, eu simplesmente não sei explicar, só de pensar todos os pelos presentes no meu corpo se eriçam. Toco meu pescoço como se ainda podesse sentir os labios dele nele, minhas mãos escorrem pelos fios do meu cabelo, agora presos a uma trança, é quase como se ele ainda os estivesse puxando... "olha como eles se encaixam perfeitamente em minhas mãos, parecem que foram feitos para elas", sinto o bico dos meus seios enrijecerem quando lembro de sua voz rouca falando coisas para mim. Fico atolada em meio aos meus devaneios até que percebo o carro parando em frente ao meu prédio e a porta sendo aberta para mim.

- Muito obrigado, senhor Louis. - digo o abraçando.

- Ora, mas eu já disse que não precisa menina - fala sempre sorrindo, aceno para ele quando pego o elevador. Me jogo no sofá e ligo para pessoa que definitivamente, preciso falar agora.

- Fala vadia gata. - ouço a voz de cami

- Vadia não chega nem perto do que eu deveria está me sentindo agora. - falo suspirando

- O que aconteceu para você está nesse drama de novela mexicana a essa hora hein? - Fala rindo.

- Tem como você vir aqui? - pergunto

- Ah não Eva, é sábado, está caindo a maior neve lá fora, estou muito bem quentinha aqui em minha cama maravilhosa, nem você pedindo ao papa eu saio daqui agora - fala todo o seu discurso de sempre

- Eu transei com o meu chefe. - solto

- O QUÊ? CHEGO AÍ EM 1 SEGUNDO. - grita e nao tenho tempo para responder, ela bate o telefone em minha cara e segundos depois entra como um furacão em minha sala. - Me conta essa história bem direitinho mocinha. - fala colocando as mãos na cintura e suspiro pesado

- Por onde eu começo a falar sobre como eu posso ter ferrado a minha vida por uma noite de sexo? - enfio minha cabeça entre as almofadas, "ah Eva, você sempre aprontando algo"...

Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão) Where stories live. Discover now